Zenão de Eleia.
Por Edjar Dias de Vasconcelos | 31/10/2012 | ArteZenão de Eleia.
488-430.
Fui aluno de Parmênides, procurou desenvolver uma doutrina com a finalidade de defender o seu grande mestre, com o seguinte fundamento. Para ele a ideia de movimento era absurda, contraditória e inviável.
Qual foi a lógica de defesa da sua tese, refere a uma analogia criada com uma suposta corrida entre Aquiles e uma tartaruga.
Se na corrida uma tartaruga saísse na frente de Aquiles, a mesma jamais poderia alcança-lo pelo seguinte motivo.
Pois para chegar até a tartaruga Aquiles teria que correr, algo além da metade da distancia que separava ambos, isso desde o inicio da competição, a velocidade a ser atingida, do ponto de vista conceptual não seria possível.
A argumentação, quando assim acontecesse, a tartaruga que continuava caminhando, essa distância por menor que fosse, teria se ampliado e desse modo Aquiles jamais poderia alcançar a tartaruga, motivo pelo qual o conceito de movimento era absurdo, pelo fato de ser irrealizável na prática.
A tartaruga, no entanto continuava movimentando, o procedimento de Aquiles se repete ao infinito, do mesmo modo a tartaruga.
Pois o espaço pode se ser dividido a pontos infinitos. O que de fato acontece, e que a tartaruga não poderia ser ultrapassada por Aquiles.
Essa argumentação que é inteiramente falha sem sentido epistemológico, serviu como exemplo para aplicação da lógica formal na defesa veemente do principio da identidade, aquilo que é, é não poderá ser modificado.
Na observação que fazemos no mundo empírico, a argumentação é falha, pela seguinte lógica. Através do nosso sentido, fica evidente a não correspondência dos argumentos, de Zelão de Eleia.
No entanto, com esses argumentos percebemos a dificuldade com o comportamento racional, para entender conceitos, relacionados com os de movimento, espaço, tempo e infinito.
Sobretudo, a noção da lei de aceleração, pois se um dos objetos tem maior aceleração, necessariamente vai ultrapassar ao outro, argumentação falha sem lógica e sobretudo, sem aplicação empírica de observação indutiva.
Edjar Dias de Vasconcelos.