Zarak, o Monstrinho - Prólogo: Ideias: nenhuma
Por Alec Silva | 24/07/2010 | LiteraturaEu conheci Zarak primeiramente em minha imaginação infantil. Ele era uma figura grotesca, com o corpo redondo, a cabeça triangular, uma perna de vassoura, a outra de colher; os braços eram galhos de árvores; os cabelos eram gramas bem verdes. Pelo que me lembro, também tinha olhos de frutas (uma laranja em um e uma maçã no outro), orelhas de gato e um rabo de burro.
Mas ele não passava de um rabisco infantil, um desenho de uma criança muito criativa. Bem, até aquela noite...
Antes, porém, de falar sobre a pequena aventura que vivi ao lado de Zarak, eu devo me apresentar.
Chamo-me Alex, um jovem poeta que tenta conquistar os corações de todos e um escritor amador que tenta escrever um livro que possa agradar alguém. Sou aquele aluno que se senta em um canto da sala, quieto, observando a aula; sou aquele colega que todos esperam as respostas das avaliações; sou aquele estudante esforçado...
Quando a minha estranha aventura começou, eu tinha 15 anos. Tudo começou numa noite em que eu estava jogando papéis rabiscados no lixo, tentando criar qualquer coisa que pudesse ser merecedora de ser chamada de conto.
Era, se bem me lembro, uma noite calma, sem estrelas ou lua, apenas as nuvens. Minha mão e minhas irmãs haviam saído. Eu estava sozinho, tentando escrever.
Nenhuma ideia. Nada. Só ideias vagas e pouquíssima imaginação.