Xadrez - Uma Nova Teoria

Por Antonio Carlos de Almeida Campello | 26/01/2016 | Arte

Xadrez – Uma nova Teoria  (Nova Teoria Enxadrística)

Dizem que o Jogo de Xadrez é a representação da vida em miniatura. Eu, particularmente, costumo dizer aos meus alunos que “você joga conforme conduz sua vida cotidianamente.”. As escolhas que temos de fazer, as decisões, as análises das situações, as ações precipitadas ou as demoradas demais, enfim, o jogo imita a vida, como dizem.

Porém, não é bem assim; a movimentação diferenciada entre as peças no jogo de xadrez produzem certas limitações e não assemelham-se a realidade de nossas vidas. Nada que desmereça o brilho do Jogo, muito pelo contrário, isso faz parte das regras para se atingir os objetivos propostos.

Pensando, nisto, é que formulei uma proposta para uma nova teoria enxadrística. Ela é fundamentada em fatos históricos, já que o xadrez é um jogo milenar e, também, conhecido como o “Jogo dos Reis”, tendo sofrido adaptações ao longo dos séculos até a data presente, no atual formato que conhecemos hoje. De acordo com a história, sabemos que nas grandes batalhas entre reinados, os Reis sempre estavam presentes no campo da guerra e também lutavam ativamente para o incentivo do seu exército e a vitória do seu Reino. Então, o que observo e proponho é o seguinte: - Por que a Rainha tem tantos poderes e o Rei limitações ? – Sabe-se que, historicamente, os Reis iam a guerra, enquanto que as Rainhas ficavam protegidas em seus Castelos.

Por isso, o que proponho, é que o Rei, além de sua importância (ganhar ou perder o jogo) tenha os poderes da Rainha (livre e ampla movimentação) inclusive para ir ao campo de batalha, e, a Rainha, fique com as limitações de movimentos do Rei. Contudo o xeque-mate continuaria a ser direcionado ao Rei.

De forma especial, a Rainha, durante o jogo poderia adquirir progressão de movimentos de acordo com a casa em que estivesse posicionada, ou seja, a Rainha de forma temporária e posicional, poderia se movimentar numa quantidade de casas de acordo com a sua fileira de avanço, ou seja: - uma casa apenas, se estiver na primeira fileira; duas casas, se estiver na segunda fileira; três casas, se posicionada na terceira fileira e assim por diante. Se retroceder (voltar) nas fileiras, também diminui o poder de movimentação de acordo com a fileira de avanço que fique colocada. Na movimentação horizontal, numa mesma fileira, não altera a capacidade da quantidade de casas que pode mover-se. Também na promoção de Peões, poderá ser solicitada a Rainha que entrará no jogo seguindo esta regra.

As demais regras de movimentação, das outras peças, seriam mantidas conforme conhecemos, de acordo com as regras da Federação Internacional de Enxadrismo (FIDE). Porém com uma pequena mudança na posição inicial das peças, quando do inicio do jogo, isto é, o Rei deverá ser posicionado na casa de sua cor e a Rainha ao seu lado, assim como se procede na forma clássica e tradicional do xadrez quanto a Rainha, ou seja, Rei de cor clara na casa clara e Rei de cor escura na casa escura de sua fileira no tabuleiro.

Ainda não mensurei o impacto desta teoria, mas, o fato é que esta revolucionária proposta de mudança, causa reações às mais diversas nas pessoas, principalmente as que jogam xadrez na forma clássica tradicional a muito tempo. Contudo, espero que esta pequena proposta possa enriquecer mais ainda a arte enxadrística.

Campello, Antônio C. de A.

Professor de Xadrez

Brazil – Pernambuco – Recife   2016-01-23