VOCÊ SABIA QUE EXISTE TESTE GENÉTICO DE ANSIEDADE E DEPRESSÃO?

Por Adriana Ferreira | 18/12/2018 | Sociedade

Depressão e a ansiedade são doenças que não escolhem idade, cor, gênero ou condição social. Elas podem afetar qualquer pessoa, em qualquer lugar, procurar a ajuda de um bom profissional, o mais cedo possível, é fundamental para manter uma vida saudável, porém  muitos profissional  acham que podem da conta de tudo, mas muitas vezes temos que encaminhar para um psiquiatra para auxílio de medicação em tratamento psicoterapeutico.
Após fazer o diagnóstico, o psiquiatra vai fazer o melhor para o seu paciente com   a escolha da medicação e hoje, poderá solicitar que seja feito o teste genético para ansiedade e depressão.
Nesses casos, fazer um teste genético para ansiedade e depressão pode ajudar a encontrar o que melhor vai funcionar para o paciente. 
Nem todas as pessoas reagem adequadamente ao antidepressivo, que deveria fazer efeito a partir da segunda semana, quando isso não ocorre, o paciente precisa testar outros fármacos até encontrar o que realmente funciona para ele e as vezes isso é  desastroso, pois nem sempre os familiares entendem isso,  tornando o processo de adaptação desastroso, ou mesmo com a desistência do tratamento pelo paciente.
Entretanto, todo e qualquer tipo de medicamento pode causar efeitos colaterais e os testes entram como uma alternativa, tanto para a terapia  quanto para o paciente, para descobrir o porquê disso acontecer, bem como qual medicamento teria uma maior probabilidade de funcionar e também evitando danos para o paciente e muitas vezes para a sociedade também.
O teste genético de ansiedade e depressão  é um teste farmacogenético que serve para identificar quais medicamentos reagem melhor no organismo, com base na análise do DNA do próprio paciente.
O teste é feito através de uma amostra de sangue ou das células da parte interna da bochecha do paciente, há máquinas próprias para esse tipo de análise e, após a amostragem, o material é enviado para o laboratório. São identificadas regiões no genoma cujas respostas demonstram as reações (melhores e piores) do paciente aos medicamentos.
Com a análise concluída, um laudo é enviado para o paciente e outro para o médico. Já com o resultado em mãos o médico pode determinar qual é o melhor medicamento para o seu paciente e encaminhar para a terapia. 
 É um exame caro, porém a falta de atenção dos pais com a depressão dos filhos geralmente vem na maior parte por  classe média à classe alta, o valor do teste pode variar  entre R$1.300,00 a R$3.990,00, ainda não está disponível pelo SUS e não é coberto pelos planos de saúde.
Algumas pessoas têm o metabolismo mais acelerado, outras mais lento. Quando a absorção do medicamento é rápida demais, ele pode não gerar os resultados desejados, uma vez que não há tempo hábil para o processamento e a liberação dos efeitos do remédio no corpo. Por outro lado, se a absorção for muito lenta, há risco de intoxicação, devido ao acúmulo do fármaco.
Essa diferença no tempo de assimilação se deve à ação de uma enzima presente no organismo, que pode ser identificada por meio do exame. Então, sabendo da condição de absorver lenta ou rapidamente um antidepressivo, o  teste auxilia a encontrar a droga mais adequada. A análise feita pelo laboratório indica qual medicamento funcionará melhor no organismo daquele paciente, muitos se medicam por indicação de amigos e parentes, o que funciona para um nem sempre funciona no outro.
Ter o acompanhamento de um bom profissional de terapia é indispensável, mas o acompanhamento farmacêutico em alguns casos é  uma ferramenta fundamental para a melhora do paciente!
Hoje ainda muitas pessoas relutam para tomar medicações para depressão, outras simplesmente param com a medicação sem nenhum desmame, existem aqueles que também acham que somente a terapia psicanalítica é  nécessaire, porém tanto pacientes como psicanalistas  devem  compreender a necessidade  da terapia e medicamentos caminharem juntos. 
Contudo, em alguns casos, o teste genético para ansiedade e depressão pode ajudar na escolha da medicação mais adequada para pacientes que têm dificuldade em se adaptar. Esse teste indica não somente os remédios a que o paciente pode responder melhor, como também a quais ele pode ter intolerância.

Adriana Ferreira
Psicanalista