Viver é não morrer

Por Gilfran da Silva Reis | 25/02/2015 | Crônicas

VIVER É NÃO MORRER
Gustavo não mate Pedro!
Faça o certo se quiseres morrer, e faça o errado se não quiseres
viver. Viu como é que tá o mundo hoje? Se não cuidar amanhã ele
morre, e quem vai matar é você, não é com armas de fogo não, mas
com ódio, muito ódio no coração, desde que você nasceu fez tudo
errado, você se lembra de quando você era bem pequeninho, tinha
três anos de idade, e um dia você ficou muito bravo com o seu irmão
de um aninho de idade, e você disse à ele que iria mata-lo, e sua mãe
chorando olhou nos seus olhos e disse, filho não mata filho, e vocês
dois são filhos que eu amo muito, e duas horas se passaram e você
abraçou o seu irmão como se um novo dia estivesse nascido, o que
tinha feito “inocentemente” à duas horas, infelizmente você voltou
a fazer na primeira oportunidade, e isso aconteceu duas horas depois
quando a sua mãe abraçada com o seu irmão, falou: filho mamãe te ama!
E você com muito ódio e rancor, levantou-se do sofá e correu em direção
ao seu irmão, e nos braços de sua mãe você o agrediu, e ele frágil
acabou machucando a mão, e a sua mãe o coração. E desde esse dia
você nunca mais voltou a ser uma criança “normal”, aos seis anos
começou a estudar, e com os mesmos seis anos, um dia chegou para
a sua mãe e disse: Eu não vou mais estudar, e ponto final! E sua mãe
sem saber o que fazer ligou para o seu pai, que apesar de não querer
saber dos filhos era a única solução, naquele momento tão temeroso,
e falou: Fred venha buscar o nosso filho, pois já não sei mais o que fazer,
ele não me obedece, e agora disse que vai deixar os estudos! E Fred
calmamente respondeu: Eu sei que não deve ser fácil, mas eu não tenho
como ficar com ele aqui em Santiago (CHILE), ele só vai fazer eu perder
meu emprego, por isso dê o seu jeito, seja ele qual for!.
O tempo foi passando, e os meninos foram crescendo, e quinze anos
depois os dois já eram jovens rapazes, Pedro tinha 16 anos, e Gustavo
tinha 18 anos, e depois de todo esse tempo, muitas águas rolaram,
muitas histórias se passaram, mas o ódio no coração de Gustavo pelo
irmão continuou o mesmo, após esses 15 anos, Pedro ainda tinha na mão
a cicatriz que o irmão fez em você quando tinha um ano de idade. Pedro
não se lembra do episodio, mas sua mãe faz questão de relembrar e
detalhar o acontecido sempre que Gustavo faz besteira. Mas um dia
Gustavo bebeu além da conta, e caiu no meio da rua, isso já era altas
horas da madrugada, era aproximadamente 5 horas de uma manhã
de domingo, quando uma garota cristã, chamada Isadora, indo para
a igreja avistou Gustavo caído no chão, e correu até ele e mesmo sem
conhece-lo se disponibilizou a ajudar Gustavo, e quando ele abriu os
olhos ficou abismado com tamanha beleza que viu em Isadora, desde
esse dia ele passou a frequentar a igreja e ir aos cultos nos dias de
domingo, só pra ver a garota cristã, no começo ele nem ligava pro
que dizia o pastor, mas alguns meses depois, Gustavo estava tão
interessado na palavra de Deus, que resolveu se converter. Gustavo
firme na igreja evangélica, casou-se com Isadora teve dois filhos,
o primeiro se chama Gustavo filho, e o segundo se chama Pedro,
em homenagem ao seu irmão que morreu aos 23 anos de idade,
vitima de uma descarga elétrica no banheiro. Gustavo passou a
viver pra não morrer, e trocou o ódio pelo amor, e levou de graça
na bagagem, PAZ, FELICIDADE e muito mais.


Crônica Produzida Por:
GILFRAN DA SILVA REIS