Violência/tempo
Por Maria José Peixoto de Oliveira Santana | 10/11/2011 | PoesiasVIOLÊNCIA
A mão que bate é a mesma que afaga.
A boca que grita é a mesma que diz “te amo”!
A criança que chora é a mesma que ri diante de um carinho, de um brinquedo...
O homem forte se faz perante a criança,
Que implora... esconde-se... lamenta...
Gigante és tu diante de teu súdito!
Pequeno... minúsculo... inerme!
O grito quase não sai, o nó brota na garganta...
O medo se agiganta! Transforma-se...
E transforma:
Uma vida em morte;
Um futuro lindo em um passado triste.
Que compromete.
Que remete a vida a mazelas intensas...
De um “Eu” triste, inseguro, dominado.
Abaixa esta mão, homem!
Liberta a criança, que espancas, que matas, que destróis!
Fulmina o homem gigante, impiedoso, avassalador!
Seja a criança que ensinas à outra criança, como se deve crescer com amor.
TEMPO
Há momentos que valem por uma eternidade.
Há momentos que se transformam em uma eternidade
Na espera... no sofrimento...na dor...
Do fundo da alma, brotam a súplica, o pedido, a promessa...
A esperança!
Que dá forças, esmaga as fraquezas, desata os nós, enxuga as lágrimas.
Rosto seco, alma lavada, passos firmes, direção segura.
Vamos seguindo rumo aos sonhos que virão, que irão...
Abandonados no tempo ou ratificados pela realização.
O tempo...o tempo...
Para a dor... para o amor...para a vida...
Só ele nos dará a certeza de que valeu a pena não ter desistido nunca.