VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER

Por INÊS MARIA LIMA | 14/01/2020 | Família

Agradecimentos

O agradecimento é como uma chave que tenho e um portal se abre para entender os porquês desta existência, e o quanto sou grata a minha mãe Alzira Maria Lima, pela força depositada através de suas palavras para nós construímos um mundo melhor ao redor do nosso habitar. E valorizar os aprendizados no decorrer de nossa existência.

Seja onde estivermos era preciso buscar e realizar nossos sonhos. Para minha mãe os estudos estavam em primeiro lugar, dizia-me com suas palavras sabias: “o homem caminha quando se construí no decorrer da vida, e coloca seus estudos em primeiro lugar, isso porem para conscientização de tudo em volta e saber se comportar perante o mundo. Não é para ser melhor filha, é para saber ter humildade e construir valores deixando como herança para os seus. Então vai em frente o tempo vai te direcionar a realizar seus sonhos.” Esta guerreira passou por vários conflitos familiar e humilhações mas a palavra para auxiliar e incentivar o outro sempre presente em sua vida.

Dedico este trabalho para você mãe com todo meu amor. Tenho só que agradecer por saber que você me condicionou a buscar e construir valores no decorrer da minha caminhada. E meus filhos sempre me orientado como prosseguir sem desistir. Eterna Gratidão!

 

 

Resumo

Este trabalho esta baseado nos conflitos existencial da vida das mulheres em relação suas famílias e seus companheiros. A falta de respeito vivenciada no cotidiano em sua existência. Quando falamos de violência domesticas lembremo-nos da vida de muitas mulheres que foram ceifadas suas vidas por causa das leis machistas ainda com força total em nosso Brasil. Não só aqui no Brasil, mas fora dele observa se esta desventura do sofrimento da mulher, ou da família sem nenhuma providencia dentro da das leis. A lei Maria da Penha Sancionada em  7 de agosto de 2006 como lei  nº11340 visando proteção para a mulher contra violência domestica. E temos conhecimento da abrangência desta lei a favor do sexo feminino, heterossexual, e homossexuais e também transexuais. Lembrando que o respeito pelo outro visa liberdade para nós mesmo.

Palavra-Chave: Violência contra a mulher.  Conflitos psicológicos. As leis.

 

 

 

Resumen

Este trabajo se basa en los conflictos existenciales de la vida de las mujeres en relación con sus familias y sus compañeros. La falta de respeto experimentada en la vida cotidiana en su existencia. Cuando hablamos de violencia doméstica recordamos las vidas de muchas mujeres que han sido cosechadas sus vidas debido a leyes sexistas todavía con toda su fuerza en nuestro Brasil. No sólo aquí en Brasil, sino fuera de ella observa si esta desventura del sufrimiento de las mujeres, o la familia sin ninguna disposición dentro de las leyes. La Ley Sancionada por Maria da Penha el 7 de agosto de 2006 como ley No 11340 tenía por objeto proteger a las mujeres de la violencia doméstica. Y somos conscientes del alcance de esta ley en favor de las mujeres, heterosexuales y homosexuales y también transexuales. Recordar que el respeto por el otro está dirigido a la libertad para nosotros mismos.

Palabra clave: Violencia contra las mujeres. Familias desestabilizadas. Leyes.

 

 

 

 

Introdução

E quando me deparei com a possibilidade de falar sobre violência domestica na atualidade, deixei os pensamentos fluir para compreender estes conflitos existenciais na vida das pessoas. E nestes termos vamos abrir condições para compreender a vivencia, o cotidiano de muitos individuo e sua cultura.

As famílias são construídas e formadas por pessoas com seus sonhos e projetos elaborados, com objetivo de construir felicidade. O que é tão sonhada felicidade? E porque no decorrer desta conquista tudo se desmorona chegando ao caos, deixando fluir uma violência destruindo vidas e corações.

Vamos lembrar da lei: Maria da Penha, um decreto para salvar vidas por causa da violência domestica, o poder machista sobrepondo e deixando corações em pedaços, por causa  das falhas familiar ao ensinar seu filho como lidar com o outro, o orgulho desmedido sobrepõe o sujeito, no seu desejo oculto trazido de tempos passados, introjeção na família, dos comandos formados e embotados no meio em que vive, nasce e renasce.

Que decadência, vivemos já no século XXI  e ainda deparamos com tantas atrocidades entre casais, um querendo ser dono do outro e descarregando os conflitos de sua existência no outro sem dor e piedade. Pergunto-me, onde estava o amor? Juramentos estes em encontros amorosos e desejos de felicidades, claro para vida toda. E os juramentos perante o altar, selando amor eterno, felicidade plena, até que a morte os separe. Quando o ego fala mais alto, muda tudo, já não amo mais, o ódio faz parte da minha existência.

E quantas palavras são direcionada com raiva ou ira, quando o outro não aceita ser desvalorizado e resolve mudar sua historia, muitas palavras: “...não aceito, você é minha, é preciso obedecer, ou vai apanhar, de cinta, de cerrote, de faca, ou até armas disparadas”. Quanta aflição, e olhe se não obedecer, a dor vai ser maior.

A violência domestica esta presente no cotidiano das pessoas, casais, com ar de felicidade, quando abre possibilidades de viverem no mesmo teto, alguém vai fluir com o poder nas mãos, aqui mando eu, e você obedece. Não aceito perdas, você é minha, só minha.

Lembrando que ninguém pertence a ninguém, somos pessoas em evolução um auxiliando o outro na sua formação, construindo famílias, para desenvolvimento do homem na sua totalidade. A meta é sem medo, com amor, assim podemos valorizar o outro.

 

 

Violência Domestica Contra a mulher

 

Nas pesquisas observei o comportamento do ser humano, e meu objetivo era delinear o perfil do homem quando mal informado na vida em comunhão com outra pessoa. Existem os valores familiares, que vamos aprendendo no decorrer da nossa trajetória, seja, mãe pai, irmãos, existem, um condicionamento heranças recebida do nosso DNA, seja genético e aprendido no decorrer da vida em família, e vamos acumulando, guardando em nosso inconsciente, e moldando nosso caráter no decorrer do caminho, da nossa existência, quando deparamos com determinadas situações, muitas vezes não aceitando a forma do outro, existir, queremos fazer com que essa pessoa seja nosso modelo, e é preciso ser do nosso Jeito. Por aí vem dores e sofrimentos, violências sem medidas visitam as famílias destruindo o que poderia dar certo para toda existência do sujeito.

 

Quando deparamos com a mídia, internet, rádio e televisão os programas vivenciando os conflitos familiares, a violência domesticas destruindo famílias, o capricho de exibir ganhar dinheiro com a dor do outro. Não seria melhor existir programas, incentivando a mudança de comportamento destes individuo mal informados, trazendo sua carga construída inconscientemente, através das observações em família e sua cultura, reproduzindo, trazendo dores vivenciadas por si mesmo, destruindo o outro sem dor e piedade.

As mudanças podem acontecer a partir do momento que buscamos valorizar o outro como pessoas, e se colocar no seu lugar. A violência domestica vem se alastrando cada vez mais, seja ela em que grau exista, é preciso trabalhar em prol de mudar o comportamento do outro com valores, colocado dentro das escolas, faculdades e outros meios de comunicação, orientações para tocar profundamente as pessoas sobre os valores em família, o valor do outro, e o respeito quanto seus valores adquiridos no decorrer de sua trajetória.

 

 

Segundo João Redondo, “O século vinte será lembrado como um século marcado pela violência. Numa escala jamais vista e nunca antes possível na história da humanidade, ele oprime-nos com o seu legado de destruição em massa, de violência imposta. (…) Menos visível, mais ainda mais disseminado, é o legado do sofrimento individual diário. É a dor das crianças que sofrem abusos provenientes das pessoas que deveriam protegê-las, mulheres feridas ou humilhadas por parceiros violentos, pessoas idosas maltratadas por aqueles que são os responsáveis pelos seus cuidados, jovens oprimidos por outros jovens e pessoas de todas as idades que infligem violência contra si próprias.” (Nelson Mandela Relatório Mundial sobre Saúde e Violência Organização Mundial de Saúde, 2002)

 

 

 

Pesquisas referentes os conflitos familiares

 

No decorrer das pesquisas me deparei com vários problemas em relação conflitos familiares, os medos, ou mesmo a pergunta da vitima: (...como me colocar perante aquele que me agride, tenho que aceitar ser humilhada, ridicularizada?...)

Na entrevista, com determinadas pessoas deparei com um conflito familiar entre marido e mulher, uma violência domestica intensa, sem respeito em ralação o outro.

A senhora M. casou – se faz 10 anos com o Sr. C. e no começo da vida a dois, foi maravilhoso, até completar 3 anos de convivência, nascer seu primeiro filho, nesta época s e encontrar com 1 aninho de vida. Tudo caminhava bem, quando em uma tarde de verão, o Sr. C. chega em casa bêbado, e vai logo agredindo sua  esposa, sem explicação, naquela tarde ela apanhou por nada ter feito. E desorienta, foi em busca de ajuda familiar, apenas ouviu da sua mãe: (...esse foi o homem que você escolheu, te avisei, não era hora de casar...), não sabia o que fazer, retornei para casa, e o esposo já lucido, veio em sua direção e de joelhos pediu perdão. A vida seguiu, ela esqueceu, até uma noite, depois e dois meses, seu esposo entrar em casa já gritando, a xingando com palavras d  e baixo escalão, seu coração foi a mil por segundo neste momento pensou, o que fazer? Foi se retirando, pegou seu filho em silencio e com eles nos braços percebeu seu esposo com uma faca na mão em sua direção, lembra que gritou meu Deus me ajude, foi uma luta tremenda, entre ela e o esposo, para sua proteção e do seu filho, ainda recebeu cortes nas pernas, mas conseguiu ajuda dos vizinhos se libertando naquele momento do seu esposo em fúria.

Chegando a policia o levou para a delegacia, e no seu depoimento disse não se lembrar de nada. A senhora M. resolveu que não dava mais certo era importante a separação, até para proteção geral da família, a saúde mental do filho de um ano e três meses. Ele ficou preso por uma semana, e depois, veio o arrependimento do que ele fez a esposa passar. O que fazer para conquistar sua esposa novamente? Pra ela já era tarde, o medo do desconhecido fez desistir desta relação. Ele procurou ajuda psicológica e psiquiátrica, para controlar o seu emocional, ela procurou orientar no que podia, mas sem se envolver emocionalmente.

Neste atendimento com Sr.ª M. em pesquisa, percebi os conflitos, o trauma vivenciado por ela, medo de continuar um casamento doentio, podendo levar a perda total de sua vida e do seu filho. Em atendimento me relatou... O amor continua, mas não sei o que acontece, com ele nestes momentos, tenho medo, o trauma é grande, não fiz anda para ele se comportar assim. (De onde vem tudo isso...).  O medo, os conflitos vivenciados por Srª M. foram avassaladores, principalmente o ultimo, deixando com muito medo desta violência domestica.

A violência domestica acaba destruindo as relações familiares, deixando o vácuo imenso para a vida das pessoas envolvidas. Seja de ordem, entre casais, pai mãe, filha filhos ou outros. Quem pratica, já vivenciou uma dor similar, negando a si mesmo e reproduzindo a existência deste conflito. Quando uma pessoa s encontra doente precisa de cuidados especiais principalmente em elação a saúde metal do individuo.

O mundo da Srª M. vai estar sempre marca por esta violência, seja emocional ou física, medo de  se relacionar novamente e passar pela mesma problemática. É preciso cuidar da subjetividade e mudar o foco de tudo. Viver e seguir se reconstruindo novamente.

 

 

 

Entrevistas com as vitimas de violência domesticas

 

A S. jovem de 22 anos com uma filha de quatro anos para cuidar, mulher guerreira com sonhos já projetados para seu futuro. Em uma das entrevistas me contou sua historia de violência domestica por causa de sua gravidez.

Começou namorar um rapaz com 18 e logo em seguida engravidou, e agora o que fazer?. O começo foi tudo bem, depois de quatro meses o namorado a abandonou, sem explicação, deixando um vácuo, e medo de prosseguir, foi muito humilhada pela mãe, mas continuou sua gestação, com fé e confiança, nasceu à pequena Maria Eduarda, e seu amor  foi imenso pela filha, cuidados, carinhos.

A violência domestica partiu da mãe, familiares com descasos, humilhações, deixando a S. desorientada sem rumo, com medo do desconhecido, medo de não dar conta e se tornar uma boa mãe.

Foram nove meses de angustia e desespero, o pai sumiu deixando marcas profundas emocionais. Vida segue firme sempre buscando construir valores para sua filha, hoje com 5 anos.

A violência domestica, fica exposta por seus familiares e o namorando que abandoou sua parceira logo ao saber da gravidez. Mesmo com outros reencontros, não aceitou a paternidade, deixando a filha sem este vinculo paternal. A garota seguiu sua trajetória cuidando dela e daquela que veio ao mundo, sem saber como seguir, mas seguiu entre trancos e barrancos abandonada por todos. As violências psicológicas sofridas pela família, muitas vezes o medo de continuar, na realidade um abandono total.

Hoje busca através da justiça para o pai pagar pensão, mas nada, ele família s esquiva desta responsabilidade, mesmo já feito o DNA e confirmado a paternidade. Onde se encontra a justiça? São apenas mera formalidades, pelo que se observa.

Ela continua sua luta, mãe amiga, vencendo as mazelas da vida e cuidando de sua saúde mental. Ambas em terapia.

 

A face oculta da violência domestica e as leis

 

Quando falamos sobre violência domestica, deparamos ainda com pessoas vinculada ao passado, tempos remoto onde o homem era educado para dominar, na realidade se tornar dono do outro, sem questionar. Os próprios pais educavam seus filhos com esse intuito de autonominação, ((...) aqui mando eu, me obedeça).

Então o feminicídio se encontra em alta, antes depois e agora, com um poder descomunal em relação o outro. Mas quem é o outro? São mulheres indefesas, entre o poder do outro de mandar e comandar sem do e piedade, deixando claro o machismo espantado em sua face. De onde vem este poder, esta falta de respeito para com o outro? Deixo claro o meu parecer em relação esta atrocidade em relação o sexo feminino ou mesmo desta violência acentuada nas famílias, porque tantos conflitos onde na realidade deveria existir, amor, respeito, igualdade em comunhão de ideias, saber valorizar o outro, construir valores juntos.

 

Vamos lembra aqui sobre esta palavra “feminicidio” a nossa referencia é sobre assassinatos de mulher, menina por questão de gêneros vitima de violências domesticas, estas condições são relacionado ao menosprezo ou discriminação à condição feminista.

Vamos lembrar que todo esse sofrimento esta relacionado ao poder do outro em cima da vitima, um ódio desmedido, levando a morte muitas mulheres, um lado desumano estampado no individuo, para com o sexo feminino, seja meninas em relação o gênero.

Como devemos proceder em tal situação? Os pais hoje quando educa seus filhos, abre oportunidades de orientação sobre o outro? Ou apenas demostra seu lado machista deixando claro quem manda naquele território vivenciado por uma família em busca da felicidade em conjunto. Sim em busca da tão sonhada felicidade, é quando um casal apaixonados resolve casar, ter filhos, e formar uma linda família. Mas, sabemos dependendo da educação, o que era pra ser felicidade, se transforma em dor e sofrimento, o poder do machista sobre põem deixando marcas para vida toda de alguém.

 

Nosso país passa por grandes mudanças e é preciso a conscientização dos valores, educação nas famílias fortalecendo vínculos para não existir, tantos conflitos. A educação dos pais com seus filhos é de suma importância, os valores precisam ser expostos com disciplina  e amor.

Hoje temos leis severas, leis para destruir combater o femincídio no Brasil, mas  até agora ainda este problema continua se propagando sem conclusão de vida dos fatos mesmo que exista uma corrente para combater o medo ainda da abertura para não existir a denuncia de quem sofre violência domestica, seja em relação os casais parceiros, relacionamentos, como a violência em família em sociedade.

Em relação este conflito existe a violência psicológica sofrida pela mulher no seu dia adia. Conflitos familiares, medo de denunciar, mesmo assim continua sofrendo, levando muitas vezes perder totalmente sua existência.

 

Os conflitos psicológicos

 

Nos atendimentos me deparei com um quadro assustador de conflitos psicológicos interiorizados desestabilizando as vitimas totalmente, suas emoções estavam à flor da pele, sem direção, sem entender todo aquele sofrimento, e em uma das colocações foi: “...porque devo passar por isso, que fiz de errado que Deus me esqueceu? Porque tanto sofrimento, fiz tudo certinho, nos padrões de quem ama, e deseja apenas ter felicidade e trazer essa felicidade para sua família. Porque?. E neste momento nós ficamos de braços atados observando aquele conflito, medo da repetição do caso. Acolhemos e orientamos com objetivo de tranquilizar a vitima naquele momento, lembrando que os conflitos emocionais estarão no seu subjetivo com força total.

Nestes termos encaminhamos a vitima para psicoterapia, com objetivo de tranquilizar as suas emoções, e dar novos sentidos para o existir como pessoa.

 

 

Considerações Finais

Nas minhas considerações observei cada caso, na contratransferência, uma dor imensa s estalava em mim, saber que existe pessoas ainda animalizadas sem consciência do que faz ao outro, ou mesmo o sadismo faz parte deste seu mundo.

A violência domestica contra a mulher precisa ser banida da nossa vida no cotidiano, as leis precisam ser mais severas e principalmente encaminhar o réu para cuidados através da terapia, passar por uma conscientização seja do sujeito, seja família

As leis precisam ter novos fundamentos com conscientização de causa, abrindo possibilidades de renovações, mesmo com as leis formadas pelos presidentes anteriores e atuais é preciso a conscientização do porque um individuo acaba destilando tanto veneno sem se colocar no lugar do outro, a vitima.

A dor precisa ser especulada e sentida para conscientização de fatos. Não só disciplinar, mas acolher cuidar através das terapias para reorganizar o que se encontra distorcido na mente do agressor.

O feminicidio tem se propagado cada vez mais, mesmo com tantas orientações, cuidados, alertas, ainda se multiplicam esses sofrimentos contra a mulher e em família. É preciso novas metas para mudança de comportamentos, não só do sujeito, mas da família que foi inserido.

 

 

PESQUISAS  BIBLIOGRATICAS.

REDONDO, João. Livro: sem violência domestica. Coimbra, 2012

Projeto de Intervenção, 2003 a 2012.

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