Vilão
Por Elizangela Quintela Miranda Costa | 24/01/2013 | PoesiasEsta é uma homenagem ao meu marido por sua paciência e cumplicidade e principalmente por ser compreensivo com meus projetos e planos de vida.
VILÃO
O que fizestes comigo meu bem?
Tirastes meu sossego e minha calma!
Envolvestes-me com teu sorriso
E me fizestes sentir alguém,
Mas dominastes minha alma
Fizestes-me perder o juízo!
Não meu bem, não quero me anular,
Não quero deixar de ser eu,
Nem perder o amor teu!
Só quero te amar!
Sem a inocência dos amores poéticos
Sem a constância das paixões alucinadas
Quero um amor frenético
Em noites iluminadas!
Sim, quero viver o êxtase do afeto
Em cima da cama ou sem teto
Nas horas impiedosas que te afastam
E nas viagens que não me bastam
Luas verdes e amarelas!
Que me alucinam
Na dolorosa espera de podê-las
Alcançar e não tocá-las
Apenas em um brilho simples de olhar
Que me afincam cruzes ao peito
E me condenam como único suspeito
De beijos profanos,
De dizer enganos,
De falar banalidades indizíveis
Mas plenas de sentido,
Mas plenas de sentimentos
E intensos a cada momento!
Ora confusos,
Ora obtusos,
Ora complexos,
Ora perplexos!
Sim, meu bem
me fizestes refém
Sequestrastes-me assim:
Sem me perguntar se era não ou sim,
Sem se importar se era noite ou dia,
Fizestes-me sentira a agonia,
Deixastes-me sem saída,
Nem tiveste pena de mim!
Entreguei-te meu céu
E te dei o melhor de mim,
Dei-te tudo o que havia em mim,
Ofereci-te um anel,
Entreguei-te um amor sem fim,
Enchi teus lábios com mel,
Perfumei-me de alecrim
Para te levar ao céu ... nas asas de um
querubim!