Verdades eternas

Por Apolinario Albuquerque | 14/06/2011 | Crônicas


Verdades eternas




Em todos os momentos de nossa vida, estamos sendo testemunhas de verdades eternas, passam por nós disfarçadas de entretenimento, sem qualquer propósito pedagógico, ou doutrinal. São lições que, se observadas, vão constituir o que comumente se chama "maturidade" e quando presente em um ser humano faz dele um ser diferente: melhor, mais centrado, mais voltado a grandeza e a compreensão do porquê existir.

Quase sempre presenciamos críticas acidas aos escritos do tipo Autoajuda, mas é lá que encontramos em profusão os ensinamentos do tipo ? Perseverar ? que de resto significa tão somente um condicionamento a não desistir facilmente dos seus propósitos ? diga-se, por oportuno - outro aprendizado profusamente apregoado nesse tipo de literatura.

Diga-me então você, Jesus de Nazaré tem credibilidade para lhe ensinar algo à respeito? Se tem observe o que ele tem a nos dizer.

"Pedi e vos será dado; buscai e achareis; batei e vos será aberto; pois todo que pede recebe; o que busca acha e ao que bate se lhe abrirá". Mt. 7: 7-8

Esta é uma verdade incontestável e eterna. A qual acredito todos, indistintamente, deveriam aprender logo na primeira infância: Primeiro a descobrir seus propósitos na vida; (Lei do Darma); segundo que esses propósitos ? são perfeitamente viáveis e possíveis se corretamente perseguidos, ou perseverados ? se você assim o preferir, tal como foi vivido por Sophie (no filme Cartas para Julieta) na sua inusitada profissão de procuradora de provas dos fatos ? que por fim acabou por lhe revelar escritora, apenas, por ter ouvidos de ouvir ? e olhos de ver. É um respeito profundo na pratica dessas duas leis.

Há entretanto, uma advertência importante a ser feita. Mantenha ligado o seu "desconfiometro", para saber quando e como parar ? se sua busca e persistência estiver sendo inconveniente e inoportuna. Aprenda a medir o tempo, o lugar, e recursos disponíveis e, a sensibilidade das pessoas envolvidas nos seus propósitos e perseverança, porque o excesso, todo excesso, tende a ser prejudicial.

No mesmo filme ? O noivo da Sophia, nós ensina, na prática, o que Jesus havia esclarecido aos seus seguidores. Imagine, alguém querer conciliar de modo enganador, um romance, com uma viagem de negócios. Isto não é possível,"...pois onde está o teu tesouro aí estará também o teu coração" Mt.6: 21.

Para que a lua de mel realizada ? antes no matrimônio ? desse certo, haveria necessidade de que o coração de ambos estivessem imbuídos no mesmo propósito. Ninguém consegue esconder seus fins últimos ? por mais inteligente e ator que seja ? ninguém é enganado por longo tempo, por mais distraído e subserviente e de bons propósitos que seja.

Por fim, não podemos omitir a lei da doação ? como defendida por Deepak Chopra, no seu livro - As 7 Leis Espirituais do Sucesso ? segunda lei ? aquela que "poderia ser chamada: Lei do dar e receber" Ela é tão fundamental para vida do ser humano e ao mesmo tempo tão pouco praticada ? porque, o que nos é ensinado desde a tenra infância é justamente o individualismo e o egocentrismo.

Esteve todo tempo presente nas ações praticadas por Sophia ? a sua prática de se doar, a procurar, ? seja colaborando em responder as cartas, seja ajudando na procura do "príncipe encantado" - seja, até mesmo, mostrando o seu amor àquele que, por fim foi fisgado. Não pelos belos olhos, não pelos belos lábios ? mas sim e, principalmente, pelo amor que inundou a relação?


Apolinario de Araujo Albuquerque Rio, 14 junho 2011.
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