“Vamos ter uma conversa sincera”

Por jose benedito rosa | 05/11/2016 | Família

“SABE, sua esposa está realmente preocupada com sua saúde”, um rapaz disse recentemente a um amigo. “É mesmo?”, respondeu o amigo. “Ela não me deu essa impressão.” Foi um conforto o amigo saber disso, pois lhe parecia que sua esposa não estava especialmente preocupada.

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Quão comum é esse incidente da vida real! Os maridos e as esposas falam a outros aquilo que deveriam mencionar, primeiro de tudo, um ao outro (fato bem conhecido dos conselheiros matrimoniais!). Os pais se queixam de que não entendem os filhos.

Os filhos, por sua vez, murmuram a outros que seus pais são “quadrados”. Os empregados deixam de comunicar-se com seus patrões, e os patrões deixam de chegar até seus empregados; tudo o que produz maus efeitos, tanto emocionais como econômicos.

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Os estudantes modernos da natureza humana dão grande importância à comunicação, e isso corretamente, pois grande parte dos problemas atuais é devida a haver cada vez menos comunicação.

Assim, um livro de 1972 devotado a ajudar os casais a ter mais alegria e contentamento em seus casamentos através do crescente entendimento, declara: “Muitos casais acham que conhecem muito mais sobre o outro do que conhecem de fato.”


Deveras, é muito mais fácil falar com outros, queixar-se ou murmurar sobre uma situação do que falar sobre o assunto com os interessados ou envolvidos; para tal pessoa, é muito mais fácil dar o “tratamento silencioso”.

O modo mais fácil, porém, dificilmente é o melhor. É preciso coragem, sabedoria e tato, sim, e amor, para se tentar comunicar com a pessoa envolvida a respeito dum desentendimento ou duma situação desagradável ou duma falha.


Esta era a situação que um marido confrontou, tendo ele uma esposa inteligentíssima, mas que também era muito voluntariosa. Parecia que toda vez que ele fazia uma observação, ela replicava com uma objeção, de modo que, gradualmente, ele se refreou de mencionar tais coisas.

Mas, ele descobriu que esta não era a solução, pois seu relacionamento continuava deteriorando. Assim, ao ser aconselhado por um amigo, ele certa vez disse à sua esposa, de modo doce e amoroso como sabia: “Meu bem, vamos ter uma conversa sincera.”

Começando com algumas expressões de apreço e carinho, gradualmente tocou nas coisas que achava que precisavam considerar juntos. Em resultado disso, melhoraram suas relações um com o outro. Na realidade, ela não estava cônscia de quão inconsideradas suas respostas eram e como o atingiam.