VALENÇA-BA DO PERÍODO REPUBLICANO: Influências da migração, na formação das roças, no crescimento populacional e no comércio.

Por Janete Pereira de Sousa Vomeri | 09/06/2015 | História

VALENÇA-BA DO PERÍODO REPUBLICANO: Influências da migração, na formação das roças, no crescimento populacional e no comércio.

                                                    Janete Pereira de Sousa Vomeri[1]

1 Introdução

Buscando entender o Município de Valença no Período Republicano constitui-se este esboço que veiculará as razões que levaram o município a receber durante este período, um número considerável de migrantes e escravos, e logo depois a sua decadência econômica devido à implantação da estrada de ferro em Nazaré das farinhas. Entender estes aspectos e como ele contribuiu para o declínio econômico local é de excepcional importância, pois poderemos perceber como se constituiu as rocas, a população, o comércio e a formação dos bairros periféricos e os distritos do Município.

 

2 UMA BREVE INTRODUÇÃO A HISTÓRIA DE  VALENÇA

A cidade atual de Valença no período colonial era apenas um povoado denominado Una, devido à presença do rio do mesmo nome. Há probabilidade de que tenha sido a denominação dada inicialmente por índios tupinambás que falavam o Tupy e Guarany como também dos índios Aimorés (Botocudos), tribos arqui-inimigas.

O povoado por quase uma década e meia entre 1560 – 1574, fora dominada pelo fidalgo Sebastião de Pontes, que havia recebido de Men de Sá a sesmaria do Una e desembarcou na ponta do curral, nome  colocado, pois as primeiras cabeças de gado vacum no Brasil desceram neste local, (CAMPOS, 1971)

E Pontes, ao desbravar as terras recentemente adquiridas, parte ao reconhecimento da sesmaria e nas proximidades da foz do rio. Na primeira cachoeira manda construir um engenho de cana-de-açúcar, casa de vivendas e faz amizades com os indígenas locais. Ele é considerado o primeiro fundador e desbravador das terras de Valença.

Pontes foi preso por ter ferrado um mascate e se auto denominar Rei do Una e do Brasil.  Levou-se quase 200 anos  para que ocorresse  novas colonizações das terras do Una. Por volta de 1730 já havia um aldeamento indígena e a igreja do Amparo e daí em diante fora formada a colônia agrícola da Aldeia de São Fidelis, pois os índios catequizados não se deram  bem em conviver com o branco e por este motivo   muitos foram dizimados por visroses trazidas pelos povos colonizadores. (DIAS, 1978)

Em 1779 ocorre à implantação do Posto de fiscalização do corte de madeira e a vinda para o povoado da ouvidoria e logo depois ocorre o crescimento do povoado, então chamado de Amparo, é elevada a Vila em 1799. Implanta-se a primeira Casa de Câmara, no prédio da Casa de Cadeia. (VARGAS, 1979 pág 39)

Em 1801, a capela de taipa foi erguida pelos Duarte, família proeminente da região de Malpendipe, área do povoado do Amparo e da Vila de Nossa Senhora do Rosário de  Cairu. O Morro onde fora construída se chamava Morro de Sebastião Teles, nome do dono do terreno, que fora construída a Matriz. A Casa de oração é transformada em Matriz do Sagrado Coração de Jesus, abrigando o padroeiro da Vila do mesmo nome. As obras finais de expansão da casa e recebimento de telhado ocorreram em 1825. (VARGAS, 1979 pág 44)

Em 10 de novembro de 1849 a vila é emancipada como cidade. Encontra-se em tamanho desenvolvimento econômico, que abriga a Fábrica Têxtil Todos os Santos, fundada em 1844 e colocada em funcionamento em 1847, considerada a mais desenvolvida da época e recebeu do imperador D. Pedro II o titulo de Fabrica Imperial em 1860. Neste mesmo ano também já funcionava a segunda fabrica de tecidos Nossa Senhora do Amparo. (Oliveira, 1985)

No período imperial a cidade vive uma efervescência econômica sem igual, no entanto, ao final do século, no advento da república ocorrem mudanças que determinaram a existência de uma nova classe social rural, os roceiros. Desta surge a nova formação populacional da cidade com migrantes sertanejos, ex-escravos e migrantes italianos, também o aumento do comércio local, o aparecimento das regiões distritais e da periferia do município.

 

3 VALENÇA REPUBLICANA

 

A abundância territorial da cidade de Valença, o pequeno mercado local e a expansão populacional nas zonas rurais faziam coexistir as grandes propriedades de terras e consonância com as novas formas de produção agrícola, as rocas, que segundo definiu Dias (1978: pág. 62) eram pequenos empreendimentos familiares e, embora apresentando características de subsistência, já mantinha  ligações acentuadas com o mercado local.

A existência em comum entre grandes proprietários e roceiros aconteciam sem maiores tumultos. Especialmente entre os anos de 1873-1893[2],período onde o nordeste sofreu uma acentuada seca. Este fato levou a migração em forte escala para as regiões litorâneas e estes ocuparam as terras mais distantes do centro urbano valenciano.

Para esclarecer melhor os tipos de migrantes que vinham para Valença eram na sua maioria sertanejos, ex-escravos e escravos foragidos, em especial logo depois da abolição da escravatura entre os anos de 1888. A vinda em massa para Valença fez com que o contingente populacional subisse para 15.000 (quinze mil habitantes) distribuídos entre zona urbana e na sua maioria nos três distritos rurais  da cidade, provavelmente Guerem, Serra Grande e Maricoabo.   

Esta vinda maciça de ex-escravos, escravos foragidos e migrantes foi à forma que encontraram para reconstruir suas vidas, uns por conta da seca, outros por conta da abolição que os deixava livres, mas sem terras e propriedades para começarem suas vidas. (DIAS, 1978)

3.1 A crise da economia agrícola no município

 

Pode-se certamente afirmar que o declínio da economia do município de base agrícola foi fortemente abalada, pela construção da estrada de ferro Nazaré, também prevista a sua vinda para Valença, coisa que não correu provavelmente pela revolta dos carroceiros e a existência de uma firma de transportes por muares e burros da família Couto, que na época detiveram o poder político local. (Provavelmente a extração de transbordo seria no Prédio do Burgo), na Rua Juvêncio de Resende, local onde hoje funciona a vidraçaria esmeralda) nas proximidades da Praça Barão do Rio Branco[3].

Este fato foi um golpe nas exportações do município, isso por escoar através das linhas ferroviárias toda produção agrícola do Sudoeste baiano sem passar em terras Valencianas. Como é sabido o rio una sempre fora usado como forma de escoamento de produção. O aparecimento de linhas ferroviárias facilitava o escoamento e o tempo de transporte, reduzindo o custo produtivo.  Outro fato danoso à agricultura local foi que as fazendas mais afastadas da zona urbana não conseguiam competir em termos de custo produtivo com as fazendas situadas nas áreas servidas pela ferrovia, logo as mais próximas de Nazaré e não demandava tamanho custo operacional (DIAS, 1978, pág 62)

E quanto à cultura do café ainda insipiente, reduziu-se ao ponto de servir apenas ao mercado local. Este fato resultou num abandono maciço das fazendas, tornando a ocupação por roceiros um fenômeno pacifico.

                                                                                          

3.2 Fatores que favoreceram a expansão das roças em Valença e, por conseguinte o comércio local

Mesmo sendo terras abandonadas, as grandes fazendas eram ocupadas, porém os roceiros não detinham o direito da terra, nem acesso ao aparato burocrático, ficando a posse de terras sobre o domínio dos antigos proprietários. Este fato inviabilizou a legitimação das terras pelos posseiros. Em casos raros os roceiros, após anos de labuta conseguiam comprar as terras que muitos fazendeiros jamais tinham beneficiado. Em outros casos os fazendeiros estabeleciam acordos de arrendamento de terras. Este fato resultou em uma nova forma de renda para os fazendeiros, que recebiam pelo arrendamento ou quando por estabelecer a forma de meeiros[4]. A diferença social e econômica entre roceiros e fazendeiros fortaleceu este tipo de prática comercial com a terra.

Os fazendeiros por gozarem de influencias dentro do poder público, burlava e dificultava o acesso dos roceiros aos aparatos do estado. Tal diferença era acentuada com o reforço da produção agrícola dos posseiros em escala apenas local, enquanto os fazendeiros destinavam suas atividades as produções rentáveis e voltadas para o grande mercado interno e externo. (DIAS 1978, pág 63)

No comércio, a expansão de pequenos produtores significava aumento da oferta de produtos locais e desenvolvimento comercial, pois à medida que recebiam o produto dos roceiros, estes mesmo compravam ferramentas, roupas, querosene e alimentos manufaturados de seus armazéns, e faziam o que comumente chamavam a “freguesia”[5]. Eram uma forma de fortalecimento do comercio local abrindo divisas com os migrantes e roceiros da zona rural.

Outro fator de expansão comercial foi a concorrência entre roceiros de produtos agrícolas tornando o escambo entre os dois grupos extremamente favorável ao comerciante.

Tal ocorrência e expansão agrícola favoreceram a implantação de armazéns no centro da cidade. Também o aparecimento e a ocupação de terras por um novo grupo de produtores que integrava a economia, favoreceu a expansão comercial e o crescimento econômico dos armazéns do centro urbano valenciano de secos e molhados, formação de pequenos comércio de vendas e lojas de manufaturados, além do aparecimento de feiras para o comércio de produtos das roças.

Este crescimento comercial e populacional foi bastante vantajoso para os grandes proprietário de terras e para o poder público, pois conseguiam cobrar uma gama de taxas aos pequenos produtores e ofereciam pouquíssimos serviços. Este evento é comprovado pelo seguinte dado: em 1935 havia apenas três escolas rurais publicas, todas em sedes distritais e servindo basicamente ás famílias dos grandes fazendeiros e comerciantes ( DIAS 1978, pág 64)  Ainda, segundo Dias, existiam neste período mais de 800 estabelecimento rurais e na maioria roças. 

 

4 O CRESCIMENTO POPULACIONAL LOCAL EM VALENÇA

 Influenciado pela migração do sertão do nordeste por conta da seca que assolava, as áreas próximas da cidade. Especialmente os sertanejos foram ocupando as zonas próximas da cidade formando as periferias, com exceção das terras costeiras e a parte norte que foram adquiridas pela Companhia Valença Industrial (CVI), isso por serem as melhores terras do município.

No inicio da ocupação pelos roceiros, a CVI ofereceu grande resistência a este ato, por conta que na sua maioria as ações  eram arquitetadas   por fazendeiros que contestavam a posse da CVI, porém, segundo Dias, 1978,  a posse das terras foi dada pelo governo  no século XIX, tendo com finalidade o uso agrícola, fato que não se deu nas terras da Companhia Valença Industrial.

Mesmo conseguindo manter a posse da terra para os grandes fazendeiros, ela não conseguiu evitar a posse em escala reduzida de roceiros. Em 1930 , a CVI passou a cobrar pelo uso da terra um pequeno aluguel para o  seu cultivo. Nascem os meeiros. Os agricultores usavam a terra e em troca 50% do que se  produzia era  entregue aos grandes proprietários da fazenda. Uma prática ainda muito recorrente no município.

Como aconteceu com os grandes fazendeiros, a CVI também conseguiu manter os direitos sobre as terras, pois acreditavam na valorização da terra, coisa que aconteceu no inicio da década de 1970.

A outra forma de manter a propriedade de terra foi manter os roceiros como arrendatários. Esta maneira de proteção de terra impedia o acesso a posse e os grandes fazendeiros, mais poderosos e que conseguiam acertos de legitimação de solos com os poderes públicos.  Os roceiros eram um escudo de proteção dos interesses da CVI e também através de acordos a empresa livrava-se de indenizações. Com a contribuição dos pequenos produtores, a CVI cumpria com o acordo de uso de terras e os roceiros apenas podiam plantar lavouras não inesgotáveis, ou perenes[6], apenas de subsistência como milho, mandioca e culturas de curto ciclo.

Diante do exposto percebem-se a criação de um padrão de estabelecimento instituído após república, as rocas interligando a zona produtiva com a cidade. Destarte, também as grandes fazendas, implantaram o sistema de comunicação e de distribuição da produção. O que diferenciava a fazenda das roças era o poder produtivo, sua capacidade de produzir em longa escala, enquanto que na roca limita-se ao isolamento, dificuldade de transportes especialmente nos períodos das chuvas, que chegavam a 16 a 18 horas de viagens penosas.

Percebe-se que a agricultura roceira tinha caráter itinerante, muitas roças eram instaladas e logo abandonadas em detrimento de melhores terras que eram rapidamente ocupadas, essas atividades reduziam sobremaneira os investimentos nas roças e geralmente os equipamentos e instalações eram tão somente para a sobrevivência e suas construções se davam em questão de Dia (DIAS, 1978 pág. 66) em muitas instâncias as roças se constituíam em estabelecimento temporário, onde roceiros buscavam assegurar sua sobrevivência enquanto aguardavam novas oportunidades.

Essa facilidade de locomoção e flexibilidade em abandonar áreas devido a abundância de terras férteis ofereceu aos roceiros a possibilidade da alta mobilidade geográfica. Em Valença, essas mudanças geográficas foi intensa no período do boom do cacau no inicio do século XX. A Implantação do cacau em áreas circunvizinhas a Valença levou ao crescimento migratório e ao ser implantado no município representou um Eldourado[7], especialmente por conta dos altos preços do produto cacaueiro (DIAS, 1978).

4.1 A formação populacional da Valença republicana

 

A população de Valença basicamente foi formada por descentes de portugueses numa parcela menor e uma parcela maior de etnia africana e indígena, fato constatado pela presença de áreas de remanescentes quilombolas já reconhecidas pela fundação palmares, e remanescentes de populações indígenas (aimorés – botocudos, guerens e tapuias) e os tupinambás).

Desta mistura ocorreu uma miscigenação e formação do povo.  Com o advento da República se acrescentou á população migrantes nordestinos - os sertanejos que principiaram no cultivo do cacau. Os demais roceiros (escravos e remanescentes indígenas), no plantio alimentar. Já os sertanejos procuravam ficar mais próximos das zonas urbanas. Provavelmente, devido a isso, a ocorrência de bairros periféricos, como Tento, Bolívia e Jacaré, e os ex-escravos e remanescentes indígenas buscavam áreas mais afastadas dos centros urbanos. Segundo Dias, este afastamento se dava porque os negros e caboclos entendiam que o isolamento prometia áqueles grupos um retorno a liberdade há muito perdida (1978, pág 69)

Assim, percebe-se que a formação populacional de Valença se intensificou após o período republicano, pois aparece no cenário local a presença maciça de sertanejos vindos para o litoral com a esperança de lograr sucesso após a destruição de seus sonhos pela seca. Com a implantação do cacau, intensificou-se a vinda destes e posteriormente a migração de italianos para as terras de Serra Grande, incluindo na agricultura local o cultivo de café e a criação de gado.

4.2 O Distrito de Serra Grande e sua formação populacional e agrícola no inicio do século XX

 

Em meio a uma crise econômica em Valença do inicio do século XX, as poucas fazendas que conseguiram se fixar e sobreviver, na sua maioria instala-se no distrito de Serra Grande e neste momento surge um número de migrantes italiano que implantam o cultivo do café com certo sucesso e a criação de gado bovino (DIAS 1978, pág 67).

Com este dado podemos compreender a presença maciça de uma população de base branca fato que até então não era entendido. Ao observar a presença de migrantes italianos compreendemos a formação populacional do Distrito e a caracterização da etnia branca nos povoados e região distrital.

4.3 O espaço rural e sua nuances no processo de formação das rocas

Apesar do vasto território valenciano e as distâncias das fazendas da cidade, o número de tropas de muares e burros permitiu o escoamento da produção.

As fazendas neste período apesar de constituírem suas produções orientadas pelas demandas do mercado, as de cunho tradicional conseguiam produzir alimentos para sua auto suficiência e auto alimentação. O que diferenciava uma fazenda de uma roça era a produção obtida e os status de propriedade e no modo de produção de cada uma delas.

A Valença republicana configurou-se especialmente no campo agrícola pelo trabalho assalariado, o arrendamento de terras e as práticas de meieiros em especial os escravos eram os que mais se submetiam a esta pratica. As roças eram de base familiar sem formas de acumulação de bens, pois não praticava a agricultura perene.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Cidade constitui-se como zona urbana devido ao vale próximo ao rio e as riquezas de matas de madeira de lei e a beleza que circundava as margens do seus mapa hidrográfico. O Rio principal via marítima de escoamento de produção agrícola e têxtil, como também principal rota de abastecimento dos pequenos armazéns do final do século XIX e inicio do século XX. Com a implantação da ferrovia de Nazaré das farinhas o escoamento agrícola das fazendas circunvizinhas a cidade cresceu, facilitando a quebra e a desativação de fazendas na cidade Valença. Este fato marcou uma invasão pacífica de migrantes de várias localidades brasileiras e de imigrantes italianos na zona de Serra Grande, outra população que veio buscar terras foram sertanejos que sofreram uma drástica seca acarretando uma migração maciça do sertão e os negros recém libertos.

A formação da cidade e de seus distritos são amplamente reafirmados com a presença de mudanças no cenário agrícola, o aparecimento de uma nova classe de trabalhadores, os roceiros, também chamados posseiros e meeiros,em especial esta última era praticada pelos ex-escravos que buscaram nestas terras formas de subsidiar suas vidas na invasão de grandes  propriedades e estabelecer suas famílias após a abolição.

 

REFERÊNCIA

CAMPOS, Silva. Crônicas da Capitania de São Jorge dos Ilhéus. Conselho Federal de Cultura, Rio de Janeiro, 1981

DIAS, Gentil Martins. Depois do Latifúndio: continuidade e mudança na sociedade rural nordestina. Rio de Janeiro. Tempo Brasileiro: Brasília. Ed Universidade de Brasilia, UNB, 1978.

OLIVEIRA, Edgard Otacílio de Oliveira. Valença dos Primórdios a contemporaneidade,  EGBA. Salvador-Bahia 2006.

OLIVEIRA, Waldir Freitas de. A Industrial Cidade de Valença ( um surto da industrialização na Bahia do século XIX), UFBA, nº 111,  1985.

VARGAS, Túlio.  Boletim do Instituto Histórico, Geográfico e Etnográfico Paranaense. História dos Vasconcelos da Bahia. Volume XXXV. Curitiba, 1979.

RISÉRIO, Antônio. Tinharé: História e cultura no Litoral Sul da Bahia. Salvador BYI Projetos Culturais Ltda, 2003. 

 



[1] Janete Pereira de Sousa Vomeri é Pedagoga Escola/Empresa, Licenciada em História, Especialista em metodologia e Didática do ensino Superior, Psicopedagoga Institucional e Clinica, Professora do Fundamental II e EJA, Coordenadora do Memorial da Câmara Municipal de Valença, Professora do Instituto Pró-educar e Conselheira Presidente do Conselho  Municipal de Cultura de Valença .

[2]Dias , 1978

[3] Contam que neste período existia uma empresa de muares e burros que faziam o transporte de mercadorias para Nazaré. A Vinda da ferrovia faria com que a empresa fosse extinta. Contam também que houve uma revolta chamada revolta das carroças. Os carroceiros foram contra a vinda da ferrovia para a cidade, representaria o fim de suas atividades.

[4] Meeiros -Diz-se do agricultor que trabalha em terras que pertencem a outra pessoa. Em geral o meeiro ocupa-se de todo o trabalho, e reparte com o dono da terra o resultado da produção.

[5] Freguesia Clientela, grupo de compradores.

[6]Perenes -Aquilo que dura para sempre, que não tem fim, que é eterno, que não há interrupção.

[7] Eldorado - termo espanhol que significa O (homem) dourado ;  Característica do lugar que é cheio e dotado de riquezas. Lugar maravilhoso.