Vai Triste Poesia

Por Daniel Lellis Siqueira | 29/05/2008 | Sociedade

Vai triste poesia

Vai-te embora e carrega consigo a minha vontade de sonhar

pois acabaram as noites desdormidas.

Encheste meu corpo com embrião

e esvaziaste os meus inúmeros caminhos

bebeste do meu copo de solidão

e minha paixão, sem pudor

zelou por minha letargia.

 

Me recolherei à escuridão do universo,

perderei meus sentidos sem sentir

pois não desejo a ovulação da promiscuidade.

 

Nunca mãe de corpo livre!

Nunca mais te conto o triste

nunca mais encontro o existe

existo agora com um pequeno futuro existir

-Filho, filho meu, amado filho

Sois as algemas da mamãe.

Agora não, espere o meu desespero me matar.

Sem dedos escrevo

o que eu sei que nunca lerás.

 

Afinal, voltarás de onde veio,

sereno e calmo...

Sem ter respirado da poluição dos homens.

Filho. 

Amado filho.

Perdão.                                                                    

 (Brenda Brasil)