UTILIZANDO O COTIDIANO NAS AULAS DE FÍSICA

Por Antonio Miguel Bianco Teles | 19/07/2016 | Educação

UTILIZANDO O COTIDIANO NAS AULAS DE FÍSICA NUMA ESCOLA ESTADUAL DE ARAPUTANGA- MT

Antonio Miguel Bianco Teles

RESUMO

O presente trabalho tem por objetivo apresentar meios e técnicas que facilitem a compreensão e contextualização dos conteúdos ministrados nas aulas de Física, relacionando-os ao cotidiano dos educandos. Tem como proposta, aplicar através da didática, metodologias que tornem o ensino mais atraente e interativo, utilizando nas aulas diversos recursos metodológicos para o ensino. Ao desenvolver essas metodologias na Escola Estadual Nossa Senhora de Fátima, localizada na cidade de Araputanga, Mato Grosso, esperamos que os alunos se tornem mais participativos e interessados nas aulas de Física, pois quando fazem a relação entre teoria e prática os resultados são diferentes.

Palavras-chave: Ensino da Física, metodologias, técnicas, cotidiano e ensino/aprendizagem.

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho visa desenvolver meios e técnicas com objetivo de expor reflexões relacionadas às ações e saberes escolares. Visto que a comunidade escolar vem observando a desmotivação dos alunos aliados ao baixo rendimento nas avaliações. Além disso, proporciona métodos e técnicas que possibilitam a aprendizagem mais atraente no ensino da Física do Ensino Médio.

Para que seja atraente é importante considerar o conhecimento prévio do aluno e utilizar os recursos metodológicos de maneira a nortear as atividades desenvolvidas e possibilitar condições alternativas relacionando as práticas em sala de aula com o cotidiano dos educandos.

Para atingir os nossos objetivos estruturamos este trabalho da seguinte forma:

            Analisar com os pares que desempenham atividades das Ciências Físicas da instituição, a utilização do cotidiano para o ensino da Física na conjuntura escolar.

             Identificar conceitos de Física envolvidos em situações cotidianas com técnicas e métodos que fazem uso desses para o ensino real da Física;

              Verificar situações em que as Ciências Físicas vivenciadas foram trabalhadas em sala de aula através de experiências com os pares atuantes na área e.

             Envolver os pares atuantes na disciplina de Física do Ensino Médio com relação à utilização do cotidiano em prática docente desenvolvidas.

2 DESENVOLVIMENTO 

O presente trabalho foi desenvolvido nas dependências da Escola Estadual “Nossa Senhora de Fátima”, localizada no município de Araputanga, Estado do Mato Grosso.

Esta proposta tem por objetivo analisar e identificar as principais dificuldades encontradas durante as aulas de Física, que foram vivenciadas no Estágio Supervisionado. Para tal complementamos com leituras bibliográficas referentes ao assunto em questão.

Para que as aulas de Física se tornem mais produtivas e interativas os professores precisam adaptar os conteúdos da proposta curricular, contextualizando teoria e prática, propiciando aos alunos a oportunidade de reflexão e interação com os conteúdos ministrados.

            Segundo Maia e Scheibel (2006; p. 8):

É necessário pensar a Didática para além de uma simples renovação nas formas de ensinar e aprender. O desafio não reside somente no surgimento ou criação de novos procedimentos de ensino, ou em mais uma forma de facilitar o trabalho do educador e a aprendizagem do educando. Mais do que isso, a Didática tem como compromisso buscar práticas pedagógicas que promovam um ensino realmente eficiente, com significado e sentido para os educandos, e que contribuam para a transformação social.

Para assimilar as competências e habilidades a serem desenvolvidas, devemos proporcionar aos alunos a compreensão de enunciados, onde facilitará a linguagem propriamente dita na Física.

O professor é uma importante fonte de motivação, por meio de suas atitudes exemplares, quer do ponto de vista moral, profissional ou social.

Por ser um mediador da informação, o professor deve descobrir maneiras de ensinar, assim facilita ao aluno apropriar-se do conhecimento. Então, o ensino precisa indicar situações desafiando os alunos a encontrar recursos para a aquisição de novos conceitos analisando a realidade.

Para Martins (1990; p. 198):

Recursos de ensino designam todos os recursos usados no processo de ensino-aprendizagem com o propósito de tornar mais eficaz à transmissão da mensagem pelo professor e mais eficiente à aprendizagem pelo aluno. É um elo entre o que o professor fala e a realidade que deseja transmitir, ou seja, substitui do melhor modo possível a realidade.

O domínio do professor pelo o que vai transmitir resultará no planejamento das atividades pedagógicas no desenvolvimento de saberes, utilizando técnicas e metodologias adequadas, não se limitando num mero transmissor do conhecimento e sim promover entusiasmo em suas ações educativas com o cotidiano.

Segundo Damasceno (2011; p. 24).

A aprendizagem significativa faz-se mediante a relação entre o conteúdo a ser ensinado e os conhecimentos já existentes na estrutura mental do educando. É, pois, uma aprendizagem que se realiza intencionalmente com certo objetivo ou tem como meta algum critério em que o educando dá sentido ao conteúdo que aprende. O professor para tornar receptivo o que irá ensinar estabelece os conteúdos e a estrutura do material a ser ensinado, levando o aluno a uma aprendizagem mais rápida, pois os conteúdos organizados intencionalmente despertam o interesse dos mesmos para participar ativamente e não passivamente do processo. Quando o aluno já possui em sua estrutura cognitiva conceitos relevantes, pode ocorrer uma aprendizagem significativa, a nova informação é assimilada por um subsunçor que cresce e se modificam, esses são formados através da experiência que o indivíduo vai tendo através da interação com os seres. Assim o professor tem necessidade de conhecer o conteúdo experiencial do educando a fim de selecionar conceitos, onde o planejamento curricular deve obedecer a uma hierarquia de conceitos, sendo que se necessário um conceito que esse aluno deveria conhecer e não o conhece, poderá de alguma forma prejudicar a aquisição de um novo conceito.

Para Martins (1990; p. 136), “a ação pedagógica do educador deverá ser direcionada no sentido de subsidiar os educandos de uma visão crítica da realidade”.

Assim, o conhecimento cotidiano se torna um conhecimento escolar com as condições alternativas apresentadas, isso leva à compreensão da realidade.

Para Freire (2001, p.74) [...] E por isso, repito, que ensinar não é transferir conteúdo a ninguém, assim como aprender não é memorizar o perfil do conteúdo transferido no discurso vertical do professor.

Podemos dizer também que a formação de professores, inicial ou continuada colabora com ensino de Física, se impetrar boas formações e capacitando com frequência em cursos, palestras, troca de experiências e grupos de estudos, contribuirá com os resultados do ensino/aprendizado e desenvolverá metodologias que possa colaborar com a aprendizagem do cotidiano.

É confiante que para ter um bom aprendizado não adianta apenas o conhecimento, é preciso saber compartilhar e transmiti-lo. 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Utilizando essa metodologia esperamos: melhorar o rendimento e o desempenho escolar dos alunos da Escola Estadual “Nossa Senhora de Fátima”, desenvolver uma metodologia de ensino mais participativa com a comunidade escolar e despertar o interesse de professores e alunos para o ensino e a aprendizagem na Física. 

REFERÊNCIAS

  1. FREIRE, Paulo, Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2002.
  2. MARTINS, José do Prado. Didática Geral: fundamentos, planejamento, metodologia, avaliação. 2. Ed. São Paulo, SP: Atlas, 1990;
  3. MAIA, Christiane Martinatti; SCHEIBEL, Maria Fani. Didática: organização do trabalho pedagógico./ Christiane Martinatti Maia; Maria Fani Scheibel. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2006. 200 p;
  4. DAMASCENA, Elexlhane Guimarães, Metodologias e o ensino de Física. Ji-Paraná, RO, 2011. http://www.fisicajp.unir.br/downloads/1896_tccelexhane.pdf