Utilização de jogos para o ensino de química orgânica.

Por Elber Ricardo Alves dos Santos | 05/11/2011 | Educação

Utilização de jogos para o Ensino de Química Orgânica.

Éverton da P. Santos; Gezyel B. de Aquino; Elber Ricardo A. dos Santos; João Marcos. S.dos Santos; Josevânia T. Guedes; Lenalda Dias Dos Santos

INTRODUÇÃO:A utilização de novas metodologias no ensino de química de outras ciências tem proporcionado um novo ambiente de aprendizagem uma vez que com aplicabilidades de novas formas de aprender e ensinar, se observa em sala de aula e fora dela a contextualização dos conteúdos abordados bem como a diminuição das dificuldades de aprendizagem por parte dos alunos.
De acordo com Chassot (1990), é de fundamental importância que o ensino de química seja relevante ao estudante, isto é, que seja relacionado ao seu dia-a-dia, como assuntos que afetam sua vida e a sociedade em que se insere.
Segundo Soares (2004), o jogo é um instrumento que desperta o interesse, devido ao desafio que ele impõe ao aluno. O aluno desafiado busca satisfação a superação de seu obstáculo, pois o interesse precede a assimilação.
Assim, através do jogo o aluno distingue e formar conceitos, por meio da leitura e dinamismo no universo lúdico do próprio jogo. Partindo desse pressuposto, criou-se o jogo “Complete & Responda” no intuito de promover uma aprendizagem agradável e significativa aos alunos.
Este trabalho objetiva relatar a utilização do jogo como ferramenta motivadora para o ensino de Funções Orgânicas, uma vez que o lúdico pode ser uma ferramenta facilitadora para o processo de ensinoaprendizagem.

METODOLOGIA:Para realização desta atividade foram necessárias duas horas/aula, realizadas durante o período de estágio curricular do Curso de Licenciatura em Química da Faculdade Pio Décimo, em uma escola pública de Aracaju-SE, com alunos da 3ª série do Ensino Médio.
Dividiu-se a turma em várias equipes e distribuíram-se os conteúdos entre elas, as quais deveriam pesquisar e apresentar aos colegas seu entendimento sobre as funções orgânicas a elas designadas. 
Após a exposição foi iniciado o jogo mantendo-se os grupos. Para a realização desta atividade foram necessárias duas horas/aula. 
O jogo era baseado em perguntas contextualizadas acerca da utilização de funções orgânicas encontradas no cotidiano, no qual um representante do grupo tinha o direito de tentar a sorte ao jogar um dado, o qual apresentava as opções: Uma vogal; Duas vogais; Uma consoante; Duas consoantes; Uma dica; Passe a vez.

RESULTADOS:A partir da aplicação do jogo, foi possível observar a surpresa dos alunos ao descobrirem a grande importância do assunto no cotidiano.
Percebeu-se que o jogo estimulou a interação da turma com o assunto e a busca por informação sobre o tema.
A cada lacuna preenchida os alunos sentiam-se mais interessados em responder, pois no momento que o representante do grupo discutia quanto ao preenchimento das lacunas, o outro grupo já especulava, em silêncio, a resposta. Não houve dispersão da turma durante a realização da atividade. 
Os comentários dos alunos remetem a relevância da aplicação do jogo no ensino de funções orgânicas:
Não sabia que os ésteres estão presentes em balas e bombons.
Não sabia que a cafeína é um estimulante.
Nunca estudei Química desta maneira.
Gostei do jogo, pois aprendi Química do dia-a-dia brincando.

CONCLUSÃO:A valorização do lúdico na utilização de novos recursos no ensino de química apresenta um resultado significativo no tocante ao aprendizado dos alunos e de qualquer pessoa que queira aprender independente da classe social, idade etc.
O jogo pode intervir tanto na interatividade e dinamização das aulas de Química quanto na produção e abstração de conhecimentos pelos alunos de modo que os tornem seres críticos em relação ao meio sociocultural que se inserem.

Instituição de Fomento: Faculdade Pio Décimo

Palavras-chave: Ensino Aprendizagem, Lúdico, Funções Orgânicas.