USO DE ''A GENTE COMO FUNÇÃO DO SUJEITO''

Arilton Bronze
Flavione Ferreira
Epson Borges
João Luiz

RESUMO: O objetivo deste artigo é mostrar em visão geral o uso do a gente em situações do ambiente escolar, entendo-se a questão como fenômeno lingüístico que se manifestam tanto em condições formais como de informalidade, que às vezes, acaba provocando situações de conflito se considerarmos sua prática em relação ao uso da gramática tradicional.

PALAVRAS-CHAVES: Lingüística, Gramática Tradicional, a gente,

INTRODUÇÃO

O artigo aborda a substituição de "nós pelo a gente" de maneira prática, essa substituição dentro do âmbito escolar acontece quase como unanimidade, percebe-se que na maioria desses casos à predominância é maior entre a população mais carente da sociedade, mas esse fenômeno não se limita somente entre a classe menos privilegiada; ele ocorre também nas camadas intermediária e alta da sociedade de Porto Seguro. Na Escola Albertina Fiorotti Moreira deste município, não seria diferente, os dos alunos da EJA (Educação de Jovens e Adultos), nota-se que quase 62% dos alunos daquelas séries (7ª e 8ª) onde em sua grande maioria ganham em torno de 1 salário mínimo; é comum a troca de nós pelo a gente; um outro fator também interessante é que os alunos desta escola, são alunos das cidades circunvizinhas o que vem mostrar que, esse não é uma característica somente deste município e sim, um fenômeno que vem ocorrendo em todo o país.
O uso de a gente e nós é mais ou menos equilibrada: 56% e 46% respectivamente. Não se encontram grandes divergências em cinco capitais brasileiras, mas o Rio de Janeiro é a capital onde mais usa a gente (59%) na função de sujeito, enquanto as demais cidades ainda privilegiam o emprego de nós, segundo a pesquisadora Yonne Leite doutora em Lingüística em livro publicado em 2002, pela editora Zahar. Na escola a pesquisa constatou que essa margem percentual fica bem acima do que a cidade do Rio de Janeiro; atingindo mais ou menos 62% dos casos do a gente.