UMA TEORIA POLÍTICA POR JACOT STEIN

Por Jacot Werner Stein | 23/10/2017 | Política

A algum tempo observo a política, no caso a pequena política nacional brasileira, assim como a argentina, boliviana, peruana, mexicana, francesa e alemã. Em todas elas surge algo de interessante e pouco nobre: a falta de rumo e os excessos de fisiologismos. A falta de rumo expressa-se pela falta de metas nacionais ou regionais - o melhor é que fossem supranacionais. Os excessos de fisiologismos são as metas e contendas pessoais, as vontades individuais sobrepostas aos interesses da nação, isto é, a vontade de potência expressa como vontade política nefasta. Há um hiato entre às necessidades nacionais e as vontades individuais, ambas escamoteadas por um discurso ora de ataque aos seus pares -- os oradores políticos --, ora de abnegação em prol da sobrevivência e manteneção de um sistema pouco produtivo. Não propomos reformas, pois reformar é manter a estrutura e é a estrutura, que no nosso entender, deve ser modificada. Marx afirmou que em determinadas épocas tudo e todos devem ser trocados para que tudo permaneça como d'antes. Fora o que constatamos com o processo de impechemeant da Sra. Dilma. Contudo, mais que isto, falta-nos, brasileiros preguiçosos que somos em nossos estudos, uma teoria que oriente os rumos da nossa pequeníssima política. Pois, permanecendo do modo que está há e haverá um eterno retorno de todas as práticas que consideramos maléficas ao processo civilizatório brasileiro. Necessitamos sermos mais civilizados, mais cultos, mais modestos, menos preocupados com redes sociais e mais honestos, sim, mais honestos conosco mesmos, com os outros. Visto que é esta postura desonesta que nos prejudica, quer tirar proveito e toda e qualquer situação. Falta-nos uma teoria política, um modelo que nos oriente no modo mesmo de interpretarmos à realidade, de diagnosticar a ontologia do presente; István Mezáros será um revolucionário com sua proposta de reformas. Reformar será mesmo uma revolução: sair do discurso! Definitivamente, falta-nos um Platão brasileiro, um Aristóteles brasileiro, um Hobbes brasileiro, um Locke brasileiro, um Montesquieu brasileiro, e um Rousseau brasileiro.                                                                               

JS&MDC