UMA REFLEXÃO SUPERFICIAL ACERCA DA ATUAÇÃO DO COORDENADOR PEDAGÓGICO ANTE O COTIDIANO DA ESCOLA

Por Samuel Pedrozo Borges | 07/02/2020 | Educação

UMA REFLEXÃO SUPERFICIAL ACERCA DA ATUAÇÃO DO COORDENADOR PEDAGÓGICO ANTE O COTIDIANO DA ESCOLA

Samuel Pedrozo Borges [1]

 

RESUMO

 

O presente estudo se expressa por meio de uma pesquisa bibliográfica, e se atem a fomentar o discurso à cerca do exercício da função de coordenação pedagógica, notadamente a investigação não tem observações profundas, mas se coloca com meios breves e superficiais explanações. Sendo assim o objetivo deste trabalho se limitam à evidencias pautas em pesquisadores do tema, com o intuito de apontar a devida importância do coordenador pedagógico dentro do ambiente educacional, isto é da escola; as necessidades de observações a serem feitas na formação deste profissional; e acima de tudo pincelar indicações que destoam quando observamos a função teórica e as evidencias práticas do exercício da função de coordenação escolar.

 

Palavras-chave: Coordenador Pedagógico, Educação, Escola.

 

1 INTRODUÇÃO

 

As pesquisas acerca do Coordenador Pedagógico e bem como dos atributos a que dele se espera apontam que este tema é discutido e abordado por diversos pesquisadores e em diferentes aspectos.

Ao investigar a literatura, encontramos diversos autores que discutem a formação do Coordenador Pedagógico, sua atuação profissional, bem como seu papel no contexto escolar, mediando as ações educativas desenvolvidas nesse âmbito. (COSTA,2015 p. 15)

 

Uma vez observado que o tema é de ampla análise e que por vezes sua adoção leva a observações práticas e relevantes, este estudo vislumbrou contribuir singelamente por meio da análise das ações cotidianas do Coordenador Pedagógico dentro da educação escolar.

Sendo assim houve um afinco em alicerçar as buscas em pontos de vista e perspectivas teóricas da função de coordenação escolar, com o intuito de obter conteúdos a prover base argumentativa ao conteúdo proposto.

Certamente não há que se falar em esgotamento da pesquisa, uma vez que este nem ao menos foi previsto durante a pesquisa, uma vez que a mesma se pega em um foco superficial.

Por certo ao se focar na função coordenador pedagógico é inerente que a pesquisa tenha vínculo com apontamentos no sentido da formação deste profissional e bem como o devido amparo legal no qual ele se ampara para o exercício da função.

Para Lima e Santos (2007) o coordenador tem também como funções a efetiva formação do professor, o fortalecimento das relações entre os atores do processo escolar, a organização além do planejamento do ensino e o planejamento das rotinas pedagógicas, todos estes pontos necessários ao bom funcionamento da escola.

As evidencias apontaram, sem qualquer divergência, para a devida importância deste profissional e ainda mais, para a necessidade do seu trabalho dentro da escola, uma vez que a coordenação pedagógica deverás será responsável pela ligação dinâmica dos diversos atores que povoam a realidade escolar.

Neste afinco chegaremos ao ponto crucial da discussão e fomento de opiniões, que é a realidade do trabalho do coordenador pedagógico, dentro de diversas instituições de ensino, o que por esta razão o tema figura na pesquisa e escrita de diversos autores.

Diagnosticar significa ir além da percepção imediata, da mera opinião (do grego, doxa) ou descrição, e problematizar a realidade, procurar apreender suas contradições, seu movimento interno, de tal forma que se possa superá-la por uma nova prática, fertilizada pela reflexão teórico-crítica. (Vasconcellos, 2007 p. 190)

 

Sendo assim a simples pesquisa bibliográfica dá parâmetros para o estudo que segue em bem como para as considerações de dele se podem absorver, sem, claramente de se possa encerrar o assunto, pelo contrário, abrindo ainda maiores chances de observações e investigações acerca do tema ora proposto.

 

2 O COORDENADOR PEDAGÓGICO

 

Quando nos debruçamos em averiguar a profissão coordenador pedagógico, notamos de imediato que este profissional deve ter uma gama de conhecimentos, os quais lhe serão cobrados.

Não podemos perder de vista que lidar com o planejamento, com o desenvolvimento profissional e a formação do educador, com as relações sociais e interpessoais existentes na escola é lidar com a complexidade do humano, com a formação de um ser humano que pode ser sujeito da transformação de si e da realidade, realizando, ele mesmo, essa formação, como resultado de sua intencionalidade. (PLACCO, 2008)

 

O coordenador pedagógico está diretamente ligado à formação social do cidadão, e esta reponsabilidade requer uma atenção demasiada por parte do profissional que exerce esta função.

Este profissional, por vezes, passa desapercebido dentro a visão global que a sociedade tem de uma instituição escolar, talvez ofuscado pelos demais componentes da rede de ensino, mas na maioria das vezes por não possuir uma posição específica, em razão de ocupar funções diversas, muitas vezes além das suas reais responsabilidades.

 

2.1 A Função do Coordenador Pedagógico

 

Ao analisarmos a função coordenador pedagógico é possível observar objetivamente o quanto ela é carregada de complexidade. Isto pois a coordenação pedagógica exige uma ação dinâmica no sentido de tecer um trabalho que envolva todos os atores que figuram no contexto da educação.

É importante citar Libâneo (2001) quando caracteriza a ação de coordenar como uma tarefa que canaliza o esforço coletivo das pessoas para os objetivos e metas estabelecidos.

Neste ponto observemos Franco (2008, p. 120):

Para trabalhar com a dinâmica dos processos de coordenação pedagógica na escola, um profissional precisa ter, antes de tudo, a convicção de que qualquer situação educativa é complexa, permeada por conflitos de valores e perspectivas, carregando um forte componente axiológico e ético, o que demanda um trabalho integrado, integrador, com clareza de objetivos e propósitos e com um espaço construído de autonomia profissional.

 

Resta nítido que coordenador pedagógico deve estar em constante movimento, de ideias e ações, para que consiga desenvolver a sua função dentro do contexto escolar, com as devidas atenções que se esperam deste profissional.

Oliveira (2013, p. 5 e 6), define a função do coordenador pedagógico:

... gestor da formação continuada docente, tem a responsabilidade de elaborar e desenvolver atividades relevantes que mostrem a importância da formação continuada para o docente, pois o trabalho do professor não se esgota na sala de aula, ele continua nos debates durante as reuniões de horário complementar, na reflexão dos problemas que ocorrem na escola, no planejamento e na avaliação constante do seu trabalho.

 

Neste aspecto Libâneo (2001), explana que o coordenador pedagógico é aquele que responde pela viabilização, integração e articulação do trabalho pedagógico, estando diretamente relacionado com os professores, alunos e pais.

Ora em uma observação teórica é notável a extrema importância do coordenador pedagógico como interlocutor da aprendizagem, uma vez que é ele o responsável direto pela habilitação do processo de ensino e aprendizagem.

A evidencias de Rosa (2004), apontam do sentido de que o coordenador pedagógico configura-se como responsável pela formação continuada dos professores na escola, procurando atualizar o corpo docente, buscando refletir constantemente sobre o currículo, atualizando as práticas pedagógicas dos professores estando sempre atento às mudanças existentes no campo educacional.

Segundo Libâneo (2001), cabe ao coordenador, como gestor pedagógico da escola, estimular a participação dos professores não só a frequentarem as reuniões, mas a participarem ativamente das atividades de formação continuada.

Este profissional atua em conjunto com o corpo docente, estabelecendo um suporte à didática pedagógica, e isto evidentemente reluz sobre as práticas do ensino, isto pois são estas ações que vão auxiliar no alicerce de novas práticas que levaram a novos meios de aprendizagem, os quais serão capazes de auxiliar os educandos ao longo da sua formação.

Lomanico (2005, p. 105), complementa:

O coordenador pedagógico é o elemento do quadro do magistério em que pertence a um sistema de supervisão de ensino estadual, de estrutura hierárquica definida legalmente, desempenha funções de assessoramento ao diretor da escola a quem está subordinada. Sua situação funcional é definida legalmente, para exercer suas atribuições dispõe de autoridade por delegação e pela competência.

 

Estabelece-se ante a complexidade, que não é exagero categorizar como infinita, das ações e responsabilidades do coordenador pedagógico um amplo contraditório entre objetividade e qualidade.

Corroboram ainda as palavras de Franco (2008, p. 128):

Essa tarefa de coordenar o pedagógico não é uma tarefa fácil. É muito complexa porque envolve clareza de posicionamentos políticos, pedagógicos, pessoais e administrativos. Como toda ação pedagógica, esta é uma ação política, ética e comprometida, que somente pode frutificar em um ambiente coletivamente engajado com os pressupostos pedagógicos assumidos.

 

A sinergia entre o coletivo envolvido no desenvolvimento do ambiente escolar é extremamente importante para a formação produtiva do aprendizado, isto posto pois este apenas será possível diante de um planejamento muito bem elaborado e praticado por todos.

Sendo assim a função precípua do coordenador pedagógico é estabelecer um elo entre a gestão e a execução do planejamento pedagógico dentro da unidade escola, o que notadamente requer um trabalho árduo, constante e efetivo deste profissional.

Franco (2008, p. 120) pontua:

Acredito que seja fundamental ao profissional da coordenação pedagógica perceber-se como aquele educador que precisa, no exercício de sua função, produzir a articulação crítica entre professores e seu contexto; entre teoria educacional e prática educativa; entre o ser e o fazer educativo, num processo que seja ao mesmo tempo formativo e emancipador, crítico e compromissado.

 

Objetivamente o coordenador pedagógico imbuído da função deverá estar plenamente convicto das ações a que deverá desempenhar, isto certamente dentro de um limiar extremamente categórico com vista em alcançar a plena realização do fazer pedagógico.

 

2.2 A Formação do Coordenador Pedagógico

 

Conforme a LDB 9394/96 (BRASIL, 2005, p. 37), no seu artigo 64:

A formação de profissionais de educação para a administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação básica, será feita em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino, garantida, nesta formação, a base comum nacional.

 

Observa-se que há uma linha de formação a se seguir no intuito de construir uma identidade profissional de educação, e este aspecto deve ser amplamente mensurado quando o profissional em pauta tem ligação direta com a administração e planejamento da organização educacional.

A formação do coordenador pedagógico parte da mesma linha imputada ao professor, sendo certo que caberá a este profissional a consciência de que as atribuições dentro da coordenação extrapolam os ditames de sala de aula.  

O pedagogo, de certo modo, é um sujeito cuja trajetória de formação é voltada para o campo pedagógico, ou seja, a compreensão, explicitação e modelagem de processos, projetos e políticas de ensino-aprendizagem de educandos nos mais diversos contextos da vida no mundo. (THERRIEN, 2006).

 

A formação pedagógica direciona o estudante para os diversos contextos e realidades observados dentro da educação e de mesma forma e maneira dentro da instituição escolar.

Expressa-se desta maneira a pujança em manter ligações estreitas com todo o universo da educação, uma vez que os planejamentos e execuções estarão sempre entre as prioridades no espaço coordenador.

Nesta linha Libâneo (2001), esclarece que a função de coordenação é típica de profissionais que respondem por uma área ou setor da escola tanto no âmbito administrativo quanto no âmbito pedagógico.

Sendo assim a formação do coordenador é essencial para que este profissional desempenhe a sua função dentro do campo educativo, e que desta maneira não fique sujeito apenas a aprendizados adquiridos com a prática.

Cabe esclarecer e pontuar que ao coordenador pedagógico cabe ampla dedicação à sua profissão, conforme a fala de Placco e Almeida (2010, p. 49) quando expõe que o coordenador pedagógico precisa se dedicar a sua formação, assumindo-se como profissional que busca, permanentemente, superar os desafios da sua prática.

É ainda salutar denotar que a formação necessária para o desempenho da atribuição de coordenador não deve se ater ao um simples aglomerado de títulos, é necessária uma atitude crítica ligada a uma prática reflexiva diante das ações pedagógicas e suas necessidades.

A pesquisadora Christov, (2003, p. 9) esclarece:

A realidade muda, o saber que construímos sobre ela precisa ser revisto e ampliado, sempre dessa forma um programa de educação continuada se faz necessário para atualizar nossos conhecimentos, principalmente para as mudanças que ocorre em nossa prática, bem como para atribuirmos direção esperada a essa mudança.

 

Certamente uma contrapartida de aplicações na formação do coordenador pedagógico deve ser observada e praticada dentro dos próprios cursos de Pedagogia, uma vez que este profissional é essencial para o desenvolvimento de uma função recoberta de complexidade dentro da organização escolar.

            A tarefa funcional no coordenador pedagógico exige um amplo comprometimento com a intuição escolar, exigem também uma ampla dedicação já no processo formativo, uma vez que atributos alheios ao ambiente acadêmico devem ser explorados, como a simples criatividade.

            É certo que a formação está amplamente ligada a uma expressa dedicação aos estudos, o que pede do futuro coordenador pedagógico organização e ampla dedicação a ler e também ouvir fatos e evidencias que levaram a aguçar ideias inovadoras.

Expressa-se ainda que é eficaz a motivação continua de fundamentos de aprendizagem, os quais não se esgotam nos bancos acadêmicos, uma vez que do cotidiano existiram necessidades que deverás levarão o profissional à buscas novas capacitações, e isto tende a tronar-se uma prática constante em sua carreira.

 

2.3 A Realidade do Coordenador Pedagógico

 

            Ao observarmos as exposições teóricas inerentes ao trabalho do coordenador pedagógico e por consequência as necessidades que instruções na formação deste profissional, para que os mesmo tenha condições de atuar dentro do que se preceitua, de imediato será possível diagnosticar uma disparidade entre a teoria e a prática encontrada no ambiente de trabalho, a escola.

            Com a simples observação dos escritos de diversos pesquisadores e escritores do tema nota-se que a função coordenador pedagógico vem sendo confundida dentro do ambiente escolar.

            Neste aspecto a fala de Vasconcellos (2007 p. 106) esclarece:

Não é raro a coordenação pedagógica desempenhar também outras funções (Coordenação de curso, orientação educacional, orientação de convivência, assistente de direção, etc.), o que pode levar a uma inversão de prioridades da função pedagógica (“não dá tempo”), para a qual devemos estar atentos.

 

O cotidiano distorcido do coordenador pedagógico é também tema da fala de Placco (2008, p. 47):

Nesse contexto, suas intencionalidades e seus propósitos são frustrados e suas circunstâncias o fazem responder às situações do momento, apagando incêndios em vez de construir e reconstruir esse cotidiano, [...]. Refletir sobre esse cotidiano, questioná-lo e equacioná-lo podem ser importantes movimentos para que o coordenador pedagógico o transforme e faça avançar sua ação e a dos demais educadores da escola.

 

            Notadamente, é evidente que o desvio de função do coordenador pedagógico é uma realidade dentro as instituições de ensino, sendo tão certo que as evidências indicam tal fato

...o coordenador não sabe quem é e que função deve cumprir na escola. Não sabe que objetivos persegue. Não tem claro quem é o seu grupo de professores e quais as suas necessidades. Não tem consciência do seu papel de orientador e diretivo. Sabe elogiar, mas não tem coragem de criticar. Ou só critica, e não instrumentaliza. Ou só cobra, mas não orienta. (BARTMAN, 1998, apud LIMA e SANTOS, 2007, p.81)

 

                                      A função de coordenação implica em responsabilidades para junto dos professores, as quais levam o coordenador pedagógico a ter que se mostra firme no seu agir, de maneira a exercer a autoridade na qual está investido, no entretanto isto provoca dificuldades no seu relacionamento dentro do ambiente escolar.

Lima e Santos (2007, p. 79) afirmam:

... o coordenador pedagógico tem constrangimento de sua autoridade porque confunde com autoritarismo, desta maneira, constrange-se em abordar questões evidentes que concorrem para um mal andamento do trabalho pedagógico, por isso se omite.

 

            Para Vasconcellos (2002), o papel da coordenação pedagógica, em qualquer modalidade de ensino, é ser a articuladora do projeto político pedagógico da instituição no campo pedagógico, organizando a reflexão e a participação de todos nos processos de ensino-aprendizagem, nunca podendo ser, o coordenador pedagógico, visto como fiscal do professor, função que destoa da sua finalidade precípua.

Conota-se a transição nas reações dos profissionais em coordenação pedagógica, isto posto, pois seus anseios variam entre a responsabilidade de exercer e executar o planejamento pedagógico, com as variáveis ações diante de ocorrências do cotidiano, “apagando incêndios”.

Sendo certo que inevitavelmente estes profissionais são extremamente conscientes do trabalho que sobre eles pesa, porém manifestam serem consumidos pelos diversos afazeres que lhes sobrevém, o que dificulta um maior dispêndio em se associar ao que realmente lhe é funcional.

A realidade observada por meio da pesquisa e do estudo de outros pesquisadores e especialista dentro do tema demonstra que não há que se ter dúvidas quanto à distância entre a função teórica do coordenador pedagógico e a sua prática real dentro do ambiente de ensino.

... não é dedo-duro (que entrega os professores para a direção ou mantenedora), não é pombo correio (que leva recado da direção para os professores e dos professores para a direção), não é coringa/tarefeiro/quebra galho/salva-vidas (ajudante de direção, auxiliar de secretaria, enfermeiro, assistente social, etc.) não é tapa buraco (que fica “toureando” os alunos em sala de aula no caso de falta do professor), não é burocrata (que fica às voltas com relatórios e mais relatórios, gráficos, estatísticas sem sentido, mandando um monte de papéis para os professores preencherem – escola de “papel”), não é de gabinete (que está longe da prática e dos desafios efetivos dos educadores), não é diário (que tem dicas e soluções para todos os problemas, uma espécie de fonte inesgotável de técnicas, receitas), não é generalista (que entende quase nada de quase tudo). (VASCONCELLOS, 2002, p.87)

           

Observa-se que ao se assumir a função de coordenador pedagógico, esta vem acompanhada de uma tarja de multiuso, o que destoa completamente da realidade funcional deste cargo.

Claramente esta é uma dificuldade dos profissionais da área, à qual lhes é apresentada diariamente e não de maneira reservada, ao contrário, esta realidade é exposta à grande maioria daqueles que ocupam esta nobre função.

Notadamente a tarefa do coordenador pedagógica se torna ainda mais árdua com uma carga excedente às suas funções, prevalecendo uma necessidade de visualização desta problemática no intuito de desmistificar esta irregularidade.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

            As observações desenvolvidas, baseadas em relatos e estudiosos do tema, isto é, pesquisadores que se lançam na busca de informações inerentes ao trabalho do coordenador pedagógico, expressam entres outros apontamentos, a importância deste profissional dentro da escola e concomitantemente o mal emprego do mesmo profissional dentro do exercício diário de sua função.

            Ao encerramos as buscas para a elaboração de um termo plausível, dentro do que se pesquisou, restou claro que não se podem e nem deve encerrar ou esgotar esta discussão.

            Notadamente não se pode mensurar os ganhos inerentes ao emprego adequado do coordenador pedagógico, em um exercício consciente de suas atividades, o que passa em grande parte pela gestão de qualidade, a qual se torna responsável em dar apoio a este profissional, isto para que o mesmo possa desempenhar suas ações de maneira ampla, dentro daquilo à que se deve ser proposto.

            Claramente não podemos obscurecer o fator real no qual se encontra o coordenador pedagógico, de maneira tal que os próprios profissionais não possuem discernimento do correto exercício de sua função.

            Desta feita, estudos como este que aqui foi desenvolvido, colaboram para o fomento dos estudos inerentes ao trabalho na área de coordenação pedagógica e de maneira especial para a valorização do coordenador pedagógico dentro da escola e também em meio ao assunto educação.

            Certamente não poderemos alterar o cenário real em que se encontra o labor do coordenador pedagógico em um curto espaço de tempo, uma vez que passo precípuo será incutir nos futuros profissionais pedagógicos, já dentro do ambiente acadêmico a luz do ideal que vislumbramos.

            Sendo certo que avanços poderão ser observados diante de ações pontuais que devem visar estabelecer a realidade em conformidade com os notáveis apontamentos teóricos.  

 

 

REFERÊNCIAS

 

 

BRASIL. Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional: Lei 9394/96, apresentação Carlos Roberto Jamil Cury. 9. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2005.

 

CHRISTOV, Luiza Helena da Silva. Teoria e prática: o enriquecimento da própria experiência. In GUIMARÃES, Ana Archangelo et al (Org.). O coordenador pedagógico e a educação continuada. 6. ed. São Paulo: Loyola, 2003. p. 31-34.

 

Costa, Antonia Flávia Moraes da. A Prática do coordenador pedagógico no contexto da Escola de Tempo Integral: desafios da educação integral e integrada. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal do Piauí, 2015

 

FRANCO, Maria Amélia Santoro. Coordenação pedagógica: uma práxis em busca de sua identidade. Revista Múltiplas Leituras, v. 1, n. 1, p. 117-131, jan./jun. 2008. Disponível em: https://www.metodista.br/revistas/revistas-ims/index.php/ML/article/viewFile/1176/1187. Acesso em: 7 mar. 2019.

 

LIBÂNEO, José Carlos. Organização e de gestão da escola: teoria e prática. Goiânia: Alternativa, 2001.

 

LIMA, Paulo Gomes e SANTOS, Sandra Mendes. O coordenador pedagógico na educação básica: desafios e perspectivas. Educare ET educare. Revista Educação. Vol. 2. Nº 4jul/dez, 2007.p.77-99)

 

LOMANICO, Arce Ferreira. A atribuição do coordenador pedagógico. 3. ed. São Paulo: Edicon, 2005.

 

OLIVEIRA, Jane Cordeiro de. A função gestora do coordenador pedagógico na formação continuada docente: um estudo nas escolas públicas municipais da cidade do Rio de janeiro. XXVI Simpósio Brasileiro de Política e Administração da Educação. AMPAE. Recife: UFPE, 2013.

 

PLACCO, Vera Maria Nigro de Souza. O coordenador pedagógico no confronto com o cotidiano da escola. In.: PLACCO, Vera Maria Nigro de Souza; ALMEIDA, Laurinda Ramalho de. O coordenador pedagógico e o cotidiano da escola. São Paulo: Loyola, 2008.cap. 3, p. 47 – 60.

 

PLACCO, Vera Maria Nigro de Souza e ALMEIDA, Laurinda Ramalho de (orgs) O coordenador Pedagógico e o atendimento à diversidade. São Paulo, Edições Loiola, 2010.

 

ROSA, C. Gestão estratégica escolar. 2 ed. Petrópolis, Vozes, 2004.

 

THERRIEN, J. Os saberes da racionalidade pedagógica na sociedade contemporânea. Educativa.V.9. nº1, 2006.

 

VASCONCELLOS, Celso S. Planejamento: projeto de ensino aprendizagem e político pedagógico. São Paulo: Libertad, 2002.

 

[1] Graduado em Pedagogia pela Faculdade União Cultural do Estado de São Paulo – UCESP; Pós-Graduado em Coordenação Pedagógica pela Faculdade Campos Elíseo - FCE. E-mail: sborges49@gmail.com.

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