Uma reflexão acerca do quadro Educacional no Brasil

Por Queila Francisca de Souza | 29/11/2017 | Educação

Ao lermos o texto “Enfrentando o desafio da escola: Princípios e diretrizes para a educação” (Bernardete A. Gatti) observamos que a autora faz uma série de abordagens no que diz respeito às condições da educação básica no Brasil em interface com o artigo 3° da lei de N° 9.394 de 20 de dezembro de 1996, na qual, menciona em seu incisos elementos que são de grande relevância para  o desenvolvimento da educação em nosso país.

Logo, no decorrer da leitura do texto de GATTI, podemos constatar que para que o aluno tenha acesso à escola faz se necessário prevalecer alguns recursos de suma relevância, são eles: transporte, alimentação, recursos didáticos, vagas, entre outros.  Sendo assim, após alcançar os recursos mencionados acima o que não é uma tarefa fácil há também os fatores que influenciam na permanência deste aluno a escola, dentre eles podemos ressaltar: trabalho infantil, qualidade de ensino, carga horária, infra-estrutura, família, aspectos culturais, economia, etc.

É sabido que os elementos mencionados acima são sim de grande relevância para o crescimento da nossa educação, porém, não é o que vem acontecendo no quadro educacional do nosso país. A lei 9.394, faz grandes levantamentos em seus incisos, mas sabemos que na prática esses fatores não funcionam totalmente no Brasil.

Assim sendo, a partir dos aspectos aqui já mencionados passaremos a seguir a uma breve reflexão do texto “O desafio da escola” dos autores Roberta Bencini e Tiago Minami publicado em 2006 na Revista Escola. Um fato que nos chama muita atenção no início deste texto é o apelo que seus autores fazem quanto à educação no Brasil, na qual, evidenciam que ou o Brasil coloca o ensino no topo de suas prioridades ou estará condenado ao subdesenvolvimento.

Quanto ao “apelo” inicial dos autores nos causa uma série de inquietações, pois é comum a nós acadêmicos/ leitores nos depararmos com este tipo de situação quando o assunto é Educação. Podemos perceber que a “revolta” sensibiliza muitos estudiosos sendo eles das Letras ou não, ou seja, passam dias, meses, anos, e o assunto é sempre o mesmo “a educação precisa mudar”, “o governo precisa voltar seu olhar para o ensino”, “com uma educação de qualidade seremos um país mais sucedido”, enfim, fatores estes que a nosso ver sensibiliza, porém não solucionam nossa “ferida” que é a educação, de modo que algo precisa ser feito e com muita urgência, ou seja, as abordagens da Lei 9.394 precisam sair do papel e entrar em vigor.

Ao relacionarmos o texto “O desafio da qualidade” com o texto “Enfrentando o desafio da escola: Princípios e diretrizes para a educação”, podemos perceber que os apelos quanto a qualidade e desenvolvimento do ensino no Brasil são os mesmos no que diz respeito ao baixo nível de aprendizagem, evasão escolar, exclusão, a falta de recursos didáticos, infra-estrutura, perfil dos professores, bem como, a falta de qualificação destes.

Desta maneira, é preciso que nossas autoridades tenham consciência da importância da educação (e quando falo educação estou me referindo principalmente à rede pública de ensino) para o nosso país investindo mais recursos em escolas e professores, de modo a valorizar o ensino para toda esfera escolar com uma política de desenvolvimento que realmente funcione cumprindo aquilo que é preconizado por lei e que não tem sido cumprido ou que é cumprido em partes, mas deixa muito a desejar.

Dentro desta perspectiva, os autores Roberta Bencini e Thiago Minami vêm ressaltando no texto que é preciso ter consciência da importância da educação, de modo que esta tem que funcionar, mudando aquele velho hábito, na qual, professores fingem que ensinam e alunos fingem que aprendem, crianças de 5ª série que não sabem nem ler nem escrever, salários baixo, profissionais desestimulados, famílias desinteressadas pelo que acontecem com seus filhos em sala de aula, entre outros fatores. Segundo os autores, o cenário da educação nacional é um dever não só das autoridades, políticos, empresários, diretores de escolas, pais, professores, mas também de todos os cidadãos, ou seja, a mobilização precisa ser feita por todos para que se tenham resultados satisfatórios.  

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