UMA OBSERVAÇÃO BIBLIOGRÁFICA SOBRE A CARREIRA PROFISSIONAL...

Por hithallo almeida dias | 21/12/2016 | Direito

HITHALLO ALMEIDA DIAS

INTRODUÇÃO

A atuação feminina no mercado de trabalho foi limitada durante muito tempo, pois o mundo do trabalho era considerado masculino e as vagas direcionadas às mulheres eram ainda aquelas ligadas aos serviços de cuidado. Atualmente, o neoliberalismo e a globalização estão editando uma nova história da mulher dentro das organizações.

Laranjeiras (2008) argumenta que, a despeito das amplas transformações que ocorreram na realidade do trabalho originadas pelas inovações tecnológicas e organizacionais, existem elementos de permanência. Refere-se assim a autora, especialmente, ao fenômeno da segregação das mulheres no mercado de trabalho, embora em alguns aspectos elas se encontrassem em posição vantajosa em relação aos homens, por exemplo, no que se refere à formalização do trabalho. As mulheres levam mais tempo do que os homens para serem demitidas, eles, no entanto, quando despedidos, têm maiores dificuldades em inserir-se no mercado de trabalho formal.

O presente trabalho tem como fator determinante o estudo da evolução da mulher dentro de uma sociedade. Entende-se que a situação organizacional do mundo, os fatores econômicos, o avanço tecnológico e, em conseqüência, da globalização, trouxeram diferentes oportunidades como também diferentes solicitações para o trabalho feminino. A mulher, na atualidade, desenvolve, paralelamente ao seu desempenho doméstico, trabalhos que contribuem de forma significante para sua carreira e para o sustento de seu lar.

Neste sentido, o estudo propõe a seguinte problemática: nas consultas a livros atuais com foco nesse assunto, como a mulher do século XXI tem gerido sua carreira frente às cobranças de um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, em relação à necessidade de valorização profissional. Tem ocorrido essa evolução? Evidencia-se, ainda, como a mulher cumpre uma jornada dupla de trabalho Família X Carreira.

Como hipótese tem-se que a mulher procura conciliar o trabalho mais competitivo ao doméstico, aquele que é realizado fora do lar, com a constante busca do conhecimento, armando-se com estratégias diárias.

Na busca de respostas, este estudo estabelece como objetivo geral verificar por meio de bibliografias de autores, consagrados no assunto, de âmbito nacional e internacional, como a mulher do Séc. XXI está administrando a sua carreira e os trabalhos domésticos (família).

Especificamente, pretende-se: verificar a postura adotada pela mulher deste século frente ao mercado de trabalho. Investigar quais as estratégias elaboradas para enfrentar os obstáculos profissionais, bem como enfrentar uma jornada dupla, os afazeres domésticos e o trabalho. Demonstrar por meio dos textos escolhidos os resultados quanto à evolução da valorização do trabalho da mulher no mercado de trabalho e, por fim, a visão dessa mulher do século XXI de sua carreira x família.

O nível de relevância deste estudo em relação ao aspecto acadêmico e científico contribui como fonte de pesquisa para trabalhos futuros. Socialmente falando, este estudo permite conhecer e refletir sobre a evolução da mulher na sociedade de forma que, a cada dia, ela possa se firmar nesse espaço de forma permanente, sem perder suas características femininas que podem acrescentar à administração de seus vários papéis com sucesso.

De acordo com as palavras da pesquisadora, psicóloga, sócia-diretora da Troiano Consultoria de Marca e professora de pesquisa do Bootcamp de Planejamento da Miami Ad School de São Paulo e autora do livro “Vida de Equilibrista”, Cecília Russo Troiano, em entrevista à TV Atmosfera Feminina SP, em 12/07/2010, afirmou que “[...] as mulheres estão no mundo da adição. Costumo dizer que é o mundo do ‘e’. ‘E’ mulher, ‘e’ mãe, ‘e’ esposa, ‘e’ tem que cuidar do corpo, ‘e’ tem que cuidar do marido, ‘e’ do lado profissional, enfim, ela só adiciona e não substitui nada. ”

É importante ressaltar que reagimos ao mundo que nos cerca de maneira única, com base nas respostas que temos dentro de nós, fruto de nossas memórias e emoções relacionadas ao passado desencadeadas a partir de qualquer fato que venha do mundo exterior ou de nossa imaginação. Assim, somos únicos não adianta transferir nossas experiências mas podemos compartilhar informações que poderão ser aproveitadas, por você a partir de seu ponto de vista (Ciociorowski, 2012).

Dado o exposto, é possível refletir sobre o papel de mulher, sobre sua própria vida pessoal e profissional, bem como o contexto sociocultural em que está envolvida, percebendo o quanto é necessário ser responsável por sua vida.

  1. CONSIDERAÇÕES SOBRE O ATO DE ADMINISTRAR

Entende-se como oportuna a necessidade de apresentar alguns conceitos do ato de

administrar uma organização.

1.1 Conceitos de administrar

Segundo Lacombe (2009, p. 3), administrar é obter resultados por meio de pessoas, ou seja, é o ato de trabalhar com pessoas para realizar os objetivos da organização e de seus membros. Corroborando esse conceito, Mary Parker Follet enfatiza que “[...] administração é a arte de fazer coisas por meio das pessoas”, assim um administrador tem o papel de obter resultados conseguindo que os outros façam o que é necessário em vez de fazê-lo pessoalmente.

Para Chiavenato (2001), administrar nos dias de hoje significa fazer uma leitura dos objetivos propostos pelas instituições e empresas e transformá-los em ação organizacional partindo das funções administrativas, ou seja, do planejamento, organização, direção e controle a partir do esforço de todos, realizado em todas as áreas e em todos os níveis da organização, a fim de alcançar os objetivos propostos da maneira mais adequada à situação. O autor esclarece que administrar requer planejamento e também a colaboração de todos no sentido de alcançar os objetivos de acordo com a realidade da organização.

Seguindo essa linha de raciocínio, para Drucker (2001, p.13), “[...] administrar é aplicar o conhecimento à ação uma vez que a administração transforma a informação em conhecimento e este em ação”.

Administrar não é simplesmente exercer controle sobre as pessoas dentro de uma organização, é fazer realizar os objetivos da empresa por meio de pessoas, logo a administração deve concentrar-se nas relações das pessoas (ou grupo) da organização. Administrar requer do administrador habilidades distintas tais como: saber ensinar os colaboradores, saber distribuir tarefas, saber liderar um grupo visando ao sucesso do negócio.

Ainda nessa mesma direção, Sobral (2012, p.5) salienta que administrar significa realizar tarefas e os objetivos de uma organização com eficiência e eficácia. Dessa feita, aprofunda-se essa definição com base em Stoner (1999, p.5) ao descrever que “[...] a administração é o processo de planejar, organizar, liderar e controlar os esforços realizados pelos membros da organização e o uso de todos os outros recursos organizacionais para alcançar os objetivos estabelecidos”.

Assim, a partir desses conceitos, expõe-se o significado referente às quatro funções que um administrador deve seguir.

Planejamento: Consiste na especificação dos objetivos a serem atingidos; Organização: é a função que faz a distribuição das tarefas e recursos,

Direção: está relacionada aos processos de gestão de pessoas na organização, é uma função que exige mais ação do que o planejamento,

Controle: assegura que os objetivos estão sendo alcançados. (STONER, 2000, p. 6).

É necessário, portanto, saber as verdadeiras funções de um administrador, e saber

se ele pode ajudar de forma sadia e profissional a organização. Esse profissional é considerado

o elemento de fundamental importância dentro de uma organização. Além das atribuições

citadas,  deve exercer suas obrigações, inovar e renovar de forma contínua suas atividades.

Sob essa ótica, as funções apresentadas não são executadas de forma inter-relacionadas, ou seja, cada administrador realiza as mesmas funções da forma que achar adequadas ao seu processo de administração. Desse modo, para um administrador realizar as suas atividades, faz-se oportuno ressaltar que deve desempenhar papéis diferentes. Dentro dessa perspectiva, Lacombe e Heilborn (2008, p.5) expõem habilidades essenciais ao administrador como demonstra o quadro 1, abaixo:

[...]

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