Uma Crítica ao Ensino Capitalista

Por Leonildo Dutras de Oliveira | 24/01/2010 | Filosofia

Resumo: O objetivo deste artigo é buscar compreender a educação no contexto da era da informação (tecnologia), demonstrando as conseqüências desse processo, apontando novas diretrizes a serem seguida, além de demonstrar os valores criados a partir do capitalismo, da desvalorização dos professores como causa da baixa qualidade no ensino superior. Por que, quase sempre não recebem a formação adequada. Direcionando o olhar crítico para a educação a distância como conseqüência do processo econômico e por conseqüência a degradação educacional, busca-se como solução a socialização da educação e seus meios de distribuição, ou seja, a educação em seu corpo teórico foi democratizada e isso não foi suficiente, pois, tinha que ser criado à socialização do ensino e do conhecimento. Palavras-chave: (1) capital, (2) tecnologia e (3) educação.

Introdução

O objetivo deste artigo é apresentar e discutir os aspectos referentes a educação voltada para o meio de produção capitalista e os valores criados por essa realidade, como a educação a distância e a desvalorização da docência no ensino superior. Baseando-se na realidade atual em que se encontra a prática docente parte-se do pressuposto que esse sistema educacional voltado para o ensino superior se encontra em plena decadência e a sociedade que deseja evoluir culturalmente, eticamente e intelectualmente deve buscar alternativas para superar todo esse discurso ultrapassado, assim como superar o atual sistema e criar um horizonte de possibilidades. Caminhando numa direção oposta existe a possibilidade de se buscar o caminho da inovação do histórico com o pós-moderno.

Analisar os elementos sociais do desenvolvimento da educação superior, para formular um diagnóstico das dificuldades impostas pelo capitalismo. Com um projeto novo e emancipador do desenvolvimento da prática docente.

O sistema de educação brasileiro está em plena falência, pela sua postura que vem adotando diante das novas exigências capitalistas, as instituições de ensino visam somente o lucro. Dessa forma, o professor tem sido alvo dos enlaces promovidos pelo capitalismo, que desqualifica cada vez mais o processo de ensino e aprendizagem.

Na sociedade da informação, informatização e do conhecimento, a educação se realiza muitas vezes através da televisão e da internet. Neste caso o papel do professor é dispensável, pois com as tele-aulas o professor é transformado em apenas um instrutor (mediador). Assim, a função docente sofre um processo de dês-profissionalização do trabalho e da competência moral e social.

Essa estrutura atual do ensino superior no Brasil é um retrato da globalização mundial, onde se oferecem ensino de pouca qualidade nas universidades públicas e privadas, descaracterizando a imagem do docente.

O sistema educacional brasileiro não foi capaz de socializar o ensino, ou seja, conceber um ensino de nível superior de qualidade á todos, tanto nas escolas públicas quanto em instituições privadas. Será que o ensino a distância consegue oferecer qualidade e objetividade educacional à todos os alunos? Se desviando das concepções éticas que formam uma sociedade em seu todo, que são os relacionamentos sociais, para poder criar uma sociedade perfeita e desenvolvida tecnologicamente. Pode-se afirmar categoricamente que o modelo de educação que está inserido no contexto atual é atuante predatório? O modelo de educação, sofrendo interrupção constante dos valores capitalistas pode ser considerado como ideal?

A política capitalista

A Política econômica atual que é denomina como um elemento norteador das ações sócio-econômica da humanidade se estabeleceu sob a influência do interesse do capital privado e consumista e com isso se volta unicamente para a política financeira, se esquecendo do desenvolvimento moral e social.

Dentro do capitalismo a sociedade não consegue definir quais são os princípios inegociáveis e imprescindíveis para sua consolidação e constituição solida. Para poder diminuir o impacto da vontade do capital em detrimento a nossa. Precisa redefinir suas metas de compromissos individuais e coletivos, criando novos valores, excluindo a mentalidade ideológica do consumismo.

A subordinação das nossas ações ao capitalismo levou a sociedade a inverter os modos de vida e de produção de conhecimento. A sociedade abandonou as lutas e consciência de classe, negociando a sua moralidade e abrindo mão dos benefícios sociais em favor do consumismo. As pessoas estão saboreando o seu ópio ou preocupadas em renovar seu luxo para se afirmarem perante o próximo, consumindo muito mais do que precisam.

O homem contemporâneo está inserido num contexto social de decadência, principalmente no tocante a educação e revalidação das relações sociais. Denegrindo a ser existencial que é, validado sobre as relações éticas e antropológicas, no mundo de hoje precisa consumir coisas materiais (capitalistas) para preencher o vazio criado pela falta de relação harmoniosa realizada dentro da sociedade ideal. O homem tem que repensar sua vida social a partir do privilégio de participa da vida política e da construção sócio-cultural.

Essa mesma sociedade está tentando encontrar uma justificativa sólida sobre problemas como: criminalidade, fome e outros através de equações capitalistas ou cifras financeiras que afetam e denigrem os valores sociais e dignos de existência, esta degradação moral é imposta pelo capitalismo. Olhando apenas para o individuo como um ser que tem apenas obrigação de se enquadrar dentro de um estilo de vida, tudo está pronto e acabado, não temos o direito de escolha. A melhor e mais eficiente formula seria olhar o indivíduo como um ser que se situa na sociedade e tem o direito de ser o agente beneficiado e ser respeitado pela sua diversidade, vontade própria e, tem um papel a cumprir diante do próximo (preservar a vida, a arte e o conhecimento através dos seus interesses e vontades), esse sujeito se relaciona e a sociedade é fruto dessa relação. Na contramão do conforto financeiro (o capitalismo impôs que temos obtermos lucro e uma vida de consumo, comprar tudo a toda hora) vivemos incertezas, a tensão aumenta em torno dos conflitos.

Milhares de pessoas vivem em favelas isoladas por muros invisíveis, num total estado de abandono nesses lugares, sofrem preconceitos, assédio moral e sexual a todo instante, onde a força de atuação do capital é visível e operante, com isso, passa a gerar desigualdade.

A força do capital conseguiu fazer vacinas e criar maravilhas do ponto de vista arquitetônico, como dissera Marx e Engels e mesmo apesar de toda desenvoltura tecnológica não conseguiu distribuir conforto e preservação em igualdade de força, pelo contrario crio um modelo econômico excludente, onde prevalece a força do capital.

Não estamos conseguindo mais consumir o que as grandes indústrias estão produzindo, essas indústrias precisam vender seus bens de consumo, e com isso deixaram de enxergar o humano que existe dentro de cada ser, estão preocupadas apenas em manter seus índices econômicos e lucrativos expandindo seus negócios.

As classes dominantes criaram a ilusão de que somente elas têm uma moral a oferecer, vivem a decadência de sua arrogância e truculência, criando uma vida utópica. A classe dominante geralmente combate a moral da classe dominada, para maquiar a sua construção ideológica, impondo uma nova forma de se viver e pensar.

É inquestionável como vivemos uma crise social e econômica, por conta do processo político produzido ao longo da história, criou-se a ideologia de que vivemos uma verdadeira democracia, liberdade, mas, na pratica não temos o direito a termos direitos. Direitos estes que alcançamos durante grande clamor popular, pagando com sangue de inocentes.

Docência e capitalismo

A necessidade de se aperfeiçoar para sobreviver no mercado de trabalho e de dar uma melhor qualidade de vida a seus filhos. O capitalismo através da educação impôs circunstâncias novas nas pessoas, criando a necessidade de obter uma formação em nível de educação superior. Para Pimenta e Anastasiou estas circunstâncias estão ligadas historicamente com o consumismo necessário, imposto pela necessidade de mercado, criado ao longo dos anos pelo capitalismo predatório. Segundo Pimenta e Anastasiou (2002, p. 95) "Essa aspiração generalizada por educação revela que, historicamente, ela tem sido encarada como um bem de consumo, um meio para a sobrevivência financeira e social".

Pimenta e Anastasiou relacionaram a educação como uma das necessidades capitalistas, mas, também afirmaram que ela serve para o desenvolvimento humano e social.

Simbolicamente estes fatos representativos servem para esboçar uma importância da educação para o desenvolvimento social e político. Deve-se considerar a educação como um dos elementos fundamentais para o processo produtivo de uma sociedade, porque ela se adéqua aos meios de produção em curso. E ao mesmo tampo reflete e reproduz a sociedade que deseja se transformar ou chegar.

Para Pimenta e Anastasiou o aluno é mal formado devido a uma péssima qualidade de ensino que vem recebendo, e com a qualidade do ensino recebido empobrece os resultados da aprendizagem.

Quando a democratização da educação criou os chamados meio-termos pode-se classificá-la de imediato e medíocre. E é o que podemos enquadrar o pensamento brasileiro, não faz uma leitura (crítica) da realidade cultural para produzir um pensamento autêntico.

Provavelmente não haverá divergências entre os profissionais da educação se afirmamos que sua finalidade primordial é promover o crescimento dos seres humanos. [...] Na verdade, o crescimento pessoal e social, intrínseco à idéia de educação, pode vincular-se alternadamente tanto ao processo de desenvolvimento como ao de aprendizagem (COLL, 2000, p. 35).

A educação proporciona ao indivíduo o desenvolvimento humano e a aprendizagem, de forma que possa situá-lo no seu meio, como propagador da cultura. Ensinando-lhe conteúdos e habilidades especificas.

Tendo uma contribuição enorme na análise da realidade, determinando em que contexto cultural se enquadra os valores e as ações do homem. Se for feita uma análise detalhada da realidade atual pode-se construir um pensamento crítico, atacando falsos valores e saberes. A educação brasileira e em especial do ensino superior vem sendo pensada de forma errada, pensando uma realidade que não é a do professor universitário.

O movimento democrático educacional foi construído fora do processo histórico, criando praticas e critérios que são condizentes com a realidade capitalista, mas se afastando do ideal.

O modo de produção educacional vem sufocando e influenciando negativamente a função e o desempenho do docente em seu exercício legal da produção. Com uma falsa pregação de um modelo de educação sem fundamento sócio-cultural. Por falta de contato do professor com a realidade (o aluno).

A educação[1] contemporânea criou sobre o capitalismo um apego jamais visto antes, e uma enorme expectativa de projeção na área do desenvolvimento e se tornou escrava dos valores criados por ele como uma perspectiva de vida além do humano e necessário, estabelecendo assim a distancia entre o conhecimento, quem recebe este conhecimento e de quem transmite, passando a estabelecer uma diferença de valores entre os educadores.

Historicamente a figura do docente serve como propagador do saber, fazendo uso de métodos consegue fazer com que haja aprendizagem, não que o docente seja dono da verdade e saiba tudo, mas com uma abordagem direta consegue relacionar o saber com o aluno, através do. Segundo Coll (2000, p. 91) "estímulo-resposta". Introduzindo conceitos e resoluções de problemas no cotidiano do aluno. Segundo Coll (2000, p. 92) "habilidades motoras, atividades informações verbal, habilidades intelectuais e estratégias cognitivas".

[...] estabelece com minúcias os objetivos, conteúdos, materiais didáticos e métodos que os professores vão utilizar em cada área de ensino; e uma concepção absolutamente descentralizadora, na qual essa responsabilidade recai sobre os professores ou equipe de professores de cada instituição (COLL, 2000, p. 60).

No ensino individualizado é impossível uma abordagem a distância (internet ou tele-aula).

Com relação ao tratamento educativo das diferenças individuais, defendemos a tese de que um ensino verdadeiramente individualizado, que leva em consideração [...] diferenças, deve renunciar a prescrever um método de ensino único [...] A individualização do ensino consiste, em primeiro lugar na individualização dos métodos de ensino.

A amplitude e a variedade das diferenças individuais e sua repercussão sobre a aprendizagem escolar são fatos reconhecidos e aceitos desde a antiguidade. Tradicionalmente, no entanto, tem predominado uma concepção estática, tanto das diferenças individuais quanto do sistema educacional. Um sistema de educação com objetivos conteúdos e métodos de ensino idênticos para todos os alunos [...] excluir aqueles que não podem alcançar as aprendizagens estipuladas por considerá-los carentes da competência intelectual e das aptidões mínimas exigidas, ou fazê-los repetir o processo educativo tantas vezes quanto necessárias para alcançar esses aprendizados [...] pressupõe um primeiro nível de tratamento real das diferenças individuais — que, portanto, deixam de ser consideradas imodificáveis e definitivas — "individualizando" o tempo de exposição dos alunos ao ambiente educativo (COLL, 2000, p.133-134).

O docente participa da formação individual como preparador do contexto social e crítico. Havendo a necessidade da intervenção do docente na formação do caráter individual do aluno. Portanto ser professor vai além de dominar conhecimentos, saberes e fazeres. Envolve atitudes e valores tais como:

*Sensibilidade

*Valorização dos saberes expresso por alunos e pessoas

*Ênfase nas relações interpessoais

*Compartilhar todo tipo de experiência dentro e fora da escola

*Ensinar e aprender ao mesmo tempo.

Na educação a distância as relações dificultam a formação de uma identidade individual e coletiva.

O docente diante deste processo é vítima do modelo de produção capitalista, que empobrece a cada dia que passa a prática docente; desta forma o ato de educar, jamais pode ser restringido as práticas do capitalismo neoliberal.

Portanto, o docente foi privado de seu tempo, seu sentimento, sua força, em troca de suas aspirações pelo dinheiro. Este trabalho alienado é um processo de mortificação, em que  o docente exerce uma atividade cansativa que não condiz com sua aspiração de indivíduo opinante, de cidadão livre, ou até mesmo de animal, que tem emoções, orgulho, instinto, prioridades físicas.

Desenvolvimento tecnológico e uma nova educação

Na sociedade da informação e do conhecimento, a educação vem se realizando muitas vezes através da televisão e da internet. Neste caso o papel do professor é dispensável, pois com as tele-aulas o professor é transformado em apenas um instrutor. Assim, a função docente sofre um processo de desprofissionalização do trabalho do professor.

No mercado de grande competitividade que vivemos atualmente, o aluno formado a partir desta metodologia tem suas oportunidades de trabalho reduzidas, devido a baixa qualidade do ensino e empobrecimento dos resultados após a aprendizagem.

O processo em que se dá a globalização traz a tona, de forma brusca e indesejada, o que podemos chamar de competitividade pela informação, ou seja, informação como poder de sobrevivência e estabelecimento no mercado de trabalho. Modificar uma cultura atrelada aos valores do mundo globalizado e desenvolvido economicamente é fator primordial para propiciar uma educação voltada para o desenvolvimento do humano enquanto humano.

A moderna educação, por um motivo ou outro teve de ser dirigida para o progresso e a expansão da verdade tecnológica, voltando toda sua forma de educar para um distanciamento dos valores profissionalizantes entre quem educa e que é educado. Distanciou-se o conhecimento e a abordagem direta que o aluno tinha com o professor, a fim de permitir uma consolidação com os meios tecnológicos.

O contorno dessa nova mentalidade teria como marca principal a subordinação e dependência da educação à tecnologia capitalista, criando novas bases a-sociais. Mudando todo quadro social da sociedade contemporânea. Esta tecnologia teria trazido um novo esquema de vinculação afetando diretamente as relações de trabalho, onde o docente sairia em desvantagem ao vender seu esforço físico em forma de trabalho, ou seja, aumento considerável no número de alunos por professor. Devido a esse processo as máquinas e a internet incorporariam um ideal de progresso e evolução que buscava suprir a ausência do homem (professor), criando uma ideologia que viria suprir uma lacuna no seu trabalho, ou seja, preenchendo o seu tempo, e por si só acabaria por propiciar melhorias sociais.

Será que a introdução de máquinas inteligentes revolucionou o pensamento da civilização tornando a matéria (tecnologia) o mais perfeito dos objetos? Os vastos conteúdos informativos distribuído nos meios de comunicação condicionam as pessoas a uma alienação, devotando um desamparo intelectual ao educador e ao educando.

Neste processo de formação do homem contemporâneo o desenvolvimento tecnológico suprimindo e atuando com freqüência na modificação dos valores, rompendo com a barreira do isolamento interno da coletividade de forma rápida e imperceptível. Mas, ao mesmo tempo vem tornado as pessoas preguiçosas e incapazes de sobreviverem sem a tecnologia. Por isso, elas são reféns a um mundo onde são alheias, além da falta de espírito e calor humano nas relações interpessoais. Esses fatos novos afetam diretamente o sistema educacional, pois, as pessoas não estão preparadas para aturem diretamente a essa nova situação, como o contato direto com o desenvolvimento.

Com o advento da tecnologia tem uma realidade fictícia sendo criada, em nome de uma política de democratização do ensino. Porém, cabe aos novos educadores mudarem essa realidade presente, construindo um saber critico e, ao mesmo tempo racional e aproveitável, debater e criar novos modelos de relacionamento entre a educação no ensino superior e os meios de comunicação, para instituir uma socialização do ensino superior e não somente democratizar, criando uma forma racional de se distribuir conhecimento em comum acordo com a tecnologia. Agregando valores novos em cima de mentalidades voltadas para o lucro. Combatendo as ilusões econômicas oferecido pelos mecanismos consumista do capital, que não auxilia em nada o desenvolvimento social e educacional. Determinando no educador uma necessidade de se interagir com os meios de comunicações e extrair destes algo de positivo, desde que não seja dependente deles.

Não se deve banir do sistema educacional os meios de tecnologias, é preciso buscar meios de conciliar a educação com o sistema tecnológico, e tornar algo que está contra a socialização educacional em favor da mesma.

O desenvolvimento tecnológico, conciliado a favor da socialização e não somente da democratização, irá disponibilizar melhores ferramentas e oportunidades educacionais à sociedade. Oferecendo um ensino presencial e de qualidade. Por isso, a educação tem um papel crucial na chamada "educação tecnológica". De fato, é por meio da educação que se tem condições, enquanto indivíduos, de compreender e de se situar na sociedade contemporânea, enquanto cidadãos partícipes e responsáveis. Por sua vez, as novas tecnologias educacionais devem ser compreendidas como elementos mediadores para a construção de uma nova representação da sociedade.

Portanto a verdadeira democratização do ensino superior se dará quando definitivamente e verdadeiramente se investir na socialização dos meios de produção de conhecimento e ensino. Transformando uma educação de números como referência básica para se avaliar, em um sistema que possa distribuir ética, justiça social e estabelecer uma economia sólida em torno da educação, investir na educação como forma de sair de crises econômicas e instituir novos valores em uma sociedade corrompida eticamente. Então mais do que um direito, a educação será um dever com o qual todos os homens estarão comprometidos.

Conclusão

Portanto é necessário repensar todo o sistema educacional brasileiro, buscando fora as bases históricas, e sim nos estudos sociais observando até que ponto a estrutura capitalista prejudicou o desenvolvimento da educação nas universidades. Despertando no aluno a necessidade de buscar novos desafios, ultrapassar a barreira do isolamento intelectual, criando novos valores. Então cabe ao professor interpretar de maneira uniforme ou não as mudanças dos hábitos[2] de cada aluno. Caberia a ele proclamar a existência da educação social. É possível perceber o movimento de um aluno a partir das suas ações psíquico-social, que teria influência diretamente na política e no relacionamento sócio-educativo. O docente tem por obrigação educacional e pedagógica estudar as mudanças individuais de cada aluno, para ser capaz de estabelecer padrões da coletividade. Perante as mudanças culturais, partindo da individualidade de cada um.

Desenvolvendo métodos pedagógicos e idéias que possam ajudar a compreender o significado social do trabalho do professor e das práticas de ensino, tirando a educação da perspectiva individualista.

O indivíduo só poderá agir na medida em que aprender a conhecer o contexto em que está inserido, a saber, quais são suas origens e as condições de que depende. E não poderá sabê-la sem ir à escola, começando por observar a matéria bruta que está lá representado.

Bibliografia Básica

COLL, César. Psicologia e currículo/uma aproximação psicopedagógica à elaboração do currículo escolar. Tradução: Cláudia Schilling. 5ª Ed. 3ª impressão. São Paulo: editora ática. 2000.

PIMENTA, Selma Garrido. ANASTASIOU, Léa das Graças Camargos. Docência no ensino superior I. São Paulo: Cortez, 2002.

LÖWY, Michel. Ideologias e ciência social: elementos para uma análise marxista. Ed 11ª—São Paulo. Cortez, 1996.

MARX, Karl. Prefácio da Contribuição à crítica da economia política. São Paulo. Ed. Martins Fontes, 1972

MARX, Karl & ENGELS, Friedrich. Manifesto do partido comunista. Tradução: Pietro Nassetti. Martin Claret. São Paulo. 2007.



[1] Caracterizando a educação como um bem social, e a relacionando-a às normas sociais e à cultura local, diminuindo o valor que as capacidades individuais têm na constituição de um desenvolvimento coletivo.

[2] Comportamento.