Uma carta para Thiago.
Por [Guimarães] . | 18/05/2011 | ContosQuerido Thiago, as dificuldades fizeram nosso sonho desmoronar, o tempo tem passado depressa arrastando-o para distante de mim, porém somos conhecedores de toda a história, não somos inocentes para ocultar toda a verdade e principalmente cegos para não perceber o quanto eu ainda preciso-te. Toda vez que tento esquecer meus sentimentos por ti, eles continuam voltando e como sempre estão de volta. Tome a decisão, pois eu não quero mandá-los embora, não quero fugir de nós, porque nunca mais quero perder-te, quero estar contigo, perto de você, onde quer que estejas.
Estive andando de cabeça baixa pensando o quanto essa saudade tem pertubado o meu ser, fazendo-me sentir falta de cada movimento que o seu corpo executava. Talvez daqui a uns anos eu possa vê-lo, olhar bem no fundo dos teus olhos e dizer tudo o que sinto; sem sentir medo, angústia e nem um pouco de tristeza ou solidão, afinal eu tenho certeza que isso tudo é passageiro. Como a vida é simples, assim também é.
Enquanto o sol não brilha e nem permite que o arco-íris desenhe meu rosto em ti, eu ficarei. Permanecerei aqui, esperando o momento do grande dia guardando cada memória profundamente. Memórias de alegria, diversão, intimidade e muito amor por aquele que um dia prometeu-me o universo, aquele que decidiu ir embora e deixar para trás toda a vida, e sei que um certo dia regressará. Talvez não seja cedo como sonho. Sei que perdi a batalha, afinal lutei sozinha até meu último fôlego, minha última força, enfim eu te amo.
Jamais esqueça que no profundo da sua alma existe uma luz ofuscante mostrando-lhe onde encontrará o lugar que lhe pertence. E não se entristeça com o que os outros dizem, aliás eles não o conhecem, pois se sabem o nome ainda continua sendo insuficiente, permanece pouco. Eles não sabem a diferença entre os seus sorrisos e olhares, muito menos os gestos que o seu corpo executa enquanto pensa em algo somente teu.
Guarde minha imagem com toda a força que há em ti, porque não tão tarde, nem tão cedo sei que em um momento se lembrará de mim e dirá: "aquela que sempre me fez de tudo,ultrapassou as barreiras e lutou sem nenhuma arma somente o amor que sentia por mim, e as lágrimas que chorava eram mais que simples pranto e sei que sempre amará a mim."
Anjos são todos iguais, eles mentem para manter o controle e nunca sabem a hora certa de parar e refletir o tempo, esse próprio que corre por entre as vidas e mostra o quanto é preciso se viver o hoje e não o amanhã. E eu continuo onde estou, insistindo em levar-te e o livro que fiz para ti será lido pelo próprio homenageado, será como o píncipe do baile lendo o convite para a festa especialmente montada para ele. A ele, somente a ele, ela continua e fica, permanece para sempre a sofrer a angustiante espera, aguardando-o voltar com o mesmo sentimento, pois a filosofia ilusória faz parte de um novo começo, este, onde os personagens fazem uma nova história. Aquela diferente, empolgante, divertida, planejada e catastrófica, porque a distância nada mais é que tragédia.
O caminho para a solidão tem sido fiel, tem o levado para onde ele quer e eu digo: ''e agora, para quem eu irei falar de amor ?".
Sempre disse e direi eternamente que o meu amor sempre e continuará sendo você, e isso jamais desaparecerá. Vive em mim, foi a melhor época da minha vida, foi o sonho perfeito que pude imaginar e hoje; perco-me nessas lembranças, tampouco lembranças que o destino traiu, desfez o planejado, acabou com a esperança. E os moinhos de vento, todos tornaram-se dragões; e as estrelas, elas cairam do céu; e o mar, ele secou; e o arco-íris, ele perdeu as cores; e a vida simplesmente deixou de respirar; e o sonho, ele continua vivo enquanto você existir.
E quando você escutar eu o chamando e não souber responder, pense, somente pense em como devo estar e ouça: "a minha vida pertence-lhe!"
O tempo ainda continua arrastando-o, levando-te para longe, e eu espero que você um dia encontre uma maneira de voltar para mim.
Até o tão esperado dia e jamais esqueça o quanto eu te amo.