Uma breve reflexão sobre ''O HUMOR'', de José Simão

Por Matheus Soares | 04/04/2017 | Adm

Matheus Soares

Buemba, Buemba. Quem gosta das Crônicas de José Simão, Colunista na Folha de São Paulo?

                  Uma breve reflexão sobre "O HUMOR", de José Simão

Sugestão de leitura no início de algumas aulas do Ensino Médio: Crônicas do cotidiano - Jornal Folha de S. Paulo

 Lembrete: A importância do jornal em sala de aula

 

 José Simão (São Paulo, 31 de dezembro de 1943) é um jornalista humorístico brasileiro. Tem uma coluna no jornal Folha de S. Paulo, no portal UOL, onde tem um site oficial com os seus conhecidos programas Monkey News e Ondas Latinas, no canal de televisão RedeTV! e na rádio Bandnews FM. Simão iniciou o curso de direito na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo em 1969, porém não o concluiu. Logo depois, viajou para Londres onde teve participação na conceituada BBC.

 Folha de S. Paulo             

 O jornalista ingressou na Folha de S. Paulo em 1987, após retornar de uma viagem à Inglaterra ao Brasil. Ele assume uma coluna humorística na Folha Ilustrada chamada de Buemba! Buemba!, em que fala sobre diversos fatos relevantes e irrelevantes aplicando a eles comentários.

 

Humor X Humor:  Desenvolvendo a competência leitora e escritora por meio da leitura de jornais e Crônicas de José Simão (Folha de S. Paulo)...Somente uma reflexão!

 Os textos humorísticos são ricos justamente pela sua capacidade de provocar em seus interlocutores mais do que uma simples gargalhada, estão relacionados diretamente ao processo de construção de crítica, sarcasmo, denúncia e proposta de reflexão sobre um determinado problema social. A figura de linguagem mais presente é sem dúvida alguma, a ironia.

Segundo Simão, os seus temas preferidos são os que mais fazem a "cabeça" do brasileiro: sexo, política e futebol.

 

 

Alguns recursos linguísticos utilizados por José Simão para a construção do efeito de humor em suas obras:

 

 As figuras de linguagem são constantes: metáfora, ironia, paradoxo e antítese, todas contribuindo para uma relação de intimidade do que "se pretende dizer", entre emissor e receptor. Como essa relação se dá?

 A contextualização é o primeiro passo para que emissor e receptor consigam dialogar sobre algo que está em debate, como um "pacto" de leitura, que vai muito além da decodificação de palavras, mas que estabelece com os interlocutores uma linha tênue de reflexão sobre um assunto grave, mas que também pode ser encarado com uma certa sutileza. O poder do "humor" consiste também em suavizar o que é anseio geral e assim, uma outra figura de linguagem se faz presente: eufemismo. O jeito, muitas vezes, é rir, gargalhar e a partir daí, refletir sobre o que está acontecendo comigo, contigo e conosco.

 Os neologismos são constantes e os mais marcantes ficaram eternizados na história dos leitores da Folha de S. Paulo: Belzebush (Presidente George W. Bush, Ronalducho (Jogador de futebol Ronaldo) e Cansástico (Fantástico).

                        

Vale a pena incentivar a leitura de jornais em sala de aula, na escola e para a vida!

 Em tempos de interatividade via telefone celular e internet (algo maravilhoso e necessário), fazer com que os alunos se interessem pela leitura de JORNAIS é um grande desafio, mas certamente é fundamental para formar leitores habituais e cidadãos bem informados, capazes de argumentar e intervir em sua própria realidade, com senso crítico. Trazendo gêneros textuais e literários com características distintas, fotografia e recursos gráficos, os jornais são uma fonte respeitada para pesquisa e para a obtenção de informação sobre o mundo atual. Além disso, eles se modernizaram e passaram por reestruturações gráficas e editoriais para proporcionar leitura mais agradável e atrativa de seu conteúdo.

 

Sugestão:

Os diferentes gêneros textuais presentes na AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM EM PROCESSO, de Língua Portuguesa da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo colaboram no trabalho em busca do pleno desenvolvimento da competência leitora e escritora dos educandos. Portanto, não esqueçamos de que em sala de aula, principalmente nas aulas de Língua Portuguesa, mas não somente nelas, as CHARGES, CRÔNICAS, HQs e tantos outros gêneros são primordiais para que os educandos APRENDAM A GOSTAR DE LER e assim, também aprendam a se tornar AMANTES DA LEITURA, com suas habilidades de inferir, estabelecer relações, localizar, tomar juízo de valor sobre um determinado assunto, compreender uma ironia e tantas outras.

 

 

Abraços a todos e boa leitura!

 

Matheus Soares

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2014

 

 

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