Uma Breve História das Renúncias e Deposições dos Papas.
Por Edjar Dias de Vasconcelos | 05/04/2013 | HistóriaUma Breve História das Renúncias e Deposições dos Papas.
Os papas pessoas importantes na instituição da Igreja Católica, a história dos papas é cheia de disputas pelo poder, mortes e renúncias e destituições. Qual o valor e a importância de ser Papa, chegar ao degrau mais alto da vida religiosa,
A Igreja depois de certo tempo ficou muito poderosa, sobretudo economicamente, com a doação de grandes fazendas para a Igreja Católica doada por Pepino, o Breve, e seu filho Carlos Magno, no século VIII.
A partir desse momento, com o enriquecimento da instituição o Vaticano passou a ser disputado pelas famílias tradicionais italianas, o interesse era não apenas o poder político, mas também econômico.
A questão fundamental, o interesse de ser papa não para ser chefe da instituição, mas para comandar os Estados pontifícios, o papa tinha um exercito poderoso em mãos.
A partir desse momento eles passaram a serem pessoas importantes que intervinham na política interna de cada país e dos Estados pontifícios.
Por conta dessa briga pelo poder, muita papas foram assassinados, depostos, como se fossem governantes de outros países.
Quando existia algum tipo de conflito entre dois reinos ou cidades, o imperador do Sacro Império Romano-Germânico, o papa decidia a favor dos seus aliados.
Em 1870, com a criação da Itália, o Vaticano perdeu seu Território, foi elaborado uma concordata com o governo italiano, quando reconstruído o Estado do Vaticano, e os papas, desde então, voltaram a ser chefes de Estado.
Durante a existência do Sacro Império Romano-Germânico, os conclaves não possuíam a respeitabilidade que possuem na história contemporânea.
Se o conclave elegesse o cardeal que era do interesse do imperador, respeitava-se. Caso contrário, intervinha-se, depunha-o e colocava-se outro no lugar.
Dessa maneira, muitos papas renunciaram Po niciano, em 235 julgava-se velho demais e sem condições para exercer o cargo.
Eusébio, em 309 sem causa conhecida. João I, em 526; Silvério, em 537 acusado de ser traidor do imperador foi deposto.
João III em 574; Martino I em 655 renunciou para não gerar guerra interna.
Constantino III, em 776; João VIII, em 882; Estevão III, em 897; Bento V, em 965 fugiu para a Alemanha, Bonifácio VII, em 984; Gregório VI, em 1046 deposto e exilado Celestino V, 1294; e Gregório IX em 1414. Bento XVI em 2013.
Em outros tempos na Igreja Católica era comum, que o pontífice usasse seu nome de batismo. O último papa cumpridor dessa tradição foi Marcelo II, eleito em 1501.
De acordo com a história existem divergências, quando a mudança de nome passou a ser regra. A primeira versão, quem começou a mudança foi João I, em 523. Por achar que seu nome, Minerva, era de uma deusa pagã, o pontífice resolveu alterá-lo.
Em outras citações defende-se que na realidade, foi João II, 533-535, que era determinado como nome de Mercúrio. O que teria necessariamente que ser mudado, dado o nome não muito comum aplicado ao papado.
Uma terceira explicação a versão de ter sido o papa Gregório V, em 996, por não achar o nome de Bruno, natural a um pontífice.
Outro fato interessante relatado em literatura, uma senhora da nobreza de certa influencia, cujo nome Marózia teria sido uma princesa de toscana que teve forte influência na morte e eleição de vários pontífices no século X.
Essa senhora teria sido responsável pela a morte de alguns papas, não se sabe até que ponto trata-se de lenda literária. Como Leão VI, Estevão VIII. Ela teria envenenado João X, em 928, e depois Estêvão VII em 931.
João X, teria sido encarcerado em Castel Santo Ângelo a pedido da princesa. Já Estêvão VII teria sido eleito por influência de Marózia para assegurar o trono de Pedro para seu filho, que viria a ser o papa João XI.
Como ela tinha acesso a um papa para envenená-lo? Era uma pessoa muito influente e não devia ganhar pouco com essas mortes, é o que relata descritivamente a tradição.
Outro exemplo a ser historicizado, trata-se de bento Bento IX, papa por três vezes. Fato incomum na história.
Exerceu o poder de papa por varias vezes, o que aconteceu no século IX. Isso para se ter uma ideia da funcionalidade do Vaticano e suas imoralidades.
Entretanto, desconhecem os dados concretos de sua data de nascimento, tudo indica que seja entre os anos 1012 e 1020, Bento IX, foi um dos papas mais jovens, podendo ter assumido o trono de Pedro com apenas 12 anos.
Seu primeiro pontificado, ano 1032, resultou de uma negociata de seu pai, ele comprou o Vaticano, dando elevada quantia em dinheiro para os cardeais.
Foi deposto pela oposição com o dinheiro em mãos resolveu recuperar o Vaticano, em 1045, os mesmos cardeais entregou o vaticano ao papa Silvestre III.
Bento IX reage com poderoso exercito em mãos não aceita sua deposição expulsa o sucessor. Contudo, o pontífice fica menos de um mês no cargo e designa ao seu posto Gregório VI.
Ele volta o poder após a morte de Clemente II, em 1047, mas novamente perseguido por tropas germânicas em julho de 1048 foi expulso definitivamente do papado no ano de 1048. Breve história das renuncias e deposições dos papas na história do cristianismo.
Edjar Dias de Vasconcelos.