Uma Analogia a Outras Cavernas.
Por Edjar Dias de Vasconcelos | 15/12/2012 | PoesiasO que é a imaginação.
Uma caverna solitariamente.
Perdida.
Ao mundo grego.
Mãos amarradas.
Homens presos ao fundo.
Buraco profundo.
Talvez a única realidade.
Predestinada.
Ao caminho da escuridão.
O sol brilha intensamente.
Como se fosse real.
Superfícies à distância.
Sombras que voam.
Sem profundidades.
Contatos imaginativos.
A luz do sol.
Leva a cegueira.
Não dos olhos.
Mas do pensamento.
Uma analogia.
Profundamente sistemática.
O mundo ininteligível.
Silêncio epistemológico.
Não se percebe o que é.
Mas tudo se repete.
Imensa incompreensão.
De uma possível existência.
Homens.
Além dos buracos.
Sombras.
Sinais das prisões.
É melhor não ver o sol.
Devido o cegamento.
Terrível escuridão.
Provável existência.
Desse mundo.
O único que poderá ser.
Verdadeiro ou não.
Percebe-se.
Os sinais das sombras.
A velocidade.
As distancias.
As nuvens movendo.
À tarde chegando.
Tudo tentando ser real.
Quando sair da prisão.
Mostra-se que aquele buraco.
Ele é uma exuberante fantasia.
O mundo silenciará.
Outros trovões aos universos.
Contínuos.
Como se fosse findar o escuro.
Antes do amanhecer.
Percebe-se então a irrealidade.
Que mundo é esse.
Incompreensível.
Ser o que é.
Não pode ser revelado.
Quem descobre.
Se posta um feche de fogo.
Iguais aos sábios.
Do início do Iluminismo.
Entender-se, calar-se.
Quem pronunciar.
Perto de uma sombra.
Enorme.
Que fará pensar.
O mundo uma fantasia.
Louvável.
Mergulha se na mesma.
Profunda ilusão.
Quem pensa diferente.
Torna-se descabido.
Resta ele a prisão.
Posteriormente a morte.
Por ter entendido.
O silencio do vácuo.
Que foi explicado.
Os conteúdos.
Da biblioteca de Alexandria.
Tudo ainda é uma caverna.
A percepção da luz das estrelas.
Do céu azulado.
Um grande exagero.
Não se deve falar.
A sabedoria ignara.
Indefinidas essências.
Sem percepção.
Sombras movendo sombras.
Nuvens perdidas.
A distância do tempo.
Libertais-vos dessas coisas.
Somente sensoriais.
O mundo não é ele mesmo.
Tenha certeza disso.
Não sabemos o que é.
Difícil compreensão.
O grande segredo.
Esconde a revelação.
O indescritível silêncio.
Da mais profunda ilusão.
Edjar Dias de Vasconcelos.