UM TIRO NO SAPATO

O governador eleito no estado do Paraná, Beto Richa do (PSDB), indica como um dos membros de seu governo, o nome de Cássio Taniguchi, um nome aparentemente normal, ao se pensar na referida banca de governo; se Cássio não fosse considerado integrante da lista ficha suja do congresso nacional.

Taniguchi foi condenado em maio deste ano, mais sua pena já estava prescrita retornando o mesmo a ser considerado ficha limpa, a acusação apontada sob o mesmo foi a autorização de pagamento no valor de R$ 4,9 milhões em precatórios de desapropriação de imóveis não incluídos no orçamento da prefeitura de Curitiba em 1997. Ademais o pagamento se promoveu em decorrência de um convênio com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para investimento em transporte na cidade. Situação pouco embaraçosa de forma que o mesmo se caracteriza como desvio de recurso.

Cássio seguindo com sua carreira política até dezembro do ano passado ocupava a secretaria de desenvolvimento urbano e meio ambiente do distrito federal. Em 2006 veio a ser eleito para a câmara dos deputados mais se licenciou para atender um convite do ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda do democrata (DEM).

Por ironia da vida pública e também por feito incrível da operação Caixa de Pandora realizada pela Policia Federal, José Roberto Arruda o comandante de um esquema de propina e outros se viram diante do escândalo denominado mensalão.

O que isso tem haver com o nosso querido Cássio, por certo nada a não ser o caso do mesmo ser integrante do governo Arruda, após o feito Taniguchi se ausentou do governo retornando a Câmara dos Deputados.

Neste período eleitoral Cássio usou de seus conhecimentos profissional sendo conselheiro político do então governador eleito Beto Richa, que anteriormente a nomeação da composição de seu governo, pediu ao futuro procurador geral do Estado para a elaboração de projeto de lei que posteriormente será encaminhado para a Assembléia Legislativa proibindo a nomeação de cargos públicos no estado de pessoa condenadas por crimes contra a Administração Pública.


Por certo não se deve esperar muito deste projeto de lei mencionado, haja vista que deputados usaram de todo o recurso possível para a construção de uma espaçosa lacuna normativa, ou seja, uma saída pela tangente.

Taniguchi demonstrou em sua carreira política uma grande proximidade com o ilícito esteve ele envolvido com irregularidade quando estava no comando da prefeitura de Curitiba, e novamente veio firmar isso no Distrito Federal, ao acompanhar o governo de José Roberto Arruda, em um dos seus piores escândalos políticos.

Pode o governador nomear qualquer pessoa para compor o seu governo, mais o sinal de alerta deve ficar sempre ligado, para que assim posteriormente não se promova um tiro no próprio sapato. Deve o mesmo afastar desde o inicio as maçãs podres de seu governo, evitando assim a contaminação dos demais que ainda possuem um histórico límpido e claro na carreira política.