~Um rei Uma rainha Um meio Inteiro~
Por carlos mettal | 18/06/2013 | Poesias~Um rei Uma rainha Um meio Inteiro~
Por Carlos Mettal e Enethe Dannyelle Moolesinne
Na volta pra casa
Uma surpresa de “hum” e risos
dando piruetas e ficando do avesso
para encontrar o lado certo
sob as estrelas que clareiam
sou um pouco do sol
sou verdadeiramente da noite
e o lado certo sempre é sem dúvida do avesso
nesse lado somos mais soltos
mais leve mais interessantes
tão mais liberados
noite avessa atravessa o verso do avesso com o lado certo
então tendo o certo como oposto ao errado
somos tão metades inteiras de certezas e promessas
mostra teus olhos a quem te olha
mostra tuas vestes a quem de veste
mostra teu avesso a quem tem apreço
mostra tua volta a quem não te solta
aos olhos raros que possam ver
os segredos que neles há guardado
olhos que vêm com plenitude
segredos são meus alimentos quando tenho fome
segredos são meus caminhos quando estou perdido
segredos são teus olhos que me dão o infinito
os meus olhos tem a luz que pode guiar o homem perdido
até um caminho infinito
o lugar dos meus segredos mais confortáveis
o segredo da alma
segredos meus que mata a tua fome
fecha teus olhos que não vejo
deixa-me a tua noite na qual te desejo
guia-me do perdido caminho ao teu labirinto
segreda teus mistérios sobre minha cabeça vazia
alimenta minha alma na tua como guarida
fome tenho
fome terei
assim posso retornar de onde parti ao que deixei
darei-te asas
preencho a tua cabeça vazia de loucas fantasias
fantasias que alimenta a fome de um homem perdido no caminho
segredo pra mim é medo e fantasia
que se misturam em busca do êxtase
jantar da meia noite
meia luz na minha vez
tudo pode sem cansaço
o abraço de recomeço que cansa de novo o corpo inteiro
voa de longe em asas de cílios que cintila o medo da fantasia
mistura teu êxtase em sentimento e pleno será
a destreza do que se destranca na meia garganta do sentimento
quando é preenchido por sementes que brotam na semana primeira
a fantasia e o medo andam de mãos dadas
pois bebem a água da mesma fonte
a fonte do desejo
fantasias sem medo é um corpo sem alma
fantasias e medos são vestes que se despem ao toque do sabor da língua
sentes medo
tens fantasia
atravessa o mundo sem porta da minha alegria
às vezes o toque
um toque apenas do sabor da língua
se constrói um homem
quando se sente perdido
um toque da língua desmonta no cheiro o segredo da fome do homem
o cheiro da pele para mim é o maior segredo
pele que cheira a desejo
um gosto do cheiro invade as entranhas
se morde por inteiro aos dentes e sentidos da pele
que em ti e em mim é maior que segredo
desejos e cheiros
onde a língua quer lamber todo prato do segredo
não há mais o que temer
mesmo que ainda se queira ficar a tremer
frio e calor na palavra sugada e lambida
sobre as folhas de linhas brancas escritas
pelos fios de seda de tua trança e lábios vermelhos
a língua que lamber o segredo da alma
pois lá está o mais doce segredo de uma mulher
dentes que querem morder a pele
doce mulheres que têm segredos guardados
que se soltam ao sabor escondido,
decifra teus caminhos em sinais que me guiam
ao profundo senso do alcance de minha mordida
mãos e dedos que pousam borboletas
corpos e segredos que acasalam o meu medo
fantasias as minhas asas e casula ao meu começo
tudo que pretendo e ensejo
segredo pra mim é o grande desejo
guardado sempre a encontrar um homem em um caminho perdido
e presente ser seu ao lhe presentear
das curvas que me atraem
amanheço seguro no teu cais
vestes branco e calça jeans
mas tanto faz
velejas sempre de volta ao meu porto que aqui te apraz
segredos pra mim é encontrar alguém que possa confiar
e revelar o que já sei de mim
ouvinte por natureza detenho todos os segredos
que se oculta atrás da rosa vermelha do desejo
lábios novamente fechados a esperar
a chave mestra da revelação encontro no ouro dos teus cabelos
um segredo por um desejo
uma rosa por um beijo
meias listradas meu feitiço
meu jardim de corpo inteiro
segredos valem a cor do ouro dos meus cabelos
por isso não entrego fácil pra ninguém
te dou degraus para subir
um corrimão para não cair
escadas me seduzem quando a multidão vai a subir
mas sempre surge um rei digno e de plena confiança
que por natureza arranca todos os segredos da rainha
e uma rosa vermelha apenas se torna tão pequena
para ocultar a sua face inteira
havendo um parlamento verde
tua presença é minha sintonia através do vento
se há silêncio ou gritaria de socorro
não fique atenta
olhe para mim
no cheiro que penetra a tua respiração
o frescor na tarde
tão pequenina na beira do mar
tão ninfa de arrepiar
sorrisos de sereia ao querer enfeitiçar
por natureza
a rainha precisa se ocultar
atrás da rosa vermelha