Um mercado resistente a crises
Por Fernando | 07/08/2015 | AdmSempre que uma crise se instala no país, o sofrimento é generalizado entre diversas camadas da sociedade. Os preços começam a aumentar, os salários não acompanham essas altas, o comércio percebe uma queda acentuada nas vendas (e isso em todos os setores da indústria de produtos e prestadoras de serviços), o PIB registra queda, o dólar começa a disparar... e finalmente chega a notícia que ninguém quer ouvir mas já espera: o desemprego volta a assombrar as famílias. Como se a situação já não estivesse suficientemente ruim com os membros empregados, ainda vem mais essa: nem empregados estão, mais. As empresas começam a cortar custos e sempre realizam a famosa operação “enxuga-folha”, com cortes importantes em sua própria força de trabalho.
Entretanto, uma indústria que costuma se sair bem em épocas assim é a das resistências elétricas. Mesmo com cortes de pessoal e redução na produção, muitas indústrias instaladas no Brasil fazem uso constante de resistências elétricas em suas linhas de produção, pelos mais variados motivos: algumas precisam para aquecimento de líquidos, outras para fornos elétricos em panificadoras de grande porte, etc. Também as pequenas indústrias se valem de resistências do tipo, como por exemplo as fábricas de máquinas de selagem, de solda, de vedação de embalagens plásticas, etc. Enfim: mercados que, mesmo em tempos de crise, continuarão demandando este tipo de peça para manter suas linhas de produção.
Um mercado que depende de outro mercado
Na verdade, a indústria de resistências elétricas depende de outro mercado: o da mineração. Resistências desse tipo são confeccionadas com metais puros e ligas metálicas as mais variadas, de acordo com a função de cada modelo de resistência e também da carga que ela precisará suportar. Existem, por exemplo, resistências planas em mica. Existem vários tipos de mica, sendo que alguns são bastante comuns no Brasil. Este mineral é extremamente resistente ao calor, sendo muito utilizado para janelas de fornos industriais no lugar do vidro; sua composição a torna um excelente isolando elétrico, o que torna a mica uma excelente matéria-prima na indústria de resistências elétricas.
A mineração, ao contrário das indústrias, não costuma sofrer grandes baques com as crises econômicas que já atingiram o país. A extração de minérios e minerais do solo brasileiro tem se mantido relativamente estável, sem causar prejuízos com prazos estourados na entrega do material já industrializado às fábricas – portanto, sem prejudicar a fabricação e o fornecimento de resistências elétricas por parte destas indústrias. Mineração em dia, fabricação de resistências em dia, aquisição de resistências pelos diversos tipos de mercado que demandam este tipo de insumo em dia.
Mas e os outros mercados com isso?
Muita outra indústrias, de diversos setores, precisam de algum tipo de resistência elétrica em suas linhas de produção. Um exemplo são as fábricas de seladoras, a vácuo ou não, industriais ou domésticas. Estas seladoras fecham as embalagens plásticas usando o calor, o qual é conseguido através de resistências instaladas nestas máquinas.
Indústrias como fábricas de tintas, de automotivas a tintas de parede, também se valem de resistências elétricas para derreter matérias primas e manter o produto na consistência correta enquanto o processo não é finalizado. A indústria alimentícia também se vale do calor das resistências para derreter gorduras, descongelar insumos, pré-cozer alimentos (como pizzas pré-prontas), etc. Enfim, as aplicações das resistências elétricas são inúmeras.
E saber que ao menos este setor produtivo está relativamente a salvo das crises é um bom motivo para respirar aliviado.