Um dia, vou lutar
Por Jair Cesar De Miranda Coelho | 03/08/2009 | LiteraturaPrimeiro Tenente do Exercito, Paulo Fouchard, desde as estórias do seu pai,militar da Marinha,esperava também lutar. Quando lhe foi oferecido um posto de comando em Cucui de Las Palomas, fronteira Brasil-Venezuela, o Tenente Paulo Fouchard vislumbrou seu momento de herói. Voluntário, assumiu o comando de pequeno quartel na fronteira e preparou-se para a luta. Nada acontecia, anos apos anos, e ele com plano de guerra pronto para uma guerra que nunca existiria. Já velho e doente, foi transferido para Manaus, e depois seria reformado. Teimava em não ir. Queria lutar. O Brasil seria invadido e seu Plano de Guerra estava pronto.Nada aconteceu. Nem invasão, nem guerra.No hospital, foi informado que um tenente recém saido da Academia havia assumido seu posto.Triste, piorou e viu e sentiu a morte chegar.Nos suspiros últimos, entendeu. Agora sim era o grande momento.Entender a luta entre a vida e a morte.Não havia plano. Não haveria luta. Apenas médicos, enfermeiras, luzes fracas. Sons perdidos, choros ao longe. Perdeu a luta.Inicia uma viagem não para novo posto,nova fronteira. Mas uma viagem ao desconhecido.