Turismo: Missões e Santiago de Compostela
Por Darni Pillar Bagolin | 25/08/2010 | SociedadeCoisas em comum sim, mas iguais jamais, por mais que a região das Missões no Rio Grande do Sul seja parecida com o caminho de Santiago de Compostela, na Espanha, o que podemos notar são os traços regionais, marcantes que influenciam hábitos locais, tanto uma quanto à outra são duas dicas de viagem espetaculares, às vezes reclamamos com são longe os locais para se praticar turismo, e não abrimos os olhos para as belezas que nos cercam.
Vamos começar cronologicamente, quando em 813 um eremita galego com nome de Pelayo, avistou várias luzes no campo, no dia seguinte ao escavar as terras se encontraram vários restos mortais de Tiago, o apóstolo, daí seu nome atual de, São Tiago dos Campos Estelares, ou, Santiago de Compostela. Seja de bike, a pé ou de carro o começo do trajeto fica na França, em Sain Jean, com suas estradas onduladas. Ao entrar em Navarra, presenciamos o Monastério Beneditino de 800 anos, logo em Pamplona sua ponte La reina e em San Pied, seus belos campos. Pelo caminho, uma cidade fantasma, já o território de Castilla, a própria cidade é totalmente feita de pedras, mas é pela Galícia que achamos cidades de pedra, e ao mesmo tempo desabitadas, daí é que saíram os heróis fictícios dos quadrinhos, Asterix e Obelix. Por Astorga a bela paisagem da arquitetura local. Podemos ainda nos deparar também com estátuas sentadas em bancos representando turistas, por Porto Marin, encontramos bosques floridos, perfumados, e a Catedral de Santiago, marco da chegada.
Este trajeto do norte espanhol, que na verdade passa pela França, por perto do chamado País Basco, é repleto de sentimentos, o melhor além das construções, das paisagens é seu abstrato, aquilo de mítico que escutamos, as histórias, a fé das pessoas, a religião, os encontros de pessoas com distintos interesses, na caminhada por exemplo. Só falando fica difícil, somente estando lá para compreender melhor a paz de espírito que este caminho proporciona.
Agora, coisa nossa, na região missioneira, as cidades que lhe fazem parte, erroneamente dita como réplica de Compostela, nem basicamente os sete povos, mas sim o contexto geral da importância como zona turística.
Giruá - Balneário Recanto Verde, lagos e quiosque de informações turísticas. Guarani das Missões ? maior colônia polonesa no país, casas eslavas, vitrais coloridos em igrejas e o Santuário de Nossa Senhora da Czenstochowa. Humaitá ? Minizoológico Schuster e suas araras azuis. Bom Progresso ? pescas em açudes. Crissiumal ? Balneário Amorim e Seminário São Miguel além de um "castelo medieval". Derrubadas ? Parque Estadual do Turvo e o Salto de Yucumã, com quedas d?água. Ijuí ? portão de entrada das Missões, Usina Velha, Fontes Termais, spa, teatro, museu antropológico, artesanato e o Parque Regional Integrado. Miraguaí ? cultura indígena da Reserva Toldo Guarita e seu artesanato. Panambi ? seus pesque-pague e o Parque Municipal. Porto Mauá ? as ilhas do Rio Uruguai e a pesca esportiva.
Seguindo viagem, Três Passos ? Santuário Padre Roque Gonzáles e o cinema Globo. Tenente Portela ? Casa da Cultura Tancredo Neves. São Nicolau ? sítio das ruínas da Redução Jesuítica, a adega jesuítica, o sobrado da família Silva e o Museu Histórico Missioneiro. Porto Xavier ? liga o estado do Rio Grande do Sul á Argentina e seu porto. Santa Rosa ? Museu Fenasoja, o Teatro do SESC, o rio Santo Cristo, a casa da Xuxa e seu museu. São Miguel das Missões ? sua redução de São Miguel Arcanjo, a igreja, o museu, as trilhas, as cavalgadas, patrimônio da humanidade. Santo Augusto ? estância de rodeios. Santo Cristo ? o Lago Azul, Parque Aquático e o hotel fazenda da Três Cascatas. São Luís Gonzaga ? seus sítios arqueológicos e o estilo gótico. Santo Antônio das Missões ? o Museu Monsenhor Wolski. Por fim, Santo Ângelo ? o Memorial Coluna Prestes, o Museu, a Catedral Anglopolitana, o artesanato indígena, o Colégio Tereza Verzeri, cidade considerada Capital das Missões.