Tudo é Ilusão

Por Sandra Regina da Luz Inácio | 20/04/2009 | Crescimento

Milhões de pessoas comem pão, mas poucos conhecem tudo sobre o trigo. Só aqueles que sabem podem melhorar o pão. Só aqueles que conhecem o ser, que viram e entenderam além do mundo, podem melhorar o mundo.

 

Enquanto você der prioridade ao mundo, estará limitado por ele, só quando você o compreende, sem o menor traço de dúvida, que o mundo está em você e não você no mundo, você estará pronto para estar fora dele e viver tudo o que desejar.

 

A realidade não é nem objetiva nem subjetiva, nem matéria nem mente, nem tempo nem espaço e não é absoluta, pois cada pessoa a vê pelo prisma de sua alma e do momento em que está vivendo. Você pode falar sobre ela, mas cuidado para perder seu SER           nela. Todos criam um mundo para si mesmos e vivem nele, aprisionados pela própria ignorância. Tudo o que temos que fazer é negar realidade a nossa prisão.

 

Não peça à sua mente que confirme o que está além dela. A experiência direta é a única confirmação válida, o que você viveu ninguém tira.

 

A verdadeira felicidade não se pode encontrar nas coisas que mudam e morrem. O prazer e a dor se alternam inexoravelmente. Encontre quem você realmente é e tudo chegará através dele. As idéias de movimento, de inquietude, de prazer e dor, estão todas na mente. O SER está além da mente. Talvez o ESTAR esteja em nossa mente.

 

Você é o SER, o mundo é ESTAR aqui e agora.

 

Cada escolha que fazemos, prazer que sentimos, físico ou mental, necessita de um instrumento, para isso pagamos um preço para cada atitude que tomamos, seja ele pouco ou muito, mas para tudo há um preço. Os instrumentos físicos e mentais são materiais, portanto se fatigam e se esgotam. O prazer que proporcionam é limitado em intensidade e duração. É um circulo vicioso.

 

Nada dura, tudo se gasta, quebra e se dissolve. O próprio alicerce sobre o qual se constrói cede um dia. O que tem você que seja eterno?

 

Antes de fazer afirmações incisivas, de lembrar-se de fatos, de julgar, condenar ou condenar-se, examine cuidadosamente seu estado de alma, de sentir, de sentir o outro profundamente, perceba que recorda pouco e também sente pouco, mesmo estando totalmente desperto e atento às sensações. Simplesmente não recorda tudo. Uma lacuna na memória não é necessariamente uma lacuna na consciência.

 

A nossa permanência em algum fato é uma mera idéia, nascida da ação do tempo e apagada pela mesma ação. Por sua vez, o tempo depende da memória, assim como também o sofrimento.

 

As reações emocionais nascidas da ignorância ou da inadvertência não são justificadas, geralmente julgadas e condenadas por nós. Busque uma mente clara e um coração limpo, sem julgamentos, sem condenação. Tudo o que necessita é permanecer tranqüilamente alerta, investigando a natureza real de si mesmo.

 

Por isso, jamais se esqueça que o sofrimento, a alegria, o amor carnal, o ser, o estar, tudo muda... tudo é relativo e que devemos sofrer por aquilo que é real, como tudo é transitório, porque sofrer tanto?