TREINO AO BEBEDOURO, MODELAGEM E REFORÇAMENTO CONTÍNUO
Por Romulo da Silva Cardoso | 26/11/2019 | PsicologiaRESUMO
O presente trabalho realizado por estudantes da Faculdade Luciano Feijão na cidade de Sobral, teve como objetivo mostrar, por meio de experimentos realizados em laboratório, como treinar o sujeito experimental a onde receber água, além de outros objetivos como modelar comportamentos e levá-lo ao reforçamento continuo, além também de mostrar que um lugar e equipamentos adequados são necessários para as realizações dos experimentos e que é um fator importante para sucesso na obtenção de dados. Cada etapa, Treino ao Bebedouro, Modelagem, e Reforçamento Continuo (CRF) teve seu próprio método de seguimento, para que fossem corretamente alcançados os objetivos. Tais métodos são obrigatórios, para que se sucedesse a outra parte do experimento. Seguindo corretamente os métodos, os resultados desejados foram obtidos com êxito. Os resultados mostraram também que uma etapa era necessária para que a outra em seguida, pudesse ocorrer. Os dados ainda mostram que mesmo com certo tempo de curto prazo em que o sujeito experimental não coopera, os resultados aumentam gradativamente com o tempo em longo prazo.
Palavras-chave: Laboratório; Reforçamento contínuo; Métodos; Resultados.
INTRODUÇÃO
Este relatório aborda o tema “Treino Ao Bebedouro, Modelagem E Reforçamento Continuo (CRF)” o qual se trata do 2º experimento feito em laboratório, como atividade das aulas da disciplina de Comportamentalismo II, da Faculdade Luciano Feijão. Para que seja compreendido esse experimento é importante fazer algumas definições como a de comportamento, que para Myers (2006) é entendido como uma ação realizada pelo sujeito que age sobre o ambiente, assim é possível compreender que o sujeito produz alterações no meio e que a partir disso também sofre com as modificações provocadas por ele. O conceito de reforço, segundo Moreira e Medeiros (2007), é que todo comportamento produz uma consequência, porém algumas consequências aumentam a probabilidade do comportamento voltar a acontecer. Contudo o reforço é uma consequência do comportamento que aumenta a probabilidade de um determinado comportamento ou resposta se repetir. Segundo os autores esta relação estabelecida entre o ambiente e a probabilidades do comportamento voltar a ocorrer é compreendida de contingencia de reforço quando estabelece uma relação entre sujeito e ambiente. Ainda sobre o reforço, este pode ser dividido em reforço positivo ou negativo. No caso deste experimento o reforço utilizado foi o positivo, pois de acordo com Myers (2006) o reforço positivo é aquele que fortalece uma resposta quando o estimulo é agradável e assim aumenta a resposta, que neste caso foi representado pelo fornecimento de água ao sujeito que estava com sede. O Reforço negativo seria também fortalecer uma resposta, porém na tentativa de retirar algum estimulo desagradável ou aversivo. O processo de modelagem “é um procedimento de reforçamento diferencial de aproximações sucessivas de um comportamento. O resultado final é um novo comportamento.” (MOREIRA e MEDEIROS, 2007, p.60) Com isso entende-se que o comportamento não surge por acaso, e a modelagem contribui para a aquisição de um novo comportamento. Largura e Basqueira (2010) acrescentam que a modelagem é feita pelo reforçamento de comportamentos próximos ao comportamento desejável. Como no caso deste experimento o reforço da ao S.E. quando este olhar, cheira, ou tocava a barra. Skinner (2003) define o condicionamento como sendo o fortalecimento de um comportamento por meio do reforço. Assim ele diz que no condicionamento operante a probabilidade de ocorrer uma resposta é mais frequente. Para ele o procedimento do condicionamento operante é algo simples, pois é necessário que se tenha o reforço exposto a um determinado organismo por um determinado tempo. O esquema de reforço contínuo (CRF) foi realizado para que o sujeito experimental fosse reforçado todas as vezes que ele pressiona-se emitisse uma determinada resposta. Podendo ser representado pelo seguinte esquema: R →Sᴿ, onde R corresponde a resposta de pressão à barra e Sᴿ Corresponde a liberação de água que era o Reforço. (MOREIRA e MEDEIROS, 2007). Os termos, estimulo e resposta, são utilizados com muita frequência entre as pessoas que estudam e aplicam a Analise do Comportamento, logo os autores vêm defini-los da seguinte forma: “estímulo é uma parte ou mudança em uma parte do ambiente; resposta é uma mudança no organismo” (MOREIRA e MEDEIROS, 2007, p.18). Portanto estimulo pode ser entendida como o meio ou uma ação no meio ambiente onde a resposta é a ação do organismo mediante a este estimulo. Os procedimentos descritos neste trabalho serão apresentados com detalhes ao longo do mesmo, onde também serão apresentados os resultados do experimento que se deu em duas fases, e que foram necessárias duas aulas para que o mesmo fosse concluído. Com este experimento objetivou-se observar se é possível instalar no organismo um novo comportamento, através de reforço e resposta, e ainda manter este comportamento no sujeito, neste caso especifico em um ambiente de laboratório, operando com um sujeito experimental privado de água em uma caixa experimental.
MÉTODO
Sujeito
Foi utilizado um rato albino macho para este experimento. O sujeito foi criado no biotério, onde se tinha fácil acesso para os experimentos a que era exposto no laboratório. O biotério possuía todos os requisitos necessários para uma boa manutenção da saúde do rato, como temperatura e iluminação adequadas. Por se albino, eram necessários alguns cuidados para não prejudicar os olhos do animal, caso fosse exposto à luz forte. Ambiente, materiais e instrumentos Os experimentos eram realizados no CPA (Centro de Psicologia Aplicada) da faculdade, mais especificamente em um laboratório adequado para tais realizações. Os materiais utilizados foram os mais variados como papeis, canetas, lápis, borracha utilizados para anotações e correções. Também foi usado agua, indispensável para sucesso nos experimentos. O instrumento utilizado foi a Caixa de Skinner, que, sem esse instrumento, não seria possível realizar qualquer experimento, se fazendo necessário para pesquisas psicológicas utilizadas com animais, ficando assim, sobre controle, todas as variáveis experimentais [...]