Tratamentos da diabetes mellitus tipo II
Por Ana Alice Melo | 25/11/2011 | Saúde
INSTITUTO AVANÇADO DE ENSINO SUPERIOR DE BARREIRAS - IAESB
FACULDADE SÃO FRANCISCO DE BARREIRAS - FASB
ENFERMAGEM
TRATAMENTOS DA DIABETES MELLITUS TIPO II
BARREIRAS – BA
2011
ANA ALICE SILVA DE MELO
JULIANA COELHO DA CRUZ
MARIA LINDINALVA NINOS BASTOS
PROJETO DE INTERVENÇÃO
TRATAMENTOS DA DIABETES MELLITUS TIPO II
Projeto de Intervenção Educativa em Saúde da Família, apresentado com requisito parcial para avaliação da disciplina estágio curricular I do 7º
Semestre do curso de Enfermagem da Faculdade São Francisco de Barreiras, sob a orientação da Prof.ª. Cleide Maria.
BARRERAS – BA
2011
APRESENTAÇÃO
O presente projeto de intervenção será realizado no Programa de Saúde da Família (PSF) IV anexo ao colégio CAIC, localizado na Rua Horto Florestal S\N, bairro Cascalheira na cidade de Barreiras -Ba tendo como objetivo o desenvolvimento de ações educativas através de palestras junto aos portadores de Diabetes Mellitus tipo II. O diabetes inclui um determinado grupo de doenças metabólicas onde são caracterizadas por Hiperglicemia, resultante de defeitos na secreção de insulina ou em sua ação que se manifesta por sintomas como poliúria, polidipsia, perda de peso, polifagia e visão turva ou por complicações agudas que podem levar a risco de vida: a cetoacidose diabética e a síndrome hiperosmolar hiperglicêmica não cetótica.
A Hiperglicemia crônica está associada ao dano, disfunção e falência de vários órgãos, especialmente olhos, rins, nervos, coração e vasos sangüíneo. Essas complicações crônicas são as principais responsáveis pela morbidade e mortalidade dos pacientes diabéticos. Dessa maneira, percebemos a grande necessidade de controlar e tratar desta doença, antes mesmo de sua expansão, para então, aumentar a qualidade de vida desta comunidade.
A partir dos dados analisado , a intervenção será realizada em uma determinada área ( área 12), pertencente ao bairro vila rica na cidade de Barreiras, no oeste da Bahia, enfocando a importância na adesão ao tratamento, dando ênfase ao tratamento não farmacológico, bem como destinguir seus sinais e sintomas.
O projeto em questão tem como propósito orientar e capacitar à comunidade da micro área em estudo, a instigar àqueles que já têm a doença a buscarem um tratamento adequado e a obterem informações a respeito da doença, como, sinais e sintomas, diagnostico, e tratamento , beneficiando assim não só a eles, mas também toda a comunidade, procurando levar a informação para uma melhoria da qualidade de vida.
DIAGNÓSTICO SITUACIONAL
O PSF IV fica localizado na Rua Horto Florestal S\N bairro Cascalheira na cidade de barreiras – Ba em anexo ao colégio CAIC sendo responsável pela área 12, . A estrutura física constitui de um prédio, onde funciona duas unidades de Saúde (PSF IV e PSF V), o PSF IV, é distribuído em: recepção, consultório de enfermagem, consultório médico, consultório odontológico, sala de vacina, sala de triagem e curativo, sala de esterilização do material de curativo, farmácia, sala de espera e três sanitários. A equipe multiprofissional é formada por uma Enfermeira, uma Médica, duas Técnicas de Enfermagem, uma recepcionista, uma auxiliar de dentista e uma Dentista. No PSF IV realiza atendimentos diversos como, puericultura, pré-natal, preventivo, atendimento à mulher e ao homem, planejamento familiar e o programa de hiperdia, dentre outros.
A população assistida pelo PSF IV é composta por aproximadamente 151 famílias, constituída em sua grande totalidade por um baixo poder aquisitivo, bem como, precariedade no nível escolar. Esta comunidade é composta de 39 hipertensos, 9 hipertensos e diabéticos, 9 diabéticos, 7 gestantes e 36 crianças menores de 5 anos.
JUSTIFICATIVA
Este projeto de intervenção é uma proposta que possibilita e garante um aprendizado qualificado junto aos portadores de diabetes mellitus com o objetivo de esclarecer a importância da adesão ao tratamento, dando ênfase no tratamento não farmacológico, bem como,distinguir seus sinais e sintomas desta patologia, partindo do ponto de que a falta de conhecimento e orientações dificulta a adesão ao tratamento.
Visto que a não adesão ao tratamento da diabetes mellitus, torna-se imprescindível proporcionar orientações e mais informações, partindo da realização desse projeto, aos portadores da doença, pois o mesmo tem como objetivo principal priorizar a saúde dos diabéticos e assim, ajuda-los a diminuir as prováveis ocorrências provindas da patologia, como também, ajudar a aumentar a adesão ao programa.
Segundo Cecil (2005) A diabetes mellitus (DM) é um distúrbio crônico, caracterizado pelo comprometimento do metabolismo da glicose e de outras substâncias produtoras de energia bem como pelo desenvolvimento tardio de complicações vasculares e neuropáticas. O diabetes compreende um grupo de distúrbios que envolvem mecanismos patogênicos distintos, cujo denominador comum é a hiperglicemia, que envolve secundariamente, porem de forma importante, também lipídios e proteínas. Hiperglicemia de jejum ou níveis plasmático de glicose acima de certos limites durante teste de tolerância a glicose, constitui principal característica da DM.
A Diabetes Mellitus (DM) configura-se hoje como uma epidemia mundial, traduzindo-se em grande desafio para o sistema de saúde em todo mundo. Envelhecimento da população, a urbanização crescente e a adoção de estilos de vida pouco saudáveis como sedentarismo, dieta inadequada e obesidade são grandes responsáveis pelo aumento da incidência e prevalência do diabetes em todo mundo (BRASIL, 2006).
Cerca de 50% da população com diabetes não sabe que são potadores da doença, algumas vezes permanecendo não diagnosticados até que se manifestem sinais de complicações. Por isso, testes de rastreamento são indicados em indíduos assintomáticos que apresentem maior risco da doença, apesar de não haver ensaios clínicos que documentem o benefício resultante e a relação custo-efetividade ser questionável (BRASIL, 2006).
O controle glicêmico atua reduzindo os sintomas associados à hiperglicemia, como poliúria, polidipsia, fadiga e, possivelmente, melhora a cognição. A falta de tratamento contribui para o aumento do risco de infecções, perda de autonomia, destruição, e ainda surgimento de manifestações tardias (FREITAS,2006).
De acordo com Brasileiro Filho (2000), a detecção e instrução terapêutica precoce reduzem a morbidade e a mortalidade, inclusive com repercuções positivas na redução dos custos com a doença. Após a introdução do tratamento com insulina ocorre uma maior sobrevida dos pacientes, o
comprometimento de outros órgãos, sobretudo sistema circulatório, passou a ser responsável por cerca de 80% dos óbitos em diabéticos.
De acordo com Fresitas (2006), as medidas medicamentosas incluem os hipoglicemiantes e as insulinas. A abordagem farmacológica pode ser iniciada precocemente quando há marcada hiperglicemia, hemoglobina glicada de 9%, em combinação com as medidas não farmacológicas.
Segundo o mesmo autor citado acima, as intervenções no estilo de vida devem ser precocemente instituídas e compreendem aconselhamento nutricional, orientações sobre atividades fisicas e amplo programa de ducação de pacientes e de cuidadores, particulamente no caso dos idosos. Esse programa e de alta importância, tendo por objetivo tonar o paciente capaz de manter independência e criteriosa consciencia de sua doença e de como controlá-la (FREITAS, 2006).
Sendo assim, torna-se necessário uma intervenção com o objetivo de informar a importância da adesão ao tratamento, não deixando de lado então, a inclusão do tratamento não-farmacológico e consequentemente a detecção precoce de sinais e sintomas, que poderia ajudar ainda mais os serviços de saúde a resgatar a qualidade de vida desses portadores.
A pesquisa nos fez ver a importância da participação do profissional enfermeiro no cotidiano dos diabéticos, e enriqueceu ainda mais os nossos conhecimentos quanto acadêmicos da área de saúde, fortificando o nosso preparo para a vida profissional.
Diante do exposto, justifico a escolha do tema tratamento da diabetes mellitus, em um bairro periférico do município de Barreiras - BA, tendo em vista, que nós pesquisadoras, estamos no momento estagiando no posto de saúde do bairro vila rica, então, podemos por meio dessa pesquisa, acompanhar o dia-a-dia dos portadores dessa patologia, e contribuir para uma melhoria na qualidade de vida, visando alcançar uma adesão ainda maior no programa hiperdia.
OBJETIVOS
GERAL
Esclarecer e orientar os pacientes portadores de DM II sobre a importância na adesão ao tratamento enfocando a importância na adesão ao tratamento, dando ênfase ao tratamento não farmacológico, bem como distinguir seus sinais e sintomas.
ESPECÍFICO
- Discutir a temática junto aos pacientes;
- Esclarecer junto aos pacientes sobre os sinais e sintomas da patologia;
- Orientar os portadores de DM II sobre as formas de tratamento;
- Informar sobre a importância da assistência de enfermagem, bem como a sua prescrição.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
O diabetes mellitus é um distúrbio crônico do metabolismo dos carboidratos, lipídios e proteínas. Um aspecto característico desta doença consiste na resposta secretória defeituosa ou deficiente da insulina, que se manifesta na utilização inadequada dos carboidratos (glicose), com consequência hiperglicemia. Cerca de 3% da população mundial, ou seja, aproximadamente 100 milhões de pessoas, padecem de diabetes, tornando-o uma das doenças não contagiosa mais comum (ROBBINS, 2000).
Segundo BRASIL (2006), o diabetes é comum e de incidência crescente, a estimação em 1995 era de 4,0% da população adulta mundial e que, em 2025, chegará a média de 5,4%, sendo que em sua maioria, dará em países em Desenvolvimento, onde acentuará o padrão atual de concentração de casos na faixa etária de 45-64 anos. No Brasil, no final da década de 1980, estimou-se que o diabetes ocorria em cerca de 8% da população, de 30 a 69 anos de idade, residente em áreas metropolitanas brasileiras. Essa prevalência variava de 3% a17% entre as faixas de 30-39 anos e de 60-69 anos. A prevalência da tolerância à glicose diminuída era igualada a 8%, variando de 6% a 11% entre as faixas etárias citadas. Hoje se estima 11% da população igual ou superior a 40 anos, o que representa cerca de 5 milhões e meio de portadores.
Existem vários tipos diferentes de diabetes mellitus, eles podem diferenciar-se quanto a causa, evolução clínica e tratamento. Classificados em:
DM tipo I, que segundo o Ministério da Saúde ( BRASIL, 2006), indica a destruição das células beta que evntualmente leva a um estado de deficiência absoluta de insulina.
DM tipo II, que de acordo com FREITAS (2006), é a mais comum, de alta prevalência nos idosos, apresentando graus variáveis de deficiência e resistência à ação da insulina. A resistência pode proceder o aparecimento da deficiência insulínica que se acentua com a evolução da doença.
A apresentação clínica do idoso diabético do tipo II é, em geral, mais discreta que a do jovem, no qual a polifagia, poliúria e polidipsia são mais evidentes. Devido a este fato, o idoso diabético desconhece ser portador da doença, sendo o diagnostico frequentemente realizados através de exames quase que rotineiramente requisitados em indivíduos desta faixa etária. Acrescente – se que, consequência da escassez e da pouca intensidade dos sintomas clínicos, o diagnóstico poderá deixar de ser suspeitado ou e feito tardiamente. Não e raro, por este motivo, que o diabetes seja detectado somente quando a sintomatologia clinica caracteriza quadro agudo e grave, como acontece nos casos de coma e coma hiperosmolar, de quadro focal neurológico e, raramente, de cetoacidose diabética (FILHO, 2006).
As evidências apontam que o diagnóstico da DM II deve ser feito precocemente. Níveis aumentados de glicemia em jejum, principalmente pós-prandial, estão relacionados a um elevado risco para doenças cardiovasculares. Com base na história familiar e clínica, a glicemia em jejum deve ser realizada a cada três anos, enquanto naqueles com fatores de risco adicionais os testes devem ser feitos a cada ano ou até mais frequentes (SMELTZER E BARE, 2006).
De acordo com FREITAS (2006), o objetivo do tratamento da diabetes tipo II inclui controle da hiperglicemia e seus sintomas, prevenção, avaliação e tratamento das complicações. Portanto, o idoso apresenta particularidades que o médico pode levar em conta para proporcionar-lhe a melhor assistência possível. A história clínica convencional não é o bastante, sendo necessário indagar sobre os seus hábitos de vida e seu ambiente familiar e social.
Ainda segundo o mesmo autor, o tratamento não medicamentoso são práticas adotadas ao portador de DM, as intervenções no estilo de vida devem ser precocemente instituídas e compreende aconselhamento nutricional, orientação sobre atividades físicas e amplo programa de educação de pacientes e cuidadores, particularmente em caso de idosos. Nesse processo deve haver engajamento de uma equipe multidisciplinar. As medidas medicamentosas incluem os hipoglicemiantes e as insulinas. A abordagem farmacológica pode ser iniciada precocemente quando há marcada hiperglicemia, hemoglobina glicada de 9%, em combinação com as medidas não farmacológicas (FREITAS, 2006).
Conforme Smeltzer e Bare (2004), as recomendações nutricionais específicas devem ser individualizadas existindo normas que são amplamente aplicáveis. Recomenda- se que as refeições, especialmente a ingesta de carboidratos, sejam fracionadas ao longo do dia, para evitar grandes cargas calóricas. Os programas de atividade física também devem ser individualizados, nos idosos o risco de quedas está aumentado e associado às maiores taxas de fragilidade por incapacidade funcional, dificuldade visual, polifarmacia e, nos diabéticos, características agravadas por neuropatia periférica e possibilidade de hipoglicemia. Sabidamente as quedas estão associadas com elevadas morbidade e mortalidade.
De acordo com o supracitado onde esse afirma que, o exercício é extremamente importante no controle do diabetes por causa de seus efeitos sobre a diminuição da glicemia e redução dos fatores de risco cardiovascular. O exercício diminui o nível de glicose no sangue ao aumentar a captação de glicose pelos músculos corpóreos e melhorar a utilização de insulina. Também melhora a circulação e o tônus muscular. O treinamento de resistência (força) como o levantamento de peso, pode aumentar a massa muscular magra, aumentando, assim, a taxa metabólica em repouso. Esses efeitos são úteis no diabetes para perder peso, diminuir o estresse e manter uma sensação de bem-estar. O exercício físico também altera os níveis lipídicos sanguíneos, aumentando os níveis de lipoproteínas de alta densidade e diminuindo os níveis totais de colesterol e triglicerídeos. Isso é particularmente importante para a pessoa com diabetes por causa do risco aumentado de doença cardiovascular. A atividade física que é consistente e realista é benéfica para a pessoa idosa com diabetes. A aptidão física na população idosa com diabetes pode levar a menor número de doença vascular crônica e a uma melhor qualidade de vida (ADA, Physical Activity\Exercise and Diabetes Mellitus, 2003). As vantagens do exercício nessa população incluem queda na hiperglicemia, sensação geral de bem-estar e uso de calorias ingeridas, resultando na redução de peso. Como existe uma incidência aumentada de problemas cardiovasculares nos idosos, deve ser planejado um padrão de exercício gradual e consistente que não exceda à capacidade física do paciente.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Sendo o enfermeiro, o profissional habilitado para lidar com as questões biopsicossociais, é dada a importância do mesmo, ser peça fundamental nas ações que visam a manutenção da saúde. Então, vale salientar que dentro da equipe multidisciplinar ele contribui de forma significativa na elaboração de metas para o controle da patologia em questão.
É dada algumas atribuições, como por exemplo:
Fornecer informações quanto a patologia e suas formas de tratamento, bem como, incentivá-lo a aderi-los;
Orientar o paciente quanto ao autocuidado com os pés, dieta,exercícios físicos,ingesta de líquido, horário de administração de insulina, medicamentos orais; Oferecer ao portador apoio emocional frente ao diagnóstico da doença.
Orientar os familiares do diabético, quanto o apoio psicológico e auxílio em algumas circunstâncias; Incentivar a adesão ao programa hiperdia; entre outros.
O diagnóstico de enfermagem torna-se uma etapa indispensável para o cuidado com o portador, para que assim possa atingir as metas para um tratamento de qualidade.
Então, segundo Doenges (2003), determina que esses diagnósticos para os diabéticos são: Nutrição alterada menor do que as necessidades corporais, relacionada a deficiência de insulina e ingesta oral diminuída, evidenciado por ingesta alimentar inadequada e perda de peso recente; Risco para infecção, relacionado a altos níveis de glicose, função leucocitária diminuídas e alterações na circulação, evidenciado por presença de sintomas; Risco para percepção sensorial alterada, relacionado a alterações químicas endógenas, evidenciado pela presença de sinais e sintomas; Défcit de conhecimento acerca de distúrbio, prognóstico, tratamento e auto-cuidado relacionado à informação mal - interpretada e não-familiaridade com os recursos da informação, evidenciado por verbalização do problema e desenvolvimento de complicações preveníveis.
PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM
- Monitoramento dos valores laboratoriais dos eletrólitos séricos (principalmente o sódio e o potássio);
- Monitorar e anotar os níveis de glicemia do paciente, para que assim possa acompanhar o controle glicêmico, a fim de poder intervir nas horas adequadas, em caso de necessidades;
- Monitorar sinais de desidratação(taquicardia, hipotensão ortostática);
- Esquematizar junto ao paciente, números de caminhadas pela semana de 20 a 30 minutos por dia;
- Encaminhar o portador ao nutricionista afim de controlar a glicose, para que assim, possa ser criado uma dieta adequada as necessidades da qualidade de vida do mesmo;
- Programar um esquema para o horário da cada medicamento a der administrado; entre outros.
- A dieta deve ser planejada afim de controlar a glicose, proporcionando uma melhor qualidade vida;
- Orientar o paciente quanto ao autocuidado com os pés, dieta, exercícios físicos, ingesta de líquido, horário de administração de insulina, medicamentos orais;
- Fornecer informações quanto à patologia e suas formas de tratamento, bem como, incentivá-lo a aderi-los;
- Oferecer apoio emocional frente ao diagnóstico da doença.
HIPERDIA
Está implementado nos ´PSF’s de barreiras o atendimento pelo programa do hiperdia, caracterizado por um atendimento cada vez com mais eficiência, sendo implementado através do Ministério da Saúde, visando a diminuição na incidência das patologias (diabetes mellitus e hipertensão arterial).
O programa atende de forma descentralizada, a demanda espontânea conforme a procura da população. O paciente cadastrado tem o apoio de uma equipe multidisciplinar, onde atuam com a disponibilização de medicamentos e educação em saúde.
Além do cadastro, o Sistema permite o acompanhamento, a garantia do recebimento dos medicamentos prescritos, ao mesmo tempo que, a médio prazo, poderá ser definido o perfil epidemiológico desta população, e o conseqüente desencadeamento de estratégias de saúde pública que levarão à modificação do quadro atual, a melhoria da qualidade de vida dessas pessoas e a redução do custo social (DATASUS).
Segundo Ferreira e Ferreira (2009, p. 3):
O Sistema Hiperdia foi adolescer com os objetivos principais de permitir o monitoramento dos pacientes atendidos e cadastrados na rede ambulatorial do Sistema Único de Saúde (SUS) e gerar informações para aquisição, dispensação e distribuição de medicamentos, de maneira sistemática, a estes pacientes.
Criado pelo Ministério da Saúde, o Hiperdia é um sistema informatizado ao alcance dos Estados e Municípios, tendo como função, além do cadastramento, o acompanhamento, tornando seguro o recebimento das medicações prescritas, para que assim, possa ajudar a definir o perfil epidemiológico desta população acompanhada nas unidades ambulatoriais do SUS (OLIVEIRA, 2005).
Devido ao alto índice de internações hospitalares por causas das complicações mais frequentes que necessitam das internações hospitalares, o Governo Federal, através do Ministério da Saúde, estabeleceram diretrizes voltadas para o aumento da prevenção, detecção, tratamento e controle desses agravos, sendo atendidos pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
METODOLOGIA
Segundo Barros e Lehfeld (2002, p. 01), a metodologia “consiste em estudar e avaliar os vários métodos disponíveis, identificando as suas limitações ou não em nível das implicações de suas realizações”.
A presente pesquisa foi realizada na micro área do PSF IV que fica localizado no bairro vila rica, onde o público serão os diabéticos cadastrados no posto de saúde Caic, os mesmos serão convidados através de convites individuais a participar de uma palestra sobre a importância da adesão ao tratamento da diabetes, dando ênfase no tratamento não farmacológico, bem como os sinais e sintomas da patologia abordada. A palestra será administrada no auditório do colégio CAIC, localizado ao lado do posto de saúde, e será utilizado como recurso audiovisual data-show, para uma melhor compreensão do assunto a ser abordado, cartazes comdesenhos e figuras, para que possam ter melhor fixação em sua memória.
PÚBLICO-ALVO
Pacientes diabéticos cadastrados no programa do HIPERDIA no PSF IV composto por um valor aproximado de 39 hipertensos, 9 diabéticos e 9 hipertensos e diabéticos.
CRONOGRAMA
ATIVIDADE |
FEVEREIRO |
MARÇO |
ABRIL |
Pesquisa bibliográfica |
X |
X |
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Coleta de dados |
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X |
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Defesa do projeto |
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X |
RECURSOS
RECURSOS HUMANOS:
Acadêmicas: Ana Alice Silva de Melo; Juliana Coelho da Cruz e Maria Lindinalva Ninos Bastos.
RECURSOS MATERIAlS:
- 12 Vales transportes = 21,60
- 5 Cartolinas = 2,50
- 1 Lápis de cor = 6,0
- 1 Hidrocor = 12,0
- 30 Folhas A4 = 4,50
- 1 Cartucho = 10,0
RECURSOS FINANCEIROS:
Total : R$ 56,60 (cinquenta e seis reais e sessenta centavos reais).
BIBLIOGRAFIA:
BARROS, Aidil J. da S.; LEHFELD, Neide A. de S. Fundamentos de metodologia Científica. 2. ed. ampliada. São Paulo : Pearson Education do Brasil, 2002. p. 1-70.
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SMELTZER, Suzanne C., BARE, Brenda G.-Brunner e Suddarth Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. 10ª edição,vol. 2 – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.