Tratamento da Psoríase pelo Sistema Único de Saúde (SUS)

Por Danillo Alves Pereira | 18/05/2011 | Saúde

UNIVERSIDADE BRAZ CUBAS
CURSO DE FARMÁCIA



DANILLO ALVES PEREIRA






TRATAMENTO DA PSORÍASE PELO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS).















MOGI DAS CRUZES
2011
DANILLO ALVES PEREIRA ? 210.322










TRATAMENTO DA PSORÍASE PELO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS).


















MOGI DAS CRUZES, 2011
RESUMO


TRATAMENTO DA PSORÍASE PELO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS).

Psoríase uma doença inflamatória crônica da pele, que esta ligada ao sistema imunológico, fatores genéticos e ambientais, considerada não contagiosa, que acomete qualquer faixa de idade, pessoas do sexo feminino e masculino, chegando a atingir cerca de 1 a 3% da população mundial. É uma doença que acomete pele, unhas, couro cabeludo e articulações. Dependendo do local acometido a doença tem um nome especifico, temos alguns tipos de psoríase como a psoríase VULGAR, a GUTATA, INVERSA ou FLEXURAL e a ERITRODERMICA, estes tipos de psoríase vai de leve a severa, estipulando o tipo do tratamento. O Sistema Único de Saúde (SUS) criado em 1988 pela Constituicao Federal Brasileira, é considerado um dos maiores e mais completos sistema de saúde do mundo, o SUS auxilia no tratamento da psoríase, com o fornecimento de medicamentos.

Palavras- chaves: Psoríase; Tratamento; SUS; Pele.










LISTA DE FIGURAS/ ILUSTRAÇÕES


Figura 1 ? Psoriase Vulgar (em placas)...........................................................05
Figura 2 ? Psoriase Gutata...............................................................................06
Figura 3 ? Psoriase Inversa ou Flexural...........................................................06
Figura 4 ? Psoriase Eritrodermica....................................................................07
Figura 5 ? Psoriase Ungueal............................................................................08
Figura 6 ? Artrite Psoriática..............................................................................09
Figura 7 ? Psoriase em Placas Leve................................................................12
Figura 8 ? Psoriase em Placas Moderada........................................................13
Figura 9 ? Psoriase Inversa ou Flexural Severa..............................................13
Figura 10 ? Formula Molecular da Ciclosporina.............................................18
Figura 11 ? Formula Molecular do Metotrexato...............................................19
Figura 12 ? Formula Molecular da Azatioprina................................................20
Figura 13 ? Formula Molecular da Carbamazepina.........................................21
Figura 14 ? Formula Molecular da Hidroxiuréia...............................................24
Figura 15 ? Unha com Vernis fotalecedor, e outra sem..................................24
Figura 16 ? Demonstração do Aparelho de Fototerapia................................24





LISTA DE ABREVEATURA E SIGLAS

PPL Psoríase Pustulosa Localizada
SUS Sistema Único de Saúde
FIOCRUZ Fundaçao Oswaldo Cruz
INAMP Instituto Nacional de Assistencia Médica Previdência Social
INPS Instituto Nacional de Previdência Social
INSS Instituto Nacional de Seguridade Social
MDB Movimento Democrático Brasileiro
SUDS Sistema Unificado Descentralizado de Saúde
SALT Skin Associated Lymphoid Tissues
RENAME Relação Nacional de Medicamentos Essenciais
FDA Food and Drug Administration
NK Natural Killer
IL Interleucina
UV Ultravioleta
PUVA Psoraleno combinado com Ultravioleta
8-MOP 8- Metoxipsoraleno










SUMÁRIO


1. INTRODUÇÃO........................................................................................04
1.1. Formas Clinicas da Psoriase.........................................................05
1.2. Sistema Único de Saúde (SUS).................................................... 09
2. OBJETIVO..............................................................................................11
3. DESENVOLVIMENTO............................................................................12
3.1. A Psoríase e o Sistema Imunológico.............................................13
3.1.1. As Citocinas e a Pele...................................................................15
3.2. O SUS no Tratamento da Psoríase................................................16
3.2.1. Carta de Direitos..........................................................................16
3.2.2. Medicamentos fornecidos pelo SUS......................................... 17
3.2.3. Mecanismo de ação de alguns medicamentos..........................18
3.3. Tratamentos da Psoríase por via Tópica e Alternativos...............20
3.3.1 Tratamento da Unha na Psoriase Ungueal..................................23
3.3.2 Fototerapia....................................................................................24
4. CONCLUSÃO.........................................................................................25
5. REFERÊNCIAS.......................................................................................26

1. INTRODUÇÃO


A psoríase é considerada uma doença inflamatória crônica da pele, ocasionada pela descamação que não tem cura e atinge cerca de 1 e 3% da população mundial. Acomete tanto homens quanto mulheres, afetando principalmente os adultos, mas atinge qualquer faixa etária, sendo comum atingir pessoas entre 15 e 35 anos. No entanto, o aparecimento das lesões psoriáticas logo ao nascer esta relacionado à maior gravidade e antecedentes familiares (ROTTA, 2008).
Os indivíduos acometidos pela psoríase, freqüentemente, experimentam diversos tipos de emoções, como melancolia, desespero, culpa, nervosismo e até baixa estima. Muitas vezes, isso acontece devido às manchas da doença e a frustração por não saberem o porquê desenvolveram a doença ou por não ter cura. Na realidade, a psoríase pode até mesmo alterar o desenvolvimento no trabalho das pessoas afetadas (FONSECA, 1997).
A psoríase é considerada uma doença não contagiosa que apresenta diversas formas e vários níveis de severidade. Quando as articulações estão envolvidas, ela é chamada de artrite psoriática e é similar a artrite reumatóide (ALLEN, 2007).
A doença é caracterizada por anormalidades no ciclo de desenvolvimento da epiderme, levando a hiperproliferação da mesma, alteração na maturação das células cutâneas, alterações vasculares e inflamação (ARRUDA; CAMPBELL; TAKAHASHI, 2001).
Uma pele com psoríase é caracterizada pela erupção de maculopápulas circunscritas, isoladas e confluentes, avermelhadas, com escamas prateadas. Essas lesões acontecem em maior quantidade nos cotovelos, joelhos, couro cabeludo e tronco, podem acometer unhas e articulações também (ROBBINS; COTRAN, 2004).
O amadurecimento de células ou escamação de uma pele saudável acontece entre 28 e 30 dias, já de uma célula psoriática esse amadurecimento é bem mais rápido acontece em apenas 3 a 4 dias, e comprometi a camada superficial. da pele e se acumulam formando lesões em relevo e avermelhadas (ROTTA, 2008).

1.1Formas Clínicas da Psoríase.

A psoríase pode ter várias manifestações clinicas como na psoríase vulgar também conhecida como psoríase em placas (figura1), essa é a forma mais comum e ocorre em aproximadamente 90% dos pacientes. Ela aparece em qualquer superfície da pele, especialmente nos cotovelos, joelhos, tronco e unhas. Forma placas de distribuição bilateral e simétrica, com predileção por cotovelos, joelhos, couro cabeludo, região lombar e umbilical, geralmente poupando a face (MARTINS; PASCHOAL, 2006).


Figura1. Psoriase Vulgar (em placas)
Fonte: http://bemvivendopsoriase.blogspot.com/2010_10_01_archive.html

A psoríase Gutata (em gota), (figura 2), é um tipo de psoríase caracterizada por lesões pequenas (0,5 a 1,5 cm de diâmetro), geralmente pouco descamativas, localizadas em região superior de tronco e extremidades proximais dos membros e algumas vezes no couro cabeludo. Geralmente as lesões da psoríase em gota não estão cobertas por escamas e não são tão finas como as placas psoriaticas. Essa forma é características de crianças e adultos jovens, geralmente procedida de um quadro infeccioso, estreptocócico ou viral, de garganta. Ocorre regressão no período de semanas a meses, às vezes sem necessidade de tratamento (ALLEN, 2007).

Figura 2: Psoríase Gutata Fonte: http://www.psorinfo.com/psor

Com relação à psoríase Inversa ou Flexural (figura 3), é geralmente encontrada nas axilas, peito e ao redor de dobras da pele como nos órgãos genitais e nádegas. O aspecto é seco e liso mais avermelhado e inflamado, não apresenta escamas. E é facilmente irritável por atrito e suor, sendo mais comum em pacientes com excesso de peso (MARTINS; ARRUDA, 2004).


Figura 3. Psoriase Inversa ou Flexural
Fonte: http://hagatacorreia.blogspot.com/2010_10_01_archive.html

Já a psoríase Eritrodermica (figura 4), é o tipo menos comum da doença, acometendo 75% ou mais da superfície corpórea, com descamação fina, podendo levar a perda abundante de proteínas, dificuldade para a manutenção de temperatura corporal e perda excessiva de fluidos (CATHER; MENTER, 2002).


Figura 4: Psoriase Eritrodermica (acometido quase 100% do corpo)
Fonte: http://www.replicante.org/psoriase-causas-e-tratamento

A psoríase Pustular é caracterizada por lesões pustulosas estéreis sobre base eritemato-inflamatorio. Pode ser dividida em três subtipos:
? Psoriase pustular generaliza onde a surtos de febre no inicio do quadro e aparecimento súbito de erupção pustulosa disseminada, evoluindo para eritrodermia.
? Psoríase pustulosa anular é uma forma rara, na qual as lesões são anulares ou circinadas, semelhantes as do impetigo herpetiforme, que é uma forma de psoríase pustulosa da gravidez.
? Psoriase pustulosa localizada (PPL) ocorre na região palmoplantar e há comprometimento da região distal dos dedos das mãos e pés,podendo haver destruição da lamina ungueal e ate comprometimento ósseo (SAMPAIO; RIVITTI, 2001).
Já a Psoríase Ungueal (figura 5), raramente ocorre isoladamente. Está presente em 10% a 80% dos pacientes acometidos pelos diversos tipos de psoríase. Ocorre mais freqüentemente nas unhas dos dedos das mãos do que dos pés, que apresentam onicolise, depressões, hiperceratose subungueal, alterações de cor ou estrias longitudinais ou transversais (ROBBINS; COTRAN, 2004).

Figura 5: Psoriase Ungueal
Fonte: http://www.medonline.com.br/med_ed/med7/navegan7.html

E, para finalizar, a Artrite psoriatica (figura 6) que pode ser desenvolvida por 10% e 30% dos pacientes acometidos pela psoríase. Os sintomas podem incluir rigidez, dor, inchaço, sensibilidade das articulações e tecidos moles, redução dos movimentos, rigidez matutina e cansaço. As articulações que geralmente são afetadas incluem os pulsos, joelhos, tornozelos, costas, pescoço e dedos. Ela acomete igualmente homens e mulheres e geralmente ocorre entre 30 e 50 anos (ALLEN, 2007).


Figura 6. Artrite Psoriatica
Fonte: http://avidaeciencia.blogspot.com/2009_06_01_archive.html

Percebe- se assim que existem várias formas, cores, sintomas e manifestações de agentes físicos, químicos e imunológicos diferentes para que o individuo desenvolva a psoríase por isso importante conhecê-la para saber como e o que fazer para amenizar essa patologia (ROTTA, 2008).

1.2 Sistema Único de Saúde (SUS)

O Sistema Único de Saúde (SUS) é considerado um dos maiores e mais completos sistema de saúde do mundo, vai de simples atendimento laboratorial até o transplante de órgãos, além do que garante acesso integral, universal e gratuito para toda população do país (CONASS, 2003).
Em 1988 o SUS foi criado pela Constituição Federal Brasileira, a fim de dar a toda população um acesso de atendimento de saúde, mas foi em 1990 que o Sistema Único de Saúde recebeu uma de suas principais características: o controle social, ou seja, a participação da população na gestão de serviço, do SUS faz parte os centros e postos de saúde, hospitais incluindo os universitários, laboratórios, hemocentros (bancos de sangue), os serviços de Vigilância Sanitária, Vigilância Epidemiológica, Vigilância Ambiental, e também as fundações e centros de pesquisa, como a fundação FIOCRUZ- Fundação Oswaldo Cruz e o Instituto Vital Brasil (BERTONE, 2002).
Antes da criação do Sistema Único de Saúde (SUS), o Ministério da Saúde se resumia as atividades de promoção de saúde e prevenção de doenças, como por exemplo vacinação, essas realizadas universalmente, disso a assistência médica estava a cargo do Instituto Nacional de Assistência Médica Previdência Social (INAMP). O INAMP foi criado pelo regime militar em 1974, constituiu-se do desmembramento do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), sendo hoje o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS); era uma autarquia filiada ao Ministério da Previdência e Assistência Social (Ministério da Previdência Social), e tinha como finalidade prestar atendimento médico aos que contribuíam com a previdência social, ou seja, aos empregados de carteira assinada, dispunha de estabelecimento próprio, mas a grande parte do atendimento era realizado pela iniciativa privada (SOUZA, 2002).
Na década de 70, já nascia o movimento de reforma sanitária, como forma de oposição técnica e política ao regime militar, e a causa foi abraçada por outros setores das sociedades e pela oposição da época ( o Movimento Democrático Brasileiro- MDB), nessa mesma década ocorreu uma crise do financiamento da previdência social que repercutiu no INAMP. Em 1979 a previdência foi assumida pelo General João Baptista Figueiredo com a promessa de abertura política e de fato a Comissão de saúde da Câmara dos Deputados, que promoveu no período de 9 a 11 de outubro de 1979 o I Simpósio sobre Política Nacional de Saúde, contando com participações de muitos dos integrantes do movimento, conseguiu chegar a conclusões favoráveis ao mesmo; durante a década de 80 o INAMP passou por sucessivas mudanças com universalização progressiva do atendimento, se iniciava uma transição com o SUS (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000).
Em 17 de março de 1986 José Sarney, o primeiro presidente civil após a ditadura, abriu a 8ª Conferência Nacional de Saúde que foi a primeira conferência aberta a sociedade, alem disso foi muito importante para a propagação do movimento da reforma sanitária, acabou resultando na implantação do Sistema Unificado Descentralizado de Saúde (SUDS), um convenio entre os INAMPs e os governos estaduais, com isso formou-se bases para seção "Da Saúde" da Constituição brasileira de 5 de outubro de 1988, essa foi um marco na historia da saúde publica brasileira, pois definiu a saúde como "direito de todos e dever do Estado". Assim a implantação do SUS foi realizada e forma gradual, primeiro veio o SUDS, depois a incorporação do INAMP ao Ministério da Saúde em 7 de março de 1990, e por fim a Lei Orgânica da Saúde (Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990) que (dispõem sobre as condições para a promoção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências), fundando assim o SUS e poucos meses depois foi lançada a (Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990) que (dispõem sobre a participação da comunidade da gestão do Sistema Único de Saúde- SUS, e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros da área de saúde e dá outras providências) (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000).


2. OBJETIVO


Esse trabalho tem como objetivo, orientar as pessoas sobre as causas e conseqüências da psoríase, e tratamento que o Sistema Único de Saúde oferece a população.






































3. DESENVOLVIMENTO


Um conjunto de fatores genéticos, imunológicos e ambientais tem que ocorrer para desenvolvimento da psoriase, essa, por sua vez, é uma patologia que pode ser classificada em três categorias diferentes, dentre os diversos tipos de psoríase, indo do leve, passando pela moderada e chegando a severa, sendo muito importante saber classificá-las para que assim saber qual melhor tratamento (AZULAY, 2004).
A psoríase classificada como leve (figura 7), ocorre entre 75 e 80% dos pacientes acometidos pela psoríase. E envolve menos que 2% do corpo e geralmente ocorre como manchas isoladas nos joelhos, cotovelos, couro cabeludo, mãos e pés. O tratamento freqüentemente inclui produtos de uso tópico, como hidratantes e medicamentos na forma de cremes, pomadas e xampus, que são, geralmente, suficientes para o controle dos sintomas. A psoríase moderada (figura 8), afeta entre 2 e 10% da superfície corpórea e envolve os braços, pernas, busto, couro cabeludo e outras áreas. O tratamento é realizado com medicamentos tópicos, fototerapia e medicamentos de uso oral (COSTA; MACHADO; SELORES, 2005).
E chamada de psoríase severa (figura 9) é aquela que envolve mais de 10% do corpo que pode ser coberto com placas psoriaticas ou pústulas ou alastramento da psoríase eritrodérmica. Os pacientes que apresentam esta categoria de psoríase tendem a desenvolver artrite psoriatica. O tratamento inclui fototerapia, medicação oral ou uma combinação. A severidade da psoríase pode ser agravada por lesões e irritação da pele, exposição solar, estresse e ansiedade, alguns medicamentos, infecções e dieta (GULBENRIAN, 2006).


Figura 7: Psoriase em placas leve Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php.pid


Figura 8: Psoriase em placas moderada Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php.pid


Figura 9: Psoriase inversa ou flexural severa Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php.pid

3.1 A Psoríase e o Sistema Imunológico

A psoríase é uma doença imunológica, o sistema de defesa é dividido em sistema inato e sistema adaptativo ou adquirido e funciona de modo integrado e coordenado, sendo assim para que todos os eventos ocorram de maneira sincrônica; existe uma rede de comunicação inter e intracelular. As respostas inatas são inespecíficas, desprovidas de memória e são decorrentes de barreiras físicas e/ou químicas naturais como a pele, mucosas intactas e enzimas. O sistema adaptativo pode ser recrutado através da liberação de citocinas e da apresentação antigênica pelas células apresentadoras de antígenos, que potencializam as defesas do hospedeiro. Esse sistema é caracterizado pela presença de células de memória capazes de reconhecer os agentes agressores a cada novo contato com os antígenos produzindo assim respostas mais rápidas e eficazes, as células que atuam no sistema adaptativo são os linfócitos T e B e as células de Langerhans na pele, que são as células apresentadoras de antígenos. Além dessas células, diversas moléculas estão envolvidas no desenvolvimento e manutenção da resposta imune, as citocinas e os anticorpos produzidos pelos linfócitos, além de algumas proteínas presentes no soro, conhecida como proteínas de fase aguda, como, por exemplo, a proteína C-reativa. Esta, por sua vez, é produzida no fígado e exerce efeitos no sistema imune, incluindo a ativação do sistema complemento (CATHER; MENTER, 2002).
Os primeiros indícios da participação imunológica na psoríase ocorreram com os pacientes psoriaticos que receberam transplante de órgãos. Para prevenir a rejeição ao transplante esses pacientes receberam a administração de ciclosporina, um agente imunossupressor e inibidor da proliferação e atividade de células T. Estes pacientes apresentaram melhora significativa das manifestações cutâneas da psoríase, com esse fato sugeriu o envolvimento das células T no desencadeamento e manutenção da doença. Posteriormente, em experimentos laboratoriais, ao se injetarem células T ativadas de uma lesão de psoríase num modelo animal com imunodeficiência, constatou- se que havia naquela pele indução da doença. Ensaios clínicos com uma toxina chamada Diftitox- denileucina, que age contra linfócitos T ativados, demonstraram melhora das lesões de psoríase (KRUEGER, 2002).
Entretanto, a doença só se expressa clinicamente se uma reação imunológica induzida por linfócitos T se desenvolver na pele dos pacientes. Os antígenos da psoríase ainda não são conhecidos, mas o papel das infecções bacterianas no desenvolvimento da psoríase na infância sugere que antígenos ambientais possam induzir resposta imunitária capaz de gerar lesões psoriaticas. O estresse em sentido amplo (psicológico, físico, cirúrgico) é um fator agravante ou desencadeante assim, como certos medicamentos (lítio, beta-bloqueadores, antiinflamatórios não hormonais, os antimaláricos) (ROTTA, 2008).
O exame histológico da placa de psoríase demonstra alterações como o espessamento da epiderme, infiltrado inflamatório linfocítico e vasodilatação (MARTINS; ARRUDA, 2004)
Por ser uma doença inflamatória crônica que mediada, pelo menos em parte, por alterações imunológicas; o processo inflamatório e suas conseqüências, como a proliferação acentuada da epiderme, estão fortemente relacionados à ação das citocinas, grupo de pequenas proteínas, peptídeos ou glicoproteinas, são liberadas por muitas células alem daquelas do sistema imunológico, envolvidas na resposta imune inata e na adquirida. Uma característica importante das citocinas é que diversas delas podem ter ações semelhantes e outra característica é que raramente são produzidas ou agem isodaladamente. Assim, a ação das citocinas implica numa rede complexa de moléculas cuja ação interfere na produção e/ou resposta de outras (ARRUDA; YPIRANGA; MARTINS, 2004).
A ligação das citocinas as células ocorre atraves de receptores de superfície, após essa ligação das citocinas aos receptores, ocorre a indução de uma cascata de eventos que causa inibição ou ativação da transcrição de genes controlados por elas. As células podem responder a ação das citocinas de diversas formas: proliferação e diferenciação, inibição do crescimento, apoptose, quimiotaxia (migração orientada das células), quimiocinese (migração aleatória das células), resistência a infecção viral, na promoção de adesão intercelular e regulação da adesão a matriz extracelular (KOOGAN, 2006).

3.1.1 As Citocinas e a Pele

A pele tem uma participação muito importante no sistema imune do organismo. O termo SALT (Skin Associated Lymphoid Tissues) é utilizado para caracterizar este órgão de defesa, constituído na epiderme pelas células de Langerhans (células que apresentam antígenos), queratinócitos e linfócitos T migratórios epidermotopicos e, na derme, pelas células do endotélio vascular e ainda pelos linfócitos periféricos relacionados á pele (KUPPER, 2003).
Os queratinócitos alem de manter a integridade da pele, sintetizam uma grande quantidade de citocinas. Vários estímulos inespecíficos são capazes de induzir a produção de citocinas pelos queratinócitos: entre eles estão os agentes químicos, luz ultravioleta, agente indutores de tumores ou produtos bacterianos. Os queratinócitos são capazes de produzir interleucinas, fatores de crescimento, fatores estimuladores de colônia e quimicinas. Essas citocinas regulam a resposta imune e inflamatória agindo em receptores localizados nos próprios ceratinócitos, nas células de Langerhans, fibroblastos dérmicos, células endoteliais e linfócitos T que migram para a pele. As células do endotélio vascular, localizados na derme, expressam moléculas de adesão que capturam os linfócitos T circulantes e os auxiliam na migração para o tecido (ROBBINS; COTRAN, 2004).

3.2. O SUS no Tratamento da Psoriase

O Ministério da Saúde desenvolve ações por meio de parcerias ou diretamente com os Estados e Municípios para compra e distribuição de medicamentos, isso vai dos medicamentos da assistência farmacêutica básica, medicamentos estratégicos, medicamentos para saúde mental e os chamados excepcionais, que são aqueles necessários para o tratamento específico de determinadas doenças, como diabetes, hipertensão arterial, hanseníase, psoríase, malaria e aqueles de alto custo e de uso controlados. O Sistema Único de Saúde, fornece medicamentos a população gratuitamente, está na constituição: Todo cidadão brasileiro tem direito a saúde. Mais o que grande parte da população não sabe é que nesse direito também inclui, além do atendimento médico e hospitalar, os medicamentos, gratuitamente (CONASS, 2003).

3.2.1. Carta de Direitos

A "Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde" traz informações, para que o cidadão conheça e use seus direitos na hora de procurar atendimento de saúde, nela esta descrito os seis princípios básicos de cidadania que assegura a população brasileira o ingresso digno nos sistemas de saúde, seja ele público ou privado. A Carta é uma ferramenta muito importante para que o cidadão conheça seus direitos e, assim, ajude o Brasil a ter um sistema de saúde mais efetivo (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000).
Principios da Carta:
1. Todo cidadão tem direito ao acesso ordenado e organizado aos sistemas de saúde.
2. Todo cidadão tem direito a tratamento adequado e efetivo para seu problema.
3. Todo cidadão tem direito ao atendimento humanizado, acolhedor e livre de qualquer discriminação.
4. Todo cidadão tem direito a atendimento que respeite sua pessoa, seus valores e seus direitos.
5. Todo cidadão também tem responsabilidades para que seu tratamento aconteça da forma adequada.
6. Todo cidadão tem direito ao comprometimento dos gestores da saúde para que os princípios anteriores sejam cumpridos.

3.2.2. Medicamentos fornecidos pelo SUS.

O SUS com os projetos e o intuito de proporcionar saúde a toda população brasileira, fornece de graça medicamentos para diversos tratamentos, o tratamento da psoríase se inclui nesse projeto, o Ministério da Saúde estabeleceu mecanismos que permitem a continua atualização da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME), que serve de instrumento para elaboração das listas estaduais e municipais, para a orientação da prescrição médica, para o direcionamento das produções farmacêutica e para o desenvolvimento cientifico e tecnológico, ajudando na assistência farmacêutica e distribuição dos medicamentos pelo SUS. A lista de medicamentos fornecidos pelo SUS é muito grande, afim de suprir as necessidades da população, os medicamentos usado no tratamento da psoríase são: ACIDO SALICILICO, METOTREXATO, CICLOSPORINA, CARBAMAZEPINA, AZATIOPRINA, HIDROXIURÉIA. Outros medicamentos também ajudam no tratamento da psoríase eles são: EFALIZUMAB, ETANERCEPT, INFLIXIMAB e o TACROLIMO, esse o SUS não fornece (SOUZA, 2002).





3.2.3. Mecanismo de ação de alguns medicamentos



Ciclosporina:

Figura 10: Forma Molecurar da Ciclosporina Fonte: http://www.netdrugs.info.

A Ciclosporina que é um medicamento usado na prevenção a rejeicão de órgãos transplantados, no tratamento da psoríase só foi aprovada pela FDA em 1998, após resultados obtidos no tratamento da artrite reumatóide e da doença de Crohn. Com os avanços na elucidação dos mecanismo etiopatogênicos da psoríase, principalmente após o inicio do uso da ciclosporina, as alterações imunológicas da doença começaram a ser estudadas. Assim, a hiperproliferação celular, que era aceita como causa da doença, passou ase compreendida como conseqüência do processo inflamatório, mediado por células T, atua inibindo os linfócitos T auxiliares (CD4) ativados, impedindo a produção de IL-2 e outras linfoquinas (VICTOR; GOTTLIEB, 2002).

Metotrexato:

Figura 11: Formula Molecular do Metotrexato. Fonte: http://www.netdrugs.info.

O Metotrexato é um fármaco antagonista do ácido fólico e atua sobre a hiperproliferação celular. Embora disponível desde 1948, foi introduzido como agente antipsoriático em 1958 e está aprovado pelo FDA (Food and Drug Administration) com essa indicação desde 1971. O fármaco inibe de maneira competitiva a atividade da enzima diidrofolato- redutase, sendo considerado um quimioterápico específico da fase de síntese do ciclo celular. Sua ação é mais marcante sobre populações celulares em fase de crescimento exponencial, o que explica o efeito seletivo sbre células tumorais e ação sobre tecidos em proliferação. Foi originalmente utilizado no tratamento da psoríase devido a seu efeito nos queratinócitos em rápida divisão, propriedades imunomoduladoras freando a produção de IL- 1 e diminuindo a densidade de células de Langherans na epiderme, há indícios também de sua atuação sobre as células apresentadoras de antígeno (BOURNERIAS; CHOSIDOW, 1994).

Azatioprina:

Figura 12: Formula Molecular da Azatioprina. Fonte: http://www.netdrugs.info.

A Azatioprina é um agente imunossupressor que constitui a base para prevenção da rejeição de enxerto após transplantes, é também usado no tratamento da psoriase , age inibindo preferencialmente as células T e diminuindo no número de NK (Natural Killer) (VICTOR; GOTTLIEB, 2002).







Carbamazepina:

Figura 13: Formula Molecular Carbamazepina. Fonte: http://www.netdrugs.info.

A Cabamazepina é um fármaco que bloqueia os canais de sódio e inibe os disparos repetitivos dos neurônios, atua também pré- sinapticamente diminuindo a transmissão do impulso nervoso. Recentemente sugerem que podem potencializar os efeitos pós- sinápticos do GABA (VICTOR; GOTTLIEB, 2002).

Hidroxiuréia:

Figura 14: Formula Estrutural da Hidroxiuréia. Fonte: http://www.netdrugs.info.

A Hidroxiuréia é um antimetabolito que tem sido usado para o tratamento da psoríase há três décadas. O mecanismo preciso da hidroxiuréia ainda não é muito bem entendido, mas acreditá- se que atua inibindo a síntese de DNA sem interferência na síntese de ácido ribonucléicos ou de proteínas (VICTOR; GOTTLIEB, 2002).





3.3. Tratamentos da Psoríase por Via Tópica e Alternativos

Uma seleção adequada da terapia, combinada com a adesão do paciente, freqüentemente proporcionara um resultado satisfatório em um breve espaço de tempo (ALLEN, 2007).
A avaliação do risco/beneficio é muito importante quando se determina o tratamento a ser utilizado e os fatores patogênicos envolvidos. É importante permitir que o paciente exerça suas funções em todos os aspectos de sua vida e mantenha uma boa saúde física e emocional. O método de tratamento por via tópica em muitos pacientes é suficiente para manter a psoríase controlada (KOOGAN, 2006).
A terapia tópica pode incluir a fototerapia, a utilização de banhos e formulações hidratantes, a administração tópica de ácido salicílico, antralina, enxofre, coaltar, tracolimo, corticosteróides, entra outros. Creme e pomadas hidratantes que contem componentes oleosos ou emolientes auxiliam na hidratação da pele e reduzem a descamação e a irritação, eles são utilizados regularmente e por longos períodos de tempo. Outros tratamentos, denominadas banhos, são desenvolvidas para serem adicionadas a água do banho, no intuito de também aliviar as coceiras e diminuir as escamações da pele. Em geral, consistem de componentes oleosos e agentes tranquilizantes (óleo e lavanda),emulsionados com o auxilio de um surfactante, o importante é deixar a pele sempre limpa ao redor das áreas acometida pela doença no intuito de evitar infecções. Molhar sempre a pele, ou seja tomar banho, ficar em uma banheira, nadar ou aplicar compressas úmidas podem ajudar a hidratar a pele que devido a doença se encontrará ressecada, ajudando a amolecer e remover essa camada mais seca da pele, já que essas escamas podem agir como barreiras aos medicamentos no tratamento tópico e aos raios ultravioleta no tratamento de fototerapia. Essa remoção deve ser feita cuidadosamente para não agredir a pele, deve ser removido o Maximo de crosta possível. Embora molhar a pele ajuda no tratamento, ao secar a pele com freqüência, acaba removendo também óleos da pele, sua proteção natural contra a perda de umidade. Por esse motivo para se obter benefícios, a pele não deve ser secada demais, procure umedecê- la com emolientes logo após molhá- La, a água deve ser morna pois a água quente pode irritar ainda mais a pele (CATHER; MENTER, 2002).
Uma boa escolha são os hidratantes, a pele seca pode rachar, sangrar e infeccionar, alem de da um aspecto feio, a hidrataçao não ajuda somente a previnir a pele seca, mais também na prevenção da inflamação, ajuda na elasticidade da mesma e deixando as crostas das plascas da doença menos visíveis. Os hidratantes mais pastosos funcionam melhor como barreira contra água na pele, os hidratantes mais cremosos são eficazes. Também temos a babosa ou ( aloe vera), o gel de aloe vera a muito tempo é conhecido por suas propriedades calmantes na pele e por ajudar na cicatrizaçao de pequenas feridas e queimaduras. Se optar pelo tratamento com babosa, compre a planta, corte uma das folhas abertas e passe o gel sobre as placas, isso pode ajudar a aliviar as coceiras e diminuir nas escamações. Tambem pode ser encontrado gel de aloe vera puro em muitas farmácias e lojas de produtos naturais (ALLEN, 2007).
O vinagre cidra é conhecido por ajudar no alivio de pequenas queimaduras e outras inflamações da pele, além de ser um desinfetante, pode ser aplicado com um algodão úmido diretamente nas placas, e por ser liquido, é excelente as unhas afetadas de molho (apenas despeje um pouco em uma vasilha, e mergulhe a unha por alguns minutos) (PETERS; WEISSMAN; GILL, 2000).
O alcatrão da hulha, também conhecido como coaltar, possui ação antipriginos, antiproliferativa e antiinflamatória e tem demonstrado efetividade no tratamento da psoríase, pode ser usado isoladamente ou em combinação com outros fármacos ou com a fototerapia. O uso das formulações contendo o coaltar é limitado por algumas desvantagens, seu forte odor e a sujeira que causam. São aplicados geralmente antes de dormir, permanecendo sobre a pele por tempo suficiente para a secagem do mesmo, e então removido com um banho pela manhã, como alternativa, eles podem ser aplicados pela manhã, permanecendo por 10- 15 minutos, e então retirados com banho (ALLEN, 2007).
Os médicos sabem que cobrir lesões psoriaticas ajuda na eleminaçao da mesma, isso também ajuda os medicamentos a terem efeito na pele, pois permanecem em contato com a lesão por um tempo maior, pode ser usado um protetor plástico comum, ou pode comprar emplastos especiais. Aplicar o medicamento prescrito. Aconselha- se a não deixar o protetor por muito tempo, pois a pele fica encharcada. Se precisar de instruções especificas, consulte seu médico. Procure usar sabonetes suave, muitos deles que contem hidratantes, estão disponíveis, também tem a opção de limpadores sem sabão, se sua pele já estiver seca e irritada. Qualquer duvida sobre qual a escolha a se fazer peça recomendações ao médico ou farmacêutico, independente da escolha, procure enxaguar bem e, em seguida, aplicar um hidratante para evitar a coceira e o ressecamento (ALLEN, 2007).

3.3.1. Tratamento da Unha na Psoriase Ungueal

O tratamento da Psoriase Ungueal além de ser administrado medicamentos sistêmicos, pode ser um tratamento usado diretamente na unha, como o uso do vinagre cidra citado no texto acima. A psoríase nas unhas pode causar muitos "embaraços", pricipalmente se a profissão implica em lidar com o público. É difícil tratar das unhas que ficaram fracas por causa da doença, é prefirivel manter as unhas curtas, pois podem ficar presas em algo, e descolarem do sabugo com mais facilidade, aumentando o risco de trauma, também as unhas compridas são mais vulneráveis as infecções. O melhor a se fazer é manter as unhas o mais seca possível, uma vez que a umidade aumenta o risco de infecção. Os germes podem ser transferidos de outra parte do corpo através do ato de coçar. Deve- se usar luvas de borracha ou de vinil quando for o caso de se trabalhar em contato com a água, se algo entrar debaixo da unha, o certo e retirar imediatamente usando algo macio, e não um objeto metálico ponteagudo, após lavar as mãos, deve secar minuciosamenteas extremidades dos dedos com uma toalha de papel para absorver a umidade que pode estar entre as unhas, é preciso ter cuidado com a cutícula, prestando extrema atenção as extremidades das unhas, especialmente as dos pés, ua vez que essas podem introduzir na pele causando uma inflamação (conhecido como encravamento da unha), no caso de estética, em uma suposta tentativa de se evitar constrangimentos, pode ser usado uma base de verniz fortalecedora, com intuito de preencher as depressões na superfície da unha (figura10), e pintar com um verniz de cor por cima, após a redução do agravamento da doença, pode ate usar uma unha postiça, enquanto espera o crescimento da mesma, as unhas não podem ser limadas (PETERS; WEISSMAN; GILL, 2000).


Figura 15: Unha com verniz fortalecedor, e outra sem Fonte: http://bemvivendopsoriase.blogspot.com

3.3.2. Fototerapia

A Fototerapia consiste na utilização da luz ultravioleta (figura 11), sendo que algumas das fontes artificiais de luz UVB são similares a luz solar. Novas fontes de luz para fototerapia são mais benéficas para o tratamento da psoríase pois emitem uma parte do espectro de luz UV, as chamadas bandas curtas de UVB, uma grande inovação no tratamento da doença foi feita com a introdução de Puva (psoraleno combinado com UVA). Esse tratamento envolve a ingestao de 8- metoxipsoraleno (8-MOP) que, dependendo da formulação usada, leva de 1 a 3 horas para alcançar níveis de pico na pele. E administrado o 8-MOP mais ou menos 2 horas antes da irradiação com UVA (LEBWOHL; ALI, 2001).


Figura 16: Demonstração do aparelho de fototerapia Fonte: http://www.dermatobrasilia.com.br
4. CONCLUSÃO


Conclui- se que a psoríase é uma doença inflamatória crônica não contagosa da pele que não tem cura, atinge cerca de 3% da população mundial, sendo tanto do sexo masculino como do sexo feminino, a doença acomete qualquer faixa etária, mais é comum atingir pessoas entre 15 e 35 anos, devido ao um maior contato com "estresse", a doença tem haver com a hiperproliferação da epiderme, ou seja, a multiplicação das células desenfreadamente, acumulando- se na derme, ocasionando lesões em relevo e avermelhadas, essas lesões também podem ser ressecadas. Essas pessoas acometidas com a psoríase são descriminadas ou se sente assim por conta da doença ser descamativa, deixando a pele com uma aparência muito feia, ajudando no agravamento da mesma devido a baixa estima.
O Sistema Único de Saúde (SUS), que é considerado um dos maiores e mais completos sistema de saúde do mundo, criado em 1988 pela Constituiçao Federal Brasileira, tem projetos na inclusão do direito de todo cidadão a saúde, com isso o SUS fornece tratamento e medicamento de graça a toda população brasileira, com a psoríase não é diferente, basta o paciente passar em uma consulta com o médico, os medicamentos fornecidos funcionam, e ajudam na melhora e controle da doença, no entanto, não são todos os portadores que possuem resultados efetivos no uso dessas medicações; se o paciente quiser fazer uso de alguma medicação não padronizada pelo ministério da Saúde, o mesmo deve recorrer a justiça para conseguir gratuitamente, processso esse demorado, o que pode ser negativo em termos de evolução para a patologia. Alem desses tratamentos, existem os tratamentos chamados de "tratamentos alternativos", esses também ajudam no controle e tratamento da doença, em alguns casos a alimentação ajuda também no controle da psoríase.
O governo deveria fazer campanhas e divulgação sobre a doença e seus tratamentos, principalmente dando ênfase no dia nacional da psoríase, dia 29 de outubro, nesse dia o ideal seria ideal ter distribuição de folhetos explicativos sobre a doença, suas manifestações, tratamentos e como identificar a doença, além de divugações nos jornais, rádios, e televisão.
5. REFERÊNCIAS


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