TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE TDAH

Por REGIANE RIOS DE ALMEIDA | 31/01/2018 | Educação

1. TEMA:

        Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade TDAH.

2.  DELIMITAÇÃO DE TEMA:

              As dificuldades que uma criança portadora da TDAH enfrenta ao entrar em uma escola quando os profissionais da educação não são capacitados, e o preconceito enfrentado.

 3. OBJETIVO GERAL

Reconhecer a hiperatividade, a desatenção e a impulsividade com sintomas de um transtorno, e que o professor obtenha conhecimentos básicos, parta melhor orientar quanto ao ensino aprendizagem

4. OBJETIVOS ESPECIFICOS

     ─ Investigar a maneira como os docentes resolvem situações de conflito interpessoal na sala de aula.

       ─ Estruturar seu autoconhecimento, desenvolvendo seu campo perceptivo.

   ─ Oferecer uma educação de qualidade, desenvolvendo a independência e a organização.

          5. PROBLEMATIZAÇÃO

             Quais as estratégias pedagógicas ou medidas que os docentes utilizam na pratica pedagógica? Quais dificuldades, enfrentadas por uma criança da pré escola que tem Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) na escola municipal Ovídio Miranda de Brito em Pontes e Lacerda MT.

      6. HIPÓTESE

              As intervenções escolares devem ter como foco o desempenho escolar. Nesse sentido, idealmente, as professoras devem ser orientadas para a necessidade de uma sala de aula bem estruturada com rotinas diárias consistentes e ambientes escolares previsíveis. Dessa forma o resultado ajuda as crianças a manter o controle emocional.

7. JUSTIFICATIVA

          Com a elaboração deste projeto de pesquisa observei que muitos alunos que apresentam TDAH são crianças condenadas ao fracasso antes mesmo de esgotarem todas as possibilidades possíveis. Ao se propor o presente projeto, acreditei que de alguma forma poderia contribuir para a superação das dificuldades de aprendizagem desta aluna que não conseguem apreenderas habilidades necessárias para o domínio.

"Ele deve variar a cada momento suas estratégias não somente porque cada sujeito, mas ainda porque ele mesmo deve aprender, no processo numa permanência crítica de seus procedimentos, como interagir com esse sujeito idêntico somente a si mesmo”. (Coudry.2001, p.77).

          Cabe ao professor regente da sala de aula procurar resposta, estudar constantemente, dedicar-se, compreender o aluno, conhecendo também a história familiar do educando que é o ponto essencial do resultado deste projeto, cuja construção resultará necessariamente numa nova aprendizagem.

       8. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA               

          O transtorno de Déficit de atenção e hiperatividade é um dos mais frequentes distúrbios que ocorrem em crianças. A hiperatividade é uma deficiência neurobiológica de origem genética é um descontrole motor acentuado, que faz com que a criança tenha movimentos bruscos e inadequados, mudanças de humor e instabilidade afetiva. Não existe uma única forma de TDAH e com o tempo pode sofrer alterações imprevisíveis. Afeta a criança na escola, em casa e na comunidade em geral, muitas vezes, prejudicando seu relacionamento com professores, colegas e familiares. Este transtorno segundo Rohde & Benczik (1999) apresenta três características básicas: desatenção, a agitação e impulsividade. A criança com TDAH tem dificuldade de concentrar, esquece seus compromissos, perde ou esquece objetos, tem dificuldade em seguir instruções em se organizar, fala excessivamente, interrompe, não consegue esperar sua vez, respondendo a perguntas antes mesmo de serem formuladas.

   {...} algumas crianças, entretanto, podem apresentar sintomas de hiperatividade como resultado da ansiedade, frustração, depressão ou de uma criação imprópria. (Sam Goldstein-Michael Goldstein).

Pode ser conhecido como TDAH – transtorno do déficit de atenção com hiperatividade ou DDA – distúrbio do déficit de atenção. Em inglês poderá ser identificado por ADD, ADHD, ou AD/DH. O TDAH é um transtorno neurobiológico que atinge várias partes do cérebro, geralmente causa falta de atenção, desinteresse, inquietude, impulsividade. Estudos científicos apontam que a área mais atingida por esse transtorno é a região frontal e suas ligações com o resto do cérebro.

8.1 COMO SE DESENVOLVE O TDAH

Existem pesquisas por todo mundo, onde procuram saber a causa do desenvolvimento de TDHA, as apontaram que a hereditariedade é uma das causas que podem fazer com que a criança desenvolva esse transtorno. Outras causas como o que é ingerido durante a gravidez, sofrimento fetal, problemas familiares, e até mesmo a exposição ao chumbo poderá causar no bebê a probabilidade maior de desenvolver esse transtorno. O TDAH- transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é uma síndrome (conjuntos de sintomas) caracterizada por distração, agitação hiperatividade, impulsividade, esquecimento desorganização, adiamento crônico entre outras. O TDAH é um transtorno de “base orgânica”, associado a uma disfunção em áreas do córtex cerebral, conhecida como lobo Pré- Frontal. Quando seu funcionamento está comprometido, ocorrem dificuldades com concentração, memória, hiperatividade e impulsividade, normalmente, em atividades como estudos, leitura ou outras que exijam concentração.

{...} Este transtorno é considerado uma doença relacionada à essência de produção de determinada neurotransmissores que são substancia produzidas em maior ou menor quantidade no sistema nervoso central e regula o funcionamento do mesmo. (Dr.Dinizar de Araújo Filho-2003

Estudos cada vez mais aprofundados e específicos sobre o TDAH desvendam novas técnicas de enfrentamento para esta problemática, novos recursos psicoterapêuticos e medicamentos, com a finalidade de que haja uma diminuição da interferência que os sintomas do TDAH causam na vida da pessoa, fazendo com que esta consiga aumentar a concentração e controlar a hiperatividade e a impulsividade. Recursos estes se tornam especialmente necessários para as crianças do período pré- escolar e ensino fundamental, onde a desatenção e a impulsividade comprometem além do processo de aprendizagem, os relacionamentos e a autoestima. A falta de informações, conhecimento e compreensão que envolve o processo escolar são grandes obstáculos que a criança enfrenta neste período juntamente com as características do transtorno, fazendo com que professores colegas e pais considerem o comportamento desta criança como sendo rebelde e desinteressado, tendo para com ela um tratamento preconceitos.

8.2 AS DIFICULDADES ESCOLARES

As dificuldades escolares é uma queixa frequente de pais e professores de crianças com TDAH. É por este motivo que os pais normalmente recorrem com veemência a neuropediatras, psicólogos e psicopedagogos. De acordo com dados estatísticos, a dificuldades escolares está entre as sete queixas mais frequentes. Para o SAEB, (Sistema Nacional da Educação Básica), o desempenho escolar depende de diferentes fatores: características da escola (físicas, pedagógicas, qualificação do professor), da família (nível de escolaridade dos pais, presença dos pais, interação dos pais com escola e deveres) e do próprio indivíduo (saúde mental, visual, auditiva, nutricional, etc.) Somado a esses e outros fatores, tem- se discutido muito o problema das crianças portadoras de TDAH, considerando que sua atividade motora e mental é inadequada, excessiva e muitas vezes denominada erroneamente, como

Agitação ou inquietação por vontade própria. OS pais que ainda não perceberam ou não aceitaram que o filho possui o transtorno de hiperatividade e/ou déficit de atenção, ao ingressar o filho na escola, sentirão a necessidade de se integrar dessa problemática, mais precisamente na fase de alfabetização e daí para frente. Ou porque a conduta “arteira” não é bem-vinda, ou porque as notas não vão muito bem. A prevalência do déficit de atenção e hiperatividade está 3% e 5% em crianças em idade escolar e costuma ser mais comum em meninos do que em meninas. É considerada uma das patologias psiquiátricas mais frequentes nesse grupo etário, devendo ser assistida por profissionais experientes nas áreas de neuropediatra, psiquiatria ou interdisciplinares.

8.3 DIFICULDADE NA APRENDIZAGEM ESCOLAR.

As crianças com TDAH apresentam maior dificuldade para aprendizagem e problemas de desempenho em testes e funcionamento cognitivo em relação aos seus colegas, principalmente por dificuldades nas suas habilidades organizadas, capacidades de linguagem expressiva e ou controle motor fino ou grosso. O funcionamento intelectual dessas crianças não difere das outras, o transtorno parece não afetar as capacidades cognitivas gerais, o TDAH não está relacionado à falta de capacidade, mas a um déficit de desempenho. A maioria das crianças portadora desse transtorno tem desempenho É preciso que os professores conhecem um pouco sobre o TDAH, para não criarem barreiras em relação ao aluno e tentarem dar uma maior atenção a quem possui o transtorno. Estudar em turmas pequenas, sentar próximo ao quadro e ao professor, sala com poucos detalhes que possam dispersar a atenção, permissão especial para ter mais tempo de fazer as tarefas sem punições, são algumas dicas que podem ajudar muito essa criança.

{...} a reabilitação daquelas crianças cujo diagnostico cuidadoso afirma a configuração de um quadro de T.D.A. H; pode ser vista sob novas perspectivas, entende-se que a atenção e o controle voluntário do compromisso não se limitam, ás determinações biológicas, destaca-se a utilização tanto da linguagem quanto da medicação de outros signos, visando auxiliar no desenvolvimento dessas funções psicológicas. Com isso pretende-se que a criança adquira maior consciência de seu próprio comportamento. (Eidt,2004)

A criança com TDAH deve aprender aos poucos, e aplicar em seu dia a dia mais eficácia, ou seja, não apenas focar um processo ligado à tarefa, mas chegar a um resultado satisfatório, do que eficiência (aplicar muita energia, tempo, dedicação e empenho para a realização de uma determinada tarefa). Essa criança provavelmente realizará tarefas que proporcionam desafios e emoções, mesmo que seja exaustiva, em condições muito melhores do que tarefas que lhe exijam concentração e tempo.

8.4 O TRATAMENTO

A abordagem mais tradicionalista do tratamento do TDAH defendia que a primeira linha de ação deveria ser medicamentosa e que qualquer outro tratamento seria apenas acessório. Esta visão já foi superada, na medida em que foi ficando cada vez mais claro que o TDAH não é apenas uma disfunção cerebral. Justamente por isto, tratamentos exclusivamente medicamentosos são insuficientes para chegar aos resultados esperados, tanto em crianças quanto em adultos.

9. METODOLOGIA

Para desenvolver a pesquisa e alcançar os objetivos propostos será desenvolvido pesquisa bibliográfica onde será abordada a importância do estudo, pois o temaTDAH é significativo para contribuir com os profissionais da ´área da educação. O embasamento metodológico deste trabalho se deu através de referenciais Bibliográfica de pesquisa qualitativa descritiva, analisando os vários fatores que podem influir nas dificuldades de aprendizagem dos alunos com TDAH, objetivando melhor compreensão e proximidade com o assunto e buscando soluções para o mesmo. Este trabalho constitui-se em um estudo sobre vários aspectos desse transtorno, viabilizando uma maior compreensão dos sintomas apresentado uma proposta para a educação de crianças com TDAH e atividades que poderão ajuda- lás para que seja integrada na escola, alertando da necessidade do conhecimento sobre o assunto por parte dos educadores.

REFERÊNCIAS

BEAUCLAIR, João. Ensinagens e aprendências no espaço-tempo da escola contemporânea. Revista ABCEducatio, ano 6, número 5º, outubro de 2005. Editora Criarp, São Paulo.

Brasil. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado, 1988.

BRASIL. Senado

 Federal. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: n º 9394/96. Brasília: 1996.

Dinâmicas: 200 Dinâmicas em Grupos. Disponível em: https://espacoeducar-liza.blogspot.com.br/2009/06/dinamicas-de-a-z.html acessado em 16 de Agosto de 2016.

Oficinas Psicopedagógicas e Subjetividade: movimentos de vida situados no ser e no saber.

Disponível em:https://www.psicopedagogia.com.br/new1_artigo.asp?entrID=792#.U1bYe_ldVkU 16 de Agosto de 2016.

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