Transe
Por Walmir Barros | 15/10/2012 | Poesias
Sou liberdade
dos poros a alma
Paz agressiva
Violência passiva
E tudo aquilo
que não compreendo
na busca hermética
de uma explicação
Sou a complexidade
da contradição
Acompanhada desse gosto
imenso de ser eu...
Pequeno, grande
rebelde e tenso
O que compenso
no encontro de minhas
complicadas verdades
Essas complicadas verdades
que têm um corte de mentira
ao meio
Eu e os meus devaneios
Sou possesso... exorcista
anárquico... existencialista
que não se omite em existir,
obstinado por ser feliz
das pernas a cabeça, até o braço
No corpo, nunca cansaço
das lutas dessa vida tão curta
Com tanto que aprender
(Tão pouco a temer)
Sou o meu mestre, apóstolo,
discípulo e aprendiz,
de todas essas coisas
que escrevo, que vivo
e até que nunca fiz
Porque acostumei
a ser um errante
nas planícies solitárias
do meu ego
Às vezes sou cego
por não ver a beleza
dos seus olhos
quando a noite cai...
Sou sua mãe, um dia seu filho
e outro seu pai
Um grito de dor...
Aaai!!!
Nesse momento de satisfação
que sacode esse universo
(circunflexo) de emoção
em que se cria e inventa
e copia e arrebenta
Sou louco e poeta
Homem de versos
Numa imensa dimensão adversa
que precisa de muitas poesias,
talvez iguais ou idênticas
as minhas que são insanas...
repletas de fobias