Todas as mulheres fazem a História

Todas as mulheres fazem a História

 

Edson Silva

 

Com 25 anos de profissão, escrevendo quase que diariamente, às vezes ficamos na dúvida se é possível escrever algo inédito sobre temas que há muito tempo, em determinadas épocas, ocupam espaços na mídia. Este é o caso do Dia Internacional da Mulher, lembrado em 8 de março desde 1975. E eu pensei, como fugir da história, ocorrida em 1857, em Nova York, a que originou a homenagem, fazendo de mártires 130 mulheres, que foram  trancadas na fábrica em que faziam greve e acabaram mortas no incêndio provocado pelo ex-patrão?

 

Eu poderia então recorrer aos evidentes papéis de importância que as mulheres conquistaram em todas esferas da sociedade. Ainda mais que teremos este ano Eleição Presidencial no Brasil com reais possibilidades de uma mulher conquistar o cargo, já que a ministra Dilma tem total apoio e confiança do presidente Lula, um prodígio que chega ao oitavo ano de governo com mais de 80% de aprovação popular.

 

Sobre eleição é importante lembrar que é com voto livre e direto, o que durante anos andou restrito à todos nós brasileiros, independentemente de homem ou mulher e com aval de muitos que hoje estão por aí como opositores que destilam todo o veneno do preconceito contra Lula e as mulheres, que só tiveram direito ao voto em 1932 e, como dissemos, andou restrito, independentemente de sexo, entre 64 e 89.

 

Antigamente, não era raro ouvir-se a frase, dotada de certo machismo, "atrás de um grande homem, sempre há uma grande mulher!". Modestamente, as mulheres corrigiram, ao longo do tempo, a frase para "ao lado de um grande homem, há sempre uma grande mulher!". Eu iria mais além, afirmando que, em muitos casos, "Há grandes mulheres até a frente de chamados grandes homens".

 

Ao longo da História há mulheres que se destacam, mas as anônimas são igualmente lutadoras e importantes. Tomemos por exemplo "Dona Lindu", mãe de Lula, que teve a história tornada pública com o filme sobre a vida do presidente. Também é notória a importância de outras mulheres na vida de Lula: a esposa "Dona Marisa Letícia" e ministras que ocuparam pastas importantes em seu governo, como é o caso de Dilma, chefe da Casa Civil e que também foi ministra das Minas e Energia.

 

Encerro esta pequena homenagem às mulheres com a lembrança de uma cena, que ainda pretendo detalhar em artigo. O carrinho de sorvete está cercado por meninos bem vestidos e um garotinho de rua olha de longe. Eu ia buscar um sorvete para o garoto pobre, quando uma menininha pediu licença à mãe e deu o próprio sorvete ao menino de rua. Ainda ouvi quando a mãe disse: "pronto filha, sua sensibilidade mostrou a diferença entre ver e enxergar!".  

 

Edson Silva, 48 anos, jornalista da Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Sumaré

Email: edsonsilvajornalista@yahoo.com.br