TOCANDO BANDOLIM

Por WAGNER DE OLIVEIRA LIMA | 12/04/2016 | Crônicas

Numa dessas plantações existentes por aí, conheci Januário José da Silva,32 anos, homem da roça,tinha lá umas 10 cabeças de gado,sitiozinho simples,mas com uma horta que lhe servia para a alimentação do dia-a-,dia, e um bandolim, o qual tocava toda a noite,sentado à porta, rodeado por dois meninos, filhos dele com Tiburcia de Oliveira Silva, 28 anos.

Olhando a lua, as estrelas,o bandolim tocando,Januário sonhando com o dia que poderia dar estudos decentes para Josué, seu filho mais novo de 10 anos e Anmtônio José de 12 anos.

Sonho de um homem,que sabe que ali no sertão a gente acorda do sonho,ao som do canto do galo pela manhã,para continuar a mesma realidade, realidade que eles eram felizes,e essa felicidade ele queria passar para os filhos.

Eu fui embora daquela região,e dois anos depois,resolvi voltar,pois havia gostado muito do que eu tinha visto,dos costumes daquela gente simples,Jaunuário,havia comprado uma fazenda,os filhos estavam na capital estudando,a sua vida estava próspera e feliz,um dos filhos ia se casar,o outro havia se formado doutor,e Januário era um fazendeiro bem respeitado naquelas terras.