To em cena x escola francesa de comunicação

Por HERÁCLITO NEY SUITER | 22/12/2011 | Resumos

TO em cena X Escola francesa de Comunicação

* Heráclito Ney Suiter

** Gilberto Correia

 

 

            Cultura faz-se com memória e a não cultura com o esquecimento. Com esse entendimento o grupo de teatro Guetu da UnirG procurou mostrar algumas polêmicas sobre questões sobre o negligenciamento da identificação cultural do Tocantins, de quebra divulga de forma inteligente, autores musicais e suas obras durante todo o espetáculo.

            Em uma estrutura física precária, a peça TO em Cena foi estreada com primazia, mostrando que para desenvolver uma peça teatral, o que vale mesmo é a criatividade de seu roteiro e a habilidade dos artistas. A polêmica da carência de um espaço para produção e apresentação de peças teatrais em Gurupi foi ênfase no termino da peça com uma declaração emotiva do artista e diretor Cristiano Cabral.

            Com relação a carência de um espaço para artes cênicas em nossa cidade, trata-se de um paradoxo cíclico de causa e efeito, como a já clássica pergunta  “quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha?”. Para se fazer teatro não se precisa, necessariamente de um espaço exclusivo para isso, e, talvez ainda não tenhamos esse espaço pela inconstância de peças apresentadas em nossa cidade. Um exemplo disso são os famosos espetáculos mambembes ou apresentações em praças públicas de excelentes projetos que circulam pelo país e pelo mundo, principalmente àqueles que não podem se queixar de sua estrutura existente.

            Ao fazer uma analogia entre a Escola Francesa e sua influência nas comunicações, pode-se afirmar que o teatro se enquadra perfeitamente enquanto um meio de comunicação de massa, uma das linhas de pensamento de alguns teóricos daquela escola. Outra particularidade que também seria importante salientar é que o comunicador, o meio de comunicação, segundo a escola francesa, não deve negligenciar aspectos de ordem cultural, e nesse ponto a peça soube, de maneira cativante, envolver os aspectos culturais de nossa sociedade local não só em seu enredo como também na linguagem utilizada.   

 

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* Acadêmico do 2º período do curso de Comunicação Social – Jornalismo da UnirG.

 

* Professor da cadeira de Teoria das Comunicações do curso de Comunicação Social – Jornalismo da UnirG.