Tique-taque
Por E Azevedo | 13/11/2008 | Poesias
Ninguém disse que era fácil
Ninguém avisou-me do parto
Da dor, do choro, da vida tão lábil
Da solidão tão silenciosa do meu quarto
Tique-taque Tique-taque Tique-taque
Ninguém parou o tempo
Para deixar eu pensar
Nínguem avisou o vento
para minhas palavras soprar
Para bem longe de mim: tique-taque
Queria poder fazer voltar a ampulheta
Mover, com as mãos, novamente seus lábios
Montar em seu rosto uma careta
Ouvir sua voz, ouvir como se ouve os sábios
Devagar, sem pensar, sem parar: tique-taque
Mas o tempo corre, o tempo tem hora
Passa depressa e leva você com ele
Como eu sinto sua falta, como chora
Meu pobre coração
Bate sozinho no meu peito: tique-taque
tique-taque
tique-taque
Ninguém avisou-me do parto
Da dor, do choro, da vida tão lábil
Da solidão tão silenciosa do meu quarto
Tique-taque Tique-taque Tique-taque
Ninguém parou o tempo
Para deixar eu pensar
Nínguem avisou o vento
para minhas palavras soprar
Para bem longe de mim: tique-taque
Queria poder fazer voltar a ampulheta
Mover, com as mãos, novamente seus lábios
Montar em seu rosto uma careta
Ouvir sua voz, ouvir como se ouve os sábios
Devagar, sem pensar, sem parar: tique-taque
Mas o tempo corre, o tempo tem hora
Passa depressa e leva você com ele
Como eu sinto sua falta, como chora
Meu pobre coração
Bate sozinho no meu peito: tique-taque
tique-taque
tique-taque