TEXTO: PORTAL ENTRE O CONHECIMENTO E A COMUNICAÇÃO

Por ARLETE CORNELIA DE OLIVEIRA GOMES | 30/11/2016 | Educação

 

RESUMO 

Sendo observado a dificuldade na elaboração de textos pelos alunos da rede pública do 1º ano de Ensino Médio da Escola Estadual 1º de Maio, no Município de Nova Marilândia MT. A escolha do tema se justifica por observar um fato presente nos alunos, para tanto é de suma importância e urgente a superação desse problema, pois a sociedade está cada vez mais exigente, procurando profissionais bem qualificados no mercado de trabalho, por isso busca se na educação e faculdade conhecimentos e aperfeiçoamento para a solução desse problema.

Meu objetivo neste trabalho é possibilitar aos alunos a elaboração de textos, utilizarei alguns pensadores que contribuirão para a reflexão sobre a produção textual, pois os mesmo apresentam conceitos úteis para a pesquisa.

Como objeto de estudo observei os alunos da rede pública do 1º ano do ensino médio da escola 1º DE MAIO, no município de Nova Marilândia. Como coleta dos dados utilizei atividades elaboradas e desenvolvidas com os alunos dentro de sala de aula e através dessas atividades realizadas concluir que tive um bom êxito, uma boa quantidade do aluno compreenderam a importância da produção textual.

INTRODUÇÃO 

A leitura amplia o mundo dando a ele novos significados, por isso se faz necessária sua pratica para a estimulação do pensamento e da criatividade do aluno. Esse trabalho deve ser organizado para instâncias das mais variadas maneiras, é preciso levar o aluno a usar efetivamente a leitura, a qual também é forma de entretenimento, e tem como finalidade à formação de leitores competentes e consequentemente a formação de escritores, pois a possibilidade de produzir textos eficazes tem sua origem na pratica da leitura.

Para tanto, o presente trabalho mostra de fato, que um texto contém mais do que sentido das expressões ele organiza conhecimentos ativados pela expressão do pensamento. O texto insere-se uma determinada situação de comunicação e inúmeras são as marcas linguísticas que garante a sua adequação.

CONCEITOS E ABORDAGENS SOBRE TEXTO

TEXTO: PORTAL ENTRE O HOMEM E O MUNDO 

A linguagem é uma forma de interação entre sujeitos, através dela as pessoas expressam seus pensamentos e transmitem informações. E essas interação se manifesta por meio dos textos orais ou escritos, onde se diz algo à alguém. Por esse motivo, podemos afirmar que há uma proximidade entre a linguagem e a inserção social. Afirmam os parâmetros curriculares nacionais que:

[...] o domínio da língua tem estreita relação com a possibilidade de plena participação social, pois é por meio dela que o homem se comunica, tem acesso à informação, expressa e defende pontos de vistas, partilha ou constrói visões de mundo, produz conhecimentos. (PCN, 1997, p.09)

O domínio da língua serve para que o aluno tenha acesso ao conhecimento que lhe permita compreender e produzir discursos orais, escritos, ser um leitor crítico e usar multifuncionalmente a escrita, a escola deve privilegiar a diversidade de textos utilizados socialmente a fim de que o aluno aprenda a linguagem de forma prazerosa e que ela satisfaça suas necessidades pessoais. É imprescindível também que o aluno compreenda que para escrever um bom texto é preciso que se tenha o que dizer e para quem vai dizer.

O texto insere-se em uma determinada situação de comunicação e inúmeras são as marcas linguísticas que garante a sua adequação.

O TECER DO TEXTO 

O texto contém diferentes sistemas de sinais (códigos), temos por tantos um processo de comunicação. Cada um desses sistemas, devidamente organizados recebe o nome de linguagem.

A língua pertence à toda uma comunidade, como é o caso da nossa língua portuguesa. O uso que cada indivíduo dessa comunidade faz, depende de várias circunstância: O que vai dizer ou ser expresso; de que forma, quando e em qual contexto se aplicará; o nível social e cultural; principalmente faz se necessário o uso da coerência.

De acordo com KOCK (1998, p.7), afirmando que as teorias sócias interacionais reconhecem a existência de um sujeito planejador, organizador que, em sua relação com outros sujeitos, vai construir um texto motivado por uma complexa rede de fatores, entre os quais são as “especificidade da situação; o jogo de imagens recíprocas, as crenças, convenções, socioculturais, ...”

Partindo dessa linha de pensamento o texto é composto por frase, versos, uma palavra-frase, um diálogo, qualquer enunciado que o emissor transmite e o receptor consegue entender.

Refletindo nesses pareceres compreendemos que a construção do texto exige a realização de uma série de atividades cognitivas-discursiva que vão dotá-los de certos elementos, propriedades, os quais, em seu entrelaçamento, serão responsáveis pela produção de sentidos.

Pois o texto não é simples sequência de palavras tem que ter relação de sentido entre o conjunto de informações, para entendermos melhor os vários tipos de texto citarei alguns:

Textos didático no qual reúne elementos significativos e estruturais na enfatização do processo;

Textos jornalísticos tem como função informar o leitor através de notícias, revistas, jornais etc.

Textos jurídicos sua principal finalidade é esclarecer as leis;

Textos políticos buscam convencer o leitor na força da política partidária;

Textos críticos encaminham na direção do juiz, critica, da sua opinião etc. E também existem textos descritivos, narrativos e dissertativos, textos coerentes e incoerentes.

Todos esses textos estão dentro da competência textual, como afirma Elisa Guimarães (1999). “O sujeito falante pode produzir/interpretar um número infinito de discursos diferentes sua competência é necessariamente uma competência textual”.

Cabe a cada falante fazer o uso correto de cada um desse texto, no momento e circunstância que se pede.

Cada falante ou leitor é necessário fazer uso da competência textual, principalmente à coerência no qual origina a contribuir para fazer um bom texto e não somente palavras isoladas ou sem sentido, para isso e necessária também que o leitor soma suas idéias já existentes com a informação nova.

O leitor deverá buscar se estruturar nas formas linguísticas, buscar o conhecimento de mundo, principalmente incluir uma boa leitura.

A ORGANIZAÇÃO DO TEXTO: ARTICUAÇÃO DE ELEMENTOS TEMÁTICOS 

A organização do texto é necessária e acontece pelo processo de articulação de elementos temáticos e estruturais, conforme cita GUIMARÃES, 1999.

“Dessa face dúplice do texto deduz-se sua significação global emergente da relações fonológicas, sintáticos e pragmáticas que estão a base desse complexo sistema a língua”. (IDEM, 1999 p.15)

De acordo com GUIMARÃES, 1999 o texto não é uma simples sucessão de frase contém também informações, organizações etc. A organização é um ele transfásico entre as relações no nível de sentido que faz parte de um conjunto de informações, que exigem a possibilidade de liberdade total entre as relações e o limite.

O texto exige dois processos de elementos constitutivos da significação que são as relações logicas e relação de redundância, ambas executam um duplo movimento que é a antecipação e a retroação. As relações de redundâncias permitem a fixação, isto é, repetido ao longo do texto.

É essa rede de relação estabelecidas entre os movimentos que irá perceber o sentido do texto, no qual o processo irá distinguir suas unidades constitutivas entre uma e outra. “Duas principais espécie de relações mantem interligados os elementos constitutivos da significação do texto, ou seja, elementos temáticos: as relações logicas e relações de redundância”. (GUIMARÃES, 1999 p.21).

A IMPORTÂNCIA DAS PARTES DO TEXTO 

De acordo com (GUIMARÃES, 1999 p. 63) são importantes que o texto tenha uma estrutura organizada como o título, início, meio e fim.

É importante que o texto tenha um título, no qual te função fator estratégico da articulação do texto para chamar a atenção do leitor, é a chave para decodificação da mensagem que estabelece uma ligação catafórica com que se segue, induzindo o receptor a leitura do mesmo.

O texto além de títulos tem que ter início e fim. O início e o fim está interligado na sequência de um texto, ou seja, o transmissor quando inicia uma fala, ou um texto consequentemente tem que concluí-la, se não ocorrer esse processo o receptor perderá dados importantes para entender a mensagem, tornando assim uma frase incoerente. “Por isso, é possível aprender os modos de relação mutua entre início e fim do texto, bom como as que ligam início e fim ao conjunto de texto”. (GUIMARÃES, 1999 p.63).

LEITURA ARTE DE COLHER IDÉIAS E TRANSFORMA-LAS EM TEXTOS 

Para redigirmos um bom texto temos que sermos bons leitores, ler nas entrelinhas, ou seja, entendermos o que lemos e a partir desse momento construímos o nosso próprio entendimento. A leitura é uma arte de colher ideias e transforma-las em sabedoria é também uma arma fundamental na construção da aprendizagem, no qual é uma fonte inesgotável para enriquecermos nosso vocabulário, nos tornando cidadãos críticos. A leitura também nos proporciona momento de prazer, levando o leitor a mundo diversos etc. “cada leitor, na individualidade de sua vida, vai entrelaçando o significado pessoal de suas leituras com vários significados que, ao longo da história do texto, este foi acumulado”. (LAJOLO, MARISA 2000 p.106).

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