TER MÃE
Por Aida Susete pietzarka | 20/06/2017 | CrônicasNão, você não leu errado. O título está correto. Não é SER MÃE, é TER MÃE, mesmo.
Observo as atitudes da minha filha e vejo que muitas coisas que ela faz, é porque tem mãe. Não no comportamento, mas nas atividades do dia a dia.
Ela lava a louça e não limpa o fogão, pois sabe que TEM MÃE e esta virá finalizar a tarefa, limpando o fogão e secando melhor a pia.
Ela lava a louça e não tira os farelos da mesa, porque sabe que a mãe virá fazer isso mais tarde.
Ela coloca as roupas no varal e não se importa de recolhê-las, pois sabe que a mãe fará isso por ela. Mesmo não recolhendo, as roupas se dobram sozinhas e vão parar, misteriosamente, sobre sua cama.
Ela “esquece” o calçado na sala e, mais tarde, misteriosamente, ele aparece em seu quarto.
Ela dorme descoberta, pois sabe que se esfriar durante a noite, “surgirá” um cobertor para aquecê-la.
Poxa! Que maravilha é TER MÃE!
Quisera que elas fossem eternas!
Queria ter a minha para sempre!
Ter mãe, é “ter as costas quentes”, precisar se preocupar apenas com a metade do problema, saber que se você não der conta, a mãe estará lá para segurar a barra.
Bom seria se pudéssemos ter o cuidado e a proteção da mãe em todos os momentos, mas a vida real não nos permite isso.
Lá fora, não nos é permitido levar a mãe, como acessório básico, item de série, para ser usado em caso de emergência. Lá fora, temos que finalizar a tarefa, fazer o serviço completo.
Por isso, use com moderação, conte com o auxílio da mãe em pequenas porções, doses homeopáticas, para não se sentir órfã quando ele lhe faltar.
Aida Pietzarka