Teorias socioantropológicas a respeito do brincar

Por ELENITA MARIANO GUARINO | 25/01/2017 | Educação

RESUMO

Pretendemos no presente estudo, discorrer sobre o brincar tendo com eixo condutor os aspectos sociais e culturais envolvidos. Demonstrar que a criança é um ser cultural, capaz não apenas de reproduzir como também produzir cultura. A antropologia e a neurociência nos possibilitam a compreensão de tais aspectos, e iremos recorrer aos estudos Lima (2016), de Kishimoto (1998) para compreender a dinâmica que envolve as questões socioantropológicas a respeito do brincar. Trata-se de uma pesquisa de cunho qualitativo, baseada em pesquisa bibliográfica.

 

PALAVRAS – CHAVES : Ludicidade. Cultura. Brincadeiras. Criança

 

INTRODUÇÃO

O presente estudo centra-se em olhar o brincar a partir do viés sociocultural. Buscando compreender como a cultura lúdica se constitui, seu impacto no desenvolvimento infantil e bem como demonstrar como a criança vaise apropriando desta expressão cultural.

Trata-se de um estudo bibliográfico a partir das contribuições dos seguintes autores: Piaget (1983), Brougère (1998), Kishimoto (1995) e Lima (2016), consideraram-se as contribuições da neurociência e antropologia no âmbito da educação infantil.

A proposta é pensamos a educação infantil e suas questões que perpassam pelos jogos e brincadeiras, auxiliando a ação docente no cotidiano escolar, que é tão heterogêneo, complexo e imprevisível, levando em consideração a cultura lúdica como parte integrante da infância.

 

 

 

 

CRIANÇA ENQUANTO SER LÚDICO

 

A escola é uma esfera rica em situações lúdicas, basta tão somente ter um olhar reflexivo, inquieto, olhar que procura respostas que enxerga de modo sério todas as vivências e imprecisões que marcam o cotidiano escolar. As atividades lúdicas não apenas estão presentes na esfera escolar como vai se configurando de diferentes maneiras, podemos compreendê-las a partir da infância e do brincar do educando, seja nos espaços escolares ou não.

Em Piaget(1983) o conhecimento tem como base fatores biológicos, dentre os quais podemos destacar a hereditariedade e o meio ambiente, assim a inteligência lógica depende da estimulação ambiental.

Gomes dialogando com Piaget destaca que através do brincar a assimilação vai se configurando, sendo uma função predominante, e a partir de tal função a criança vai incorporando objetos presentes na realidade. Brincar torna-se fonte de prazer.

Os jogos e brincadeiras contribuem para o desenvolvimento da criatividade infantil, é um mecanismo psicológico na psicologia de Freud. Segundo Kishimoto (1998) o brincar torna-se o arquétipo das atividades culturais, não se limitando a uma relação do simples com o real. Podemos entender a cultura expressão da subjetividade, na visão da autora.  Em Brougère (1998) “ A cultura nasceria de uma instância e de um lugar marcados pela independência em face de qualquer outra instância, sob a égide da criatividade que poderia desabrochar sem obstáculos”, assim não podemos desconsidera a dimensão social e nem negar toda a construção cultural que permeia a dinâmica do brincar.

CRIANÇA COMO PRODUTORA DE CULTURA

Ao tratar a criança como ser capaz de produzir cultura, é necessário recorrer ao auxílio da neurociência e da antropologia. Os estudos de Lima (2016),trazem contribuições preciosas quanto a estes aspectos. A autora aponta que desde os primeiros anos de vida a criança vai se apropriando da cultura existente nos contextos de seu desenvolvimento.

Assim, na perspectiva de Lima (2016. p 28) a Antropologia e a Neurociência contribuem para compreendermos a ação do tempo e espaço no desenvolvimento da espécie. A neurociência destaca que nosso cérebro é formado a partir da interação com a cultura, o tempo vai contribuindo para o desenvolvimento da criança, e conduzindo ao amadurecimento biológico.

Existe um tempo biológico que permeia o processo de desenvolvimento infantil, os fatos da cultura não são conquistas imediatas, é através da prática que a criança vai desenvolvendo habilidade quanto a comer, beber, brincar e nas demais atividades.

O brincar é uma prática cultural, marcada por vivências, experiências que foram sendo arquivadas na memória. A criança aprende pela ação segundo Lima (2016). Dialogando ainda com tal autora “As brincadeiras infantis são práticas culturais existentes há milênios, que permaneceram pela funcionalidade que elas apresentam no processo de desenvolvimento da criança” (LIMA, 2016. p.31). O contato com o meio contribui para produzir experiência e promover a ação no espaço social em que esta inserida.

RESUMO

Pretendemos no presente estudo, discorrer sobre o brincar tendo com eixo condutor os aspectos sociais e culturais envolvidos. Demonstrar que a criança é um ser cultural, capaz não apenas de reproduzir como também produzir cultura. A antropologia e a neurociência nos possibilitam a compreensão de tais aspectos, e iremos recorrer aos estudos Lima (2016), de Kishimoto (1998) para compreender a dinâmica que envolve as questões socioantropológicas a respeito do brincar. Trata-se de uma pesquisa de cunho qualitativo, baseada em pesquisa bibliográfica.

 

PALAVRAS – CHAVES : Ludicidade. Cultura. Brincadeiras. Criança

 

INTRODUÇÃO

O presente estudo centra-se em olhar o brincar a partir do viés sociocultural. Buscando compreender como a cultura lúdica se constitui, seu impacto no desenvolvimento infantil e bem como demonstrar como a criança vaise apropriando desta expressão cultural.

Trata-se de um estudo bibliográfico a partir das contribuições dos seguintes autores: Piaget (1983), Brougère (1998), Kishimoto (1995) e Lima (2016), consideraram-se as contribuições da neurociência e antropologia no âmbito da educação infantil.

A proposta é pensamos a educação infantil e suas questões que perpassam pelos jogos e brincadeiras, auxiliando a ação docente no cotidiano escolar, que é tão heterogêneo, complexo e imprevisível, levando em consideração a cultura lúdica como parte integrante da infância.

 

 

 

 

CRIANÇA ENQUANTO SER LÚDICO

 

A escola é uma esfera rica em situações lúdicas, basta tão somente ter um olhar reflexivo, inquieto, olhar que procura respostas que enxerga de modo sério todas as vivências e imprecisões que marcam o cotidiano escolar. As atividades lúdicas não apenas estão presentes na esfera escolar como vai se configurando de diferentes maneiras, podemos compreendê-las a partir da infância e do brincar do educando, seja nos espaços escolares ou não.

Em Piaget(1983) o conhecimento tem como base fatores biológicos, dentre os quais podemos destacar a hereditariedade e o meio ambiente, assim a inteligência lógica depende da estimulação ambiental.

Gomes dialogando com Piaget destaca que através do brincar a assimilação vai se configurando, sendo uma função predominante, e a partir de tal função a criança vai incorporando objetos presentes na realidade. Brincar torna-se fonte de prazer.

Os jogos e brincadeiras contribuem para o desenvolvimento da criatividade infantil, é um mecanismo psicológico na psicologia de Freud. Segundo Kishimoto (1998) o brincar torna-se o arquétipo das atividades culturais, não se limitando a uma relação do simples com o real. Podemos entender a cultura expressão da subjetividade, na visão da autora.  Em Brougère (1998) “ A cultura nasceria de uma instância e de um lugar marcados pela independência em face de qualquer outra instância, sob a égide da criatividade que poderia desabrochar sem obstáculos”, assim não podemos desconsidera a dimensão social e nem negar toda a construção cultural que permeia a dinâmica do brincar.

CRIANÇA COMO PRODUTORA DE CULTURA

Ao tratar a criança como ser capaz de produzir cultura, é necessário recorrer ao auxílio da neurociência e da antropologia. Os estudos de Lima (2016),trazem contribuições preciosas quanto a estes aspectos. A autora aponta que desde os primeiros anos de vida a criança vai se apropriando da cultura existente nos contextos de seu desenvolvimento.

Assim, na perspectiva de Lima (2016. p 28) a Antropologia e a Neurociência contribuem para compreendermos a ação do tempo e espaço no desenvolvimento da espécie. A neurociência destaca que nosso cérebro é formado a partir da interação com a cultura, o tempo vai contribuindo para o desenvolvimento da criança, e conduzindo ao amadurecimento biológico.

Existe um tempo biológico que permeia o processo de desenvolvimento infantil, os fatos da cultura não são conquistas imediatas, é através da prática que a criança vai desenvolvendo habilidade quanto a comer, beber, brincar e nas demais atividades.

O brincar é uma prática cultural, marcada por vivências, experiências que foram sendo arquivadas na memória. A criança aprende pela ação segundo Lima (2016). Dialogando ainda com tal autora “As brincadeiras infantis são práticas culturais existentes há milênios, que permaneceram pela funcionalidade que elas apresentam no processo de desenvolvimento da criança” (LIMA, 2016. p.31). O contato com o meio contribui para produzir experiência e promover a ação no espaço social em que esta inserida.

Artigo completo: