Teorias e práticas da ação socioeducativas
Por sirlene mendes gomes | 18/10/2012 | Resumossirlene mendes gomes
silvane mendes de jesus
resumo
De acordo com o livro a palavra presença apresenta um conteúdo de relação muito amplo e que deve conter em seu bojo sentimentos de afeto, ternura, compreensão, doação e aceitação, pois esses sentimentos no ambiente escolar contribuem no processo ensino-aprendizagem, onde ocorre uma relação de troca recíproca entre professor/aluno.
No contexto escolar é natural que no dia-a-dia a relação vá ganhando certo grau de mecanização. A convivência diária leva ao desgaste atitudes simples, consideradas sem importância e que na verdade exercem grande influência.
A educação é processo de construção coletiva, contínua e permanente de formação do indivíduo que se dá na relação entre os indivíduos. A escola é, portanto, o local privilegiado dessa formação, porque trabalha com o conhecimento, com valores, atitudes e a formação de hábitos.
Ao observar os três grandes eixos universais da educação – o cognitivo, o emocional e o pragmático; ou razão, sentimento e ação, se vê que o cognitivo está na docência, o afetivo está na assistência ou presença e o pragmático, está nas práticas e vivências.
De acordo com Costa (1999, p. 38) “O educador deve ser um criador de acontecimentos”.
Nessa direção, a prática pedagógica exercida no contexto das medidas socioeducativas deve ter como base concepção de educação como práxis transformadora e crítica, e visão emancipatória que permita ao educando transformar não somente a informação em conhecimento, mas também contribua para que este desenvolva competências e habilidades essenciais para a compreensão e a reflexão da realidade em que estejam inseridos.
Para compreender a importância da presença no processo ensino-aprendizagem nos coloca a buscar o significado de socialização e de presença.
Pois o coração da preventividade está na presença. É uma pedagogia da presença. O educador se faz presente na vida do educando. Presença não é sinônimo de estar perto. A presença educativa é uma presença intencional, deliberada. Tem a intenção de exercer no outro uma influência construtiva.
É essencial na educação saber estabelecer limites e valorizar a disciplina, e para isso, a presença de uma autoridade saudável é imprescindível. O segredo que difere autoritarismo do comportamento de autoridade adotado para que outra pessoa torne-se mais educada ou disciplinada, está no respeito à autoestima.
A convicção de que os alunos estão sendo cada vez mais indisciplinados e mal-educados, apresentando comportamentos que interrompem o clima da escola, quando não protagonizam agressões verbais e físicas, furtos e destruição do mobiliário entre outros comportamentos impróprios.
Para Costa (1999, p. 33) “Uma criança é um feixe de potencialidades abertas para o futuro que o meio pode inibir ou fazer desabrochar”.
As crianças aprendem a comportar-se em sociedade, a conviver com outras pessoas, necessariamente com os próprios pais, embora o comportamento infantil seja aprendido por meio da imitação, da experimentação e da invenção. E a escola tem como objetivo a interação dos educandos nas normas da sociedade.
Quando o limite é apresentado com afeto, o aluno aceita com facilidade. Certamente, não é um trabalho fácil, mas funciona. Além da família, cabe à escola este papel. Afinal, os educadores também fazem parte consideravelmente da responsabilidade pela formação da criança.
Os problemas de disciplina, de convivência nas escolas, são reflexos de crise nos valores que se rodeia em uma sociedade como um todo. Em um mundo cada vez mais globalizado, a informação chega aos lares, mostrando um cenário de violência. Ao mesmo tempo, a família como alicerce, esta demonstrando fortes mudanças, como a incorporação da mulher ao trabalho, cada vez mais frequente separação dos casais, a violência cada vez mais próximo, a ausência dos pais fazendo com que se sentem à vontade para enfrentar a vida de forma erronia.
Finalizo ressaltando o papel do educador, pois mais do que ensinar é aprender, ou seja, conhecer primeiramente a criança ou adolescente, aprender com ele sobre suas experiências de vida ímpares para proporcionar condições, apontar caminhos na proximidade com o outro e a partir daí ensinar a partir da sua realidade. Assim é preciso que o educador tenha sensibilidade para se colocar no lugar do outro e saber ouvir o que este tem a ensinar.