TEORIA PEDAGÓGICA CRÍTICO-EMANCIPATÓRIA EM EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

Por Elionai Dias Soares | 14/04/2021 | Educação

TEORIA PEDAGÓGICA CRÍTICO-EMANCIPATÓRIA EM EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

Autor: Dr. Elionai Dias Soares

Professor de OMF / Anatomia Humana – Cesmac / AL

Licenciado em Educação Física

Aluno de Educação Física Bacharelado – Claretiano / SP

Contato: elionaisoares@gmail.com @prof.elionaisoares

 

Introdução

A abordagem pedagógica Crítico Emancipatória na Educação Física escolar tem por proposta didático pedagógica o ideal crítico, que questiona o caráter que aliena o aluno em suas aulas de Educação Física, pautadas no padrão repetitivo de práticas esportivas. Dessa forma, tal abordagem pedagógica objetiva a libertação do aluno de uma visão individualista, competitiva e autoritária do esporte e dos jogos, com a possibilidade de transformar sua visão em uma outra baseada em valores e normas que possam assegurar o direito à participação.

Assim, todas as teorias de abordagens pedagógicas, no ensino da Educação Física escolar, possuem validades em suas concepções. Porém, também é verdade que o educador físico perpassa por várias delas durante sua prática docente. No entanto, a teoria de abordagem pedagógica que nos chama atenção é a descrita como crítico-emancipatória.

Nessa abordagem, o entendimento do processo educativo escolar trás à tona um olhar reflexivo mais apurado da Educação Física, como processo de emancipação do educando. De igual modo, o ensino deverá promover a libertação de falsas ilusões, de falsos interesses e desejos, da visão de mundo alienada, por parte do aluno como ser social.

A escolha é justificada ao verificar-se que, no plano intelectual, é frequente as influências intelectuais e motivacionais de modelos pré-estabelecidos. Nesse sentido, conforme as alegações de Kunz (1994), exercem papéis de controle intelectual sobre a sociedade: os modernos meios de produção capitalista e reprodução cultural, assim como os meios de comunicação, estipulando “modismos, tendências e compreensões pré-concebidas”.

Assim, o ensino e a prática da Educação Física passam a ter caráter formador emancipatório, na medida em que liberta o indivíduo, agora mais crítico e reflexivo, das amarras e intenções obscuras daqueles que pretendem impor – por questões de mercado e/ou ideologias – seus padrões utilitaristas e de consumo.

 

Considerações Finais

Como características dessa abordagem pedagógica crítico-emancipatória, podemos destacar:

1) Forma inventiva ou criativa de transcendência de limites, com o aluno na prática do aprendizado, entendendo a importância do questionamento, perguntando sobre suas descobertas e sobre o que apreenderam, em suas vivências de aulas, com a compreensão do significado da cultura daquela prática.

2) Forma objetiva de transporte e ultrapassar limites, onde a participação discente se dá de forma exitosa, ocorrendo pela própria experiência, sendo o sujeito do processo, ou seja, da experiência, das descobertas do aluno naquele tipo de esporte.

3) Forma de aquisição de transcendência de limites, com o aprendizado do discente exposto por ele de forma objetiva, seja manifestado através da linguagem oral ou pela linguagem dos movimentos corporais.

 

Referências Bibliográficas:

DARIDO, Suraya C. Educação física na escola: implicações para a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

HAIDT, Regina C. C. Curso de Didática Geral. São Paulo: Ática, 2002.

KUNZ, Elenor. Transformação didático-pedagógica do esporte. 6 ed. Ijuí: Ed. UNIJUÍ, 2004. METZNER, A. C. Fundamentos da Educação Física Escolar. Batatais: Claretiano, 2013.

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