Tendencias pedagógicas

Por Andressa Santos Coutinho | 23/11/2016 | Educação

Na historia da educação, podemos ver que a escola sofreu influência de várias tendências e pensadores, assim, tivemos momentos bons e ruins que até hoje refletem nas escolas brasileiras.

A pedagogia tradicional até hoje é a mais difundida, onde alunos se mantém enfileirados, ouvindo passivamente um professor que detém todo o conhecimento, baseado em livros didáticos. Há poucas décadas atrás até mesmo castigos físicos eram permitidos, hoje já foram abolidos, mas não se tornou menos cruel, pois continua engessando, oprimindo, limitando pensamento e apenas reproduzindo saberes.

A pedagogia tecnicista trouxe para a educação valores capitalista, o objetivo principal era a formação de indivíduos preparados para atender as necessidades do mercado de trabalho.

Mas esse conceito de escola foi mudando, novas concepções e pensadores surgiram, defendendo que o aluno é o centro do processo de aprendizagem, onde o seu conhecimento deve ser valorizado e a aprendizagem de novos conteúdos deve partir do que o aluno sabe.

Inspirada nas idéias de Jean Piaget, o construtivismo, método que defende que o conhecimento é construído pelo aluno, de forma natural e orgânica, procura instigar a curiosidade e fazer com que os alunos busquem respostas.

Vygotisky também nos apresentou uma nova proposta, a sócio-interacionista, nos fazendo perceber que a aprendizagem se dá através das interações sociais, da convivência e das relações. O professor passa a ser então um mediador do conhecimento, e a  sua função social se torna ainda mais evidente.

Vygotisky fala da importância da afetividade, da zona de desenvolvimento proximal, da relação professor aluno no processo de aprendizagem.

há também a proposta histórico critica, que também defende uma escola que não é apenas reprodutora de costumes e conhecimentos, mas sim no poder que a escola tem de transformar a sociedade.

Todas essas tendências nos faz refletir se seria mesmo possível existir uma escola realmente centrada no aluno, diferente de todo o padrão que conhecemos, é nesse momento que Jose Pacheco vem nos apresentar a Escola da Ponte, onde os alunos tem plena autonomia, decidem os conteúdos que querem aprender, montam grupos, não fazem provas, pesquisam, discutem e refletem. Essa experiência demonstra que apesar de a escola da ponte  não seguir o modelo tradicional, é mais eficaz na aprendizagem dos alunos.

Podemos concluir que o modelo ainda tradicional  com  aspirações a se tornar construtivista não é suficiente. É preciso mudanças reais no nosso sistema educacional, visando o pleno desenvolvimento de todas as potencialidades dos nossos alunos.