Tempos de estar IV... *

Por Virginia vicamf | 20/09/2012 | Literatura

Nuvens claras passam sublimes na esfera calma de bolhas de sabão... Em nossas mãos, um par de doces poemas em fá, lá, sem dó... Em pianar as letras se transformam e de nossos membros desprendem-se hinos à magia do existir; líquido elixir... Ah! Se pudéssemos pela vida à fora crer, como agora, na mais calma hora, que o amor é em nós e compreender a sabedoria do Monge Tokuda ; “ ... o espírito é vacuidade pronto a receber todas as coisas” !

Na vacauidade somos com todos e, ainda despertem ´Semos...Há possibilidade de despidos de culpas, no plano da inocência, crer que na inconsistente impermanência, abre-se a flor ( sorriso da raiz) e nesta há as sementes do que seremos por brevidade eterna; errantes sorrisos, sopros de vida, devires e nada mais...

Reconfortante sentir que a vacuidade agasalha e, que só possuí o que dei e serei somente o quanto ousar desprender-me ... Virgínia *vica bailarina 09/08/2000