TEMA: QUATRO DIFERENTES REAÇÕES NA CRUCIFICAÇÃO DE CRISTO.

Referencias Bíblicas: Mt 27.34 - Lc 23:39 - João 19:23,24 - Lc 23.40-43

Introdução: Na crucificação de Jesus Cristo nos deparamos com várias reações das pessoas que testemunharam o sacrifício do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1:29). No entanto, a luz dos versículos supracitado, pretendo discorrer sobre quatro reações, a saber, da pessoa que oferecia “vinagre misturado com fel” ao condenado momento antes de ocorrer a crucificação, a dos dois malfeitores e, por último, dos quatro soldados romanos ao pé da Cruz. Entre estas pessoas veremos reações que jamais devem fazer parte do estilo de vida do cristão.

Reação: resposta a uma ação anterior.

Objetivo desta mensagem: Espero em Deus que após a leitura desta, o leitor se identifique com a reação que Glorifica o Nome do Senhor.

A partir deste ponto, analisaremos as reações e com qual delas nos identificamos.

I. REAÇÃO DE OFERECER AJUDA PARA JESUS CRISTO.

Deram-lhe a beber vinagre misturado com fel; mas ele, provando-o, não quis beber (Mt 27.34).

Era costume momentos antes da crucificação alguém oferecer "vinagre misturado com fel", bebida narcótica para os que estavam prestes a serem crucificados, pois ajudava a amortecer os sentidos e a amenizar a dor. Mas Jesus não quis bebê-la, recusou a ajuda humana, pois desejava fazer a vontade de Deus em pleno controle de suas faculdades. Ainda que a reação de quem tentou ajudar Jesus pareça ser boa, foi desnecessária, pois é o ser humano que necessita da ajuda do Senhor Jesus Cristo e não este dos seres humanos. Não é Jesus Cristo que necessita de salvação, mas o homem ser e salvo por Ele. Quando o Senhor nos chama para fazer a Sua obra, não é para preencher uma necessidade ou deficiência divina, mas, sim, nos conceder o privilégio de sermos seus cooperadores. Em nosso relacionamento com o Cristo Glorificado, independente das circunstancias, jamais devemos reagir oferecendo-Lhe ajuda, antes, devemos obedecer a Hebreus 4.16 que diz: Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno. Jesus não se encontra pregado na cruz, mas entronizado no céu, ministrando misericórdia e graça aos que com confiança buscam socorro nEle.

Não devemos reagir tentando ajudar Jesus, e muito menos ainda, reagirmos como o malfeitor da esquerda que teve uma...:

II. REAÇÃO MOVIDA POR INTERESSE PESSOAL

E um dos malfeitores que estavam pendurados blasfemava dele, dizendo: Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo, e a nós (Lucas 23:39).

O malfeitor da esquerda queria ter apenas um relacionamento momentâneo com Jesus Cristo movido por interesse pessoal. “Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo, e a nós”. Ele não desejava salvação eterna, mas apenas descer da Cruz. Não queria ter vida transformada, mas apenas livramento da morte física. Há uma infinidade de pessoas que procuram Jesus apenas para receber bençãos transitórias, isto é, curas, porta de emprego aberta e etc..., tudo isto é bom, mas serve apenas para esta vida. O malfeitor da esquerda deveria ter aproximado de Cristo colocando em pratica Mateus 6.33 que diz: Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Mas a reação dele foi desprovida de amor pelo Senhor Jesus, foi movida pensando só em si mesmo. A semelhança deste malfeitor muitas pessoas querem as bençãos não o abençoador, querem a provisão, não o provedor, estão dispostos a aceitar Jesus como salvador, mas não como Senhor. Foi um ato providencial Jesus ter sido crucificado entre os dois malfeitores, pois desse modo ambos tiveram o mesmo acesso ao Salvador. Apesar desta maravilhosa oportunidade concedida a este homem, o mesmo se perdeu eternamente. Se perdeu porque não se humilhou diante do Senhor Jesus. Qualquer pessoa que não deseja o mesmo desfecho deste malfeitor para o final da vida, deve se humilhar diante do cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1:29).

Se por um lado devemos reprovar a reação deste criminoso, a dos quatro soldados também, pois eles experienciaram uma...:

III. REAÇÃO MOVIDA PELA INDIFERENÇA

Tendo, pois, os soldados crucificados a Jesus, tomaram as suas vestes, e fizeram quatro partes, para cada soldado uma parte; e também a túnica. A túnica, porém, tecida toda de alto a baixo, não tinha costura. Disseram, pois, uns aos outros: Não a rasguemos, mas lancemos sortes sobre ela, para ver de quem será. Para que se cumprisse a Escritura que diz: Repartiram entre si as minhas vestes, E sobre a minha vestidura lançaram sortes. Os soldados, pois, fizeram estas coisas (João 19:23-24).

Um dos prêmios que os soldados encarregados para executar o condenado a morte de cruz recebiam era a roupa da vítima. E todo judeu levava cinco peças consigo: os sapatos, o turbante, o cinturão, a túnica e o manto exterior. Na crucificação de Cristo havia quatro soldados e cinco artigos. Primeiro repartiram as quatro peças para cada um deles, após, lançaram sortes para determinar quem ficaria com a túnica que era sem costura, a peça mais valiosa da roupa de Cristo.

Os soldados ao pé da cruz trataram Jesus com indiferença. O indivíduo indiferente não se importa com os sentimentos alheios. Os soldados ao pé da cruz não tinham interesse nenhum em Jesus apenas em repartir entre eles a roupa do Senhor.  E é triste percebermos que mesmo após ter passado mais de dois mil anos, Jesus continua sendo tratado com indiferença. Muitos crentes vão para o templo e fazem de tudo, menos adorar o Senhor Jesus. A todo momento se levantam de seus lugares sem nenhum propósito. Conversam todo tipo de assunto, menos com Jesus e sobre Jesus, mascam chicletes e navegam pela internet sem nenhum constrangimento.  Em casa passam quase o dia todo sem beber água, mas no horário do culto a cada quinze minutos querem água. Que o Senhor nos livre do pecado da indiferença. Pois a indiferença destrói nossa vida com Deus, conosco e com o próximo. Mas em quarto lugar veremos que o malfeitor crucificado do lado direito de Jesus nos ensina a...:

IV. REAÇÃO QUE GARANTE SALVAÇÃO

Respondendo, porém, o outro, repreendia-o, dizendo: Tu nem ainda temes a Deus, estando na mesma condenação? E nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o que os nossos feitos mereciam; mas este nenhum mal fez. E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando vieres em teu reino. E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso (Lc 23:40-43).

Ao lemos Mateus 27:44 e Marcos 15:29-32 percebemos que no início da crucificação o malfeitor da direita também zombava de Jesus, porém, com o passar das horas ele se arrependeu a ponto de repreender o malfeitor da esquerda dizendo que eles estavam sendo condenados porque mereciam, mas Jesus nada havia feito que justificasse sua crucificação (Lc 23:49-41); e rogou a Cristo que lhe concedesse salvação eterna, e pela graça de Deus, teve sua oração atendida (Lc 23:43).

Que reação digna de ser imitada. Aqui aprendemos que porque alguém peca não significa que deve continuar no pecando. Esse criminoso começou zombando, mas com o passar do tempo se arrependeu e passou a rogar ao Senhor Jesus.  Porque alguém usou drogas, não significa que deve continuar usando, o fato de uma pessoa entrar em um relacionamento extraconjugal não significa que deve continuar adulterando. Percebam que esse malfeitor precisou ter coragem para ir contra a influência do amigo da esquerda e a zombaria da multidão. Precisou ter fé para crer num Rei que estava à beira da morte.   Você também terá que ter fé em Jesus e coragem para romper com estilo de vida pecaminoso.

Nunca é tarde demais para voltarmos a Deus. Jesus teve misericórdia daquele criminoso e terá de qualquer pessoa se decidir voltar-se para Deus de todo o coração.

CONCLUSÃO: Após examinarmos as quatro diferentes reações na crucificação de Jesus, fica evidente que a única que garante salvação é a do criminoso que se arrependeu de seus pecados e rogou ao Senhor dizendo: “lembra-te de mim, quando vieres em teu reino”. Quem a semelhança deste pecador voltar-se para o Senhor Jesus de todo coração, terá lugar junto ao Senhor na Eternidade.

Pb Antônio Pacifico