Tema: Hiperatividade e Inquietude

Por Elça dos Santos Machado | 12/04/2018 | Educação

Tema: Hiperatividade e Inquietude

Publicado em 11 de Abril de 2018 por Elça dos Santos  Machado

 ELÇA DOS SANTOS MACHADO (1)

ELIANE SANTOS REZENDE MICHELATO (2)

LIDIANE DA SILVA XAVIER (3)

NORA NEY SABINO DE OLIVEIRA (4)

RAQUEL SANTOS SILVA (5)

RENATA RODRIGUES DE ARRUDA (6)

SIMONE BATISTA CAMPOS (7)

                                 HIPERATIVIDADE E INQUIETUDE

Na creche, muitas vezes as crianças são rotuladas como "hiperativas" ou diagnosticadas com transtorno de déficit de atenção. É importante lembrar que toda essa questão em torno da hiperatividade é extremamente controversa.  Nos Estados Unidos, esse fenômeno tem sido considerado um problema médico, sendo tratado com drogas poderosas. Só recentemente, estão estudando em uma proposta alternativa, de que esse é um comportamento aprendido, causado por fatores sociais e ambientais (Hall e Elliman, 2003 ).

As crianças diferem, pelo temperamento, nos seus níveis de atividades, e os pais diferem em relação ao que conseguem tolerar. Para alguns uma ação da criança pode ser vista como uma simples curiosidade, um sinal de inteligência, enquanto que para outros, pode ser considerada como um aborrecimento. Algumas crianças vistas como hiperativas podem ser vítimas de expectativas inapropriadas, ter de sentarem quietas por longos períodos ou ter em seu ambiente, pouquíssimas coisas que desperte seu interesse. Somente em uma  minoria de casos o comportamento hiperativo deve se  ao dano neurológico.

Várias crianças quando  recebem atividades  adequadas, esse comportamento tende a desaparecer. O programa da creche também precisa oferecer atividades que desperte o interesse dessa criança. O educador precisa também avaliar o nível de habilidade da criança  de controlar o próprio corpo, sua habilidade manipulativa, seu domínio de linguagem, sua utilização dos materiais parra brincar e o relacionamento com outras crianças e com as professoras.

Dessa avaliação podemos perceber que a criança é capaz, energética, mas também frustrada e entediada porque esgotou todas as possibilidades que a creche pode lhe oferecer. A creche tem suas limitações, porém pode se melhorar as coisas garantindo que os interesses  e as habilidades sejam compreendidos e ampliados. A introdução de atividades simples como criação de uma horta, uso de argila para que a criança possa fazer objetos reais que possam ser pintados e utilizados para brincar, construção de bonecos de pano e a utilização de teatro de fantoches, O interesse da criança por livros deve ser fortemente estimulado, além de sua exploração dada pelos instrumentos musicais. Além disso, sabemos que essas crianças podem usar toda essa disposição auxiliando na organização da sala, recolhendo brinquedos, e esse tipo de responsabilidade pode ser de grande ajuda para ela.

 Todavia, observamos alguns casos mais complexos, quando a criança não consegue concentrar-se em nenhuma atividade, destrói os materiais para brincar e corre de um lado para o outro fazendo barulho, perturbando seus colegas e dificultando a execução das atividades. Às vezes, o que pode ajudar nesse caso, é dar-lhe atenção individual, sentando ao seu lado, conversando com ela, tentando aos poucos, estimular a concentração com jogos de memória, peças de encaixe,  e incentivar  a capacidade de saber esperar sua vez, seguir algumas regras e assim poder  participar nas brincadeiras em grupos com maior tranquilidade.

 O educador deve basear-se sempre na afetividade e no diálogo, acolhendo essa criança e mostrando aos demais colegas que ela também precisa de atenção e que muitas vezes sente se rejeitado pelo grupo.

 

REFERENCIAIS BIBLIOGRÁFICAS:

Referencial Curricular Para A Educação Infantil e RECNEI.

Educação de 0 a 3 anos: O Atendimento em Creche, ELINOR GOLDSCHIMIED E SONIA JACCKON -2006 2ª Edição.

ELÇA DOS SANTOS MACHADO (1) Graduada em: Pedagogia e Ciências Biológicas; Especialista em Educação Infantil e professora na Rede Municipal de Ensino Público na cidade de Rondonópolis.

ELIANE SANTOS REZENDE MICHELATO (2) Graduada em: Pedagogia; Especialista em Psicopedagogia e professora na Rede Municipal de Ensino Público na cidade de Rondonópolis.

LIDIANE DA SILVA XAVIER (3) Graduada em: Pedagogia; Especialista em Educação Infantil e professora na Rede Municipal de Ensino Público na cidade de Rondonópolis.

NORA NEY SABINO DE OLIVEIRA (4) Graduada em: Pedagogia; Especialista em Educação Infantil e professora na Rede Municipal de Ensino Público na cidade de Rondonópolis.

RAQUEL SANTOS SILVA (5) Graduada em: Letras; Especialista em Educação Infantil e professora na Rede Municipal de Ensino Público na cidade de Rondonópolis.

RENATA RODRIGUES DE ARRUDA (6) Graduada em: Pedagogia; Especialista em Educação Infantil e professora na Rede Municipal de Ensino Público na cidade de Rondonópolis.

SIMONE BATISTA CAMPOS (7)  Graduada em: Pedagogia; Especialista em Gestão Escolar e professora na Rede Municipal de Ensino Público na cidade de Rondonópolis.

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