Tecnologia A serviço da Educação e Capacitação de Docentes

Por Marciel Jose de Oliveira | 18/09/2014 | Educação

TECNOLOGIA A SERVIÇO DA EDUCAÇÃO E CAPACITAÇÃO DE DOCENTES

Marciel José de Oliveira [1]

 

 

Resumo

Tecnologia a serviço de novas metodologias de ensino, capacitação de docentes da rede pública, são temas que serão abordados ao longo deste artigo.  Este tem como objetivo refletir sobre o sistema atual de ensino e a forma com que vem sendo aplicado, analisando tanto os fatores internos como externo, observando o contexto escolar. A forma com que o material didático é apresentado nas escolas e a absorção dos mesmos serão reflexos na vida do aluno tanto pessoal quanto profissional.  As informações aqui contidas são análises de ideias recentes neste cenário, colhidas de artigos e livros. A tecnologia porta um grande leque de saberes, uma vez aliada a educação e tendo quem indicar o caminho a seguir, ou seja, alguém que mostre onde estão às fontes de conhecimento, ela pode ser fundamental no processo de formação de cidadãos e profissionais para os tempos atuais.

 

 Palavras-chave: Tecnologia, Educação, Ensino, Docentes, Metodologias.         

 

1 INTRODUÇÃO

 

 O mundo que vivemos passa por mudanças constantes, nas últimas décadas observam-se inúmeras mudanças que aconteceram e que vem acontecendo em todos os cenários, seja automobilístico, aviação, logística, entre outros. Todos os setores atuais utilizam de uma ferramenta em comum, ferramenta esta que universalizou a informação, de forma que qualquer noticia uma vez descoberta, passa a ser visível no mundo todo em poucos instantes, a tecnologia.

Com o processo de grandes mudanças em pequenos períodos de tempo, os cidadãos necessitam de metodologias de educação modernas, que condizem com a época em que se vive, podendo aplicar esta dentro do contexto pessoal e econômico atual. Com este novo cenário contemporâneo, onde a tecnologia dita novos padrões de comportamento para a sociedade, torna-se inevitável uma rápida adaptação da população, principalmente dos docentes, que além de professores, são facilitadores, que indicam o caminho do conhecimento. Hoje, professores já não têm respostas prontas pra tudo, na verdade, se tem pra quase nada, mas podem indicar o caminho, onde encontrar esta informação, informação que pode gerar conhecimento.

As mudanças trazem necessidades, seja de equipamentos ou conhecimento, partindo desta linha, pode-se observar que não se trata apenas de encher salas de aulas com equipamentos modernos, ou coisas do gênero, mas sim um programa de preparação para os docentes, a fim de saberem usar essas ferramentas a serviço da educação, aumentando o número de informação e assim gerar mais conhecimento.  Segundo Pierre Lévy (2011)os seres humanos vêm se adaptando a padrões estabelecidos pelos mais diversos tipos de equipamentos, dos telefones convencionais aos tablets, fazendo os mais diversos usos deles. É a habilidade demonstrada pelas pessoas na interação com os equipamentos que torna mais ou menos ricas a produção e a transmissão de informação mediada pela tecnologia e, consequentemente, o processo de produção do conhecimento.Ou seja, de nada adianta grandes opções tecnológicas, se não há conhecimento para manusear.

Baseando-se nestes princípios, abordando temas como a educação atual, educação e tecnologia, inserção da tecnologia para novas metodologias de pesquisa, capacitação de professores no uso de ferramentas modernas, o artigo a seguir tratará destes assuntos, através de informações recentes tiradas via Web, mostrando que, a tecnologia é uma ferramenta que já deveria estar sendo usada no processo de formação de cidadãos em escolas públicas.

 

 

2  CONTEXTO EDUCACIONAL EM UMA SOCIEDADE MULTICULTURAL

 

As definições de educação, dadas por diversos autores, embora possam parecer diferentes, geralmente têm muitos pontos em comum, especialmente colocam o individuo como sujeito no centro da atividade e caracterizam a educação como um processo de influência sobre as pessoas que conduz a sua transformação e as capacita para interagir com o meio (CALLEJA, 2008).

            Interação com o meio, ou seja, o meio em que se vive. A educação deixou de consistir em apenas aquisição de saberes culturais, adicionando processos de reorganização do velho, gerando assim metodologias modernas e atuais. Em sua definição, educação é “a ação que desenvolvemos sobre as pessoas que formam a sociedade, com o fim de capacitá-las de maneira integral, consciente, eficiente e eficaz, que lhes permita formar um valor dos conteúdos adquiridos, significando-os em vínculo direto com seu cotidiano, para consequentemente a partir do processo educativo assimilado” (CALLEJA, 2008). 

O processo de formação de um indivíduo dentro de uma sociedade multicultural vai além da educação, partindo do ponto que, uma pessoa instruída, pode não ser uma pessoa educada.  As escolas, no processo de transferência de aprendizado, devem atender também a fatores sociais, incorporando tais fatores neste processo. O professor não pode ser visto apenas como um transmissor de informações, uma vez que, a educação recebida, tanto no ensino fundamental, quanto no ensino médio, são levadas pra vida toda, não se tratando apenas do processo educacional, mas do profissional, pessoal. Boas escolas, com metodologias antenadas a sociedade em que se vive passa a formar bons cidadãos.

 

 

3 EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA

 

Introduzir a tecnologia no ambiente escolar contribui para a melhoria das condições de acesso a informação, além de minimizar as limitações relacionadas ao tempo e ao espaço. Não somente em questões de informação e conhecimento, o uso de ferramentas e materiais modernos faz com que alunos, professores e instituições tenham facilidade na comunicação entre si, agilizando assim a transmissão de informações e fortalecendo o processo de aprendizado.

No plano didático, o uso dos recursos tecnológicos traz também competições de diferentes ordens, envolvendo a necessidade 2 de rever princípios, conteúdos, metodologias e práticas harmonizáveis com as potencialidades dos instrumentos digitais (FREITAS, [2014?]).

            Em tese o docente é responsável pela prática da produção do conhecimento, problemas diários que ocorrem podem levar este a uma reflexão acerca do ato pedagógico, fazendo com que esses busquem novas alternativas a fim de solucionar estes problemas, respondendo assim às tarefas que a ele são concebidas. A tecnologia é uma ferramenta a mais para auxilio do educador/professor nas tarefas diárias, a didática não pode ser confundida. 

Essa mudança só será possível se o educador se apropriar de tais recursos tecnológicos tornando-o significativas e verdadeiramente importantes, entre tantas possibilidades, para modificação da prática pedagógica promovendo a dinamização do ensino e da aprendizagem, mas, não basta à utilização, é necessário saber usar de forma pedagogicamente correta à tecnologia escolhida para alcançar o sucesso no ensino-aprendizagem (FREITAS [2014?])

 5  NOVAS METOLODIAS DE ENSINO

 

Já foi dito que em tese, o professor é o responsável pelo aprendizado dos alunos, ou seja, se o aluno não vai bem, a culpa e reflexão de sua inteligência recai sobre o professor do mesmo. A metodologia de ensino nas escolas públicas é a mesma há alguns anos, o que prova isso é a não evolução em notas de avaliação, onde se medem o desempenho das escolas anualmente, algumas inclusive diminuindo essas notas.

            O assunto em questão não se trata de discutir a forma de ensinar dos professores, mas as opções que este pode utilizar no processo de capacitação dos alunos. Nota-se hoje que a preocupação gira em torno da nota ao final do semestre e não do aprendizado, do conhecimento. Pode-se utilizar nas salas de aula novas formas de ensino e metodologias, e à medida que estas vão gerando resultados, cabe a elas uma avaliação, sendo positiva, deve-se manter e continuar a seguir, prezando pela forma de ensino que se tem êxito.

            As escolas devem realizar reuniões, onde ferramentas modernas de ensino devem ser apresentadas a estes professores, frisando sempre que, um bom educador é aquele cuja formação tenha espaço para reflexões de análise e práticas pedagógicas, levando em conta o tempo e o espaço.

As mediações feitas entre o seu desejo de aprender, o docente que vai ajudar o aluno na busca dos caminhos que levem à aprendizagem, os conhecimentos que são à base desse processo e os recursos tecnológicos utilizados adequadamente na prática do  docente vão lhes garantir o acesso e as discussões com esses conhecimentos configuram  um processo de interações que define a qualidade da educação (FREITAS [2014?]).

 

 

 

 

 

CONCLUSÃO

 

Hoje, educar de forma eficiente virou um desafio, tanto em casa como nas escolas. O que vemos é um plano de ensino defasado, esquecido, e quem mais sofre com esta má aplicação de ensino é o mercado de trabalho e a sociedade.

 A grande parcela de culpa do sistema de ensino brasileiro é dos nossos governantes, que não tem um plano de ensino focado no tempo em que vivemos, ou seja, a metodologia de hoje vem sendo arrastada há tempos.

Não é a toa que as faculdades públicas estão lotadas de acadêmicos que estudaram boa parte da vida em colégio particular, e as particulares lotadas de alunos de escola pública, há uma inversão de papeis sem dúvida. 

A ideia do artigo, foi de mostrar a distância que os professores estão dos alunos, o que fica claro no contexto do artigo. Só é possível se comunicar com um Americano falando inglês, ou uma língua que este entenda. Da mesma forma é o conhecimento, é preciso falar a mesma língua, é preciso dizer de forma que se entenda. Vivemos em um mundo globalizado, onde reflexões sobre as formas de ensino tem que ser feitas a todo instante.

 Muitos educadores têm o seu conhecimento estagnado, o que poderia ser diferente com a integração das tecnologias da informação, trazendo assim desafios pedagógicos, o que muitas vezes leva a inversão de papeis. O professor não é mais o um mestre, é um facilitador, ele ensina e aprende também, mas muitos parecem não perceber isso.

 O conhecimento deve ser colocado, de forma que o aluno sinta vontade de aprender, se sinta atraído pelo que esta sendo exposto, pois transmitir o conhecimento sabendo que os receptores não estão armazenando essa informação não faz sentido, é perca de tempo, é criar uma sociedade burra daqui a alguns anos.  Uma mesma palavra pode causar diferentes efeitos alterando a forma com esta é anunciada, algo simples, mas que muda tudo. Testar e implantar novas formas de transmissão de informações, com a utilização de Tecnologias, pode não só atrair a atenção dos alunos e melhorar o ensino, como fazer com que estes tenham interesse em saber mais, em criar mais, em querer mais pra si mesmos, formando assim bons alunos e criando bons cidadãos pra nossa sociedade.

A escola precisa se adaptar aos novos meios de informação, redefinindo assim alguns conceitos, fortalecendo o diálogo para aceitação dos docentes, criando desafios, e abrindo espaços em meio às barreiras culturais e sociais existentes no processo de educação.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

 

ComCiência no.131 Campinas 2011. Pierre Lévy. Disponivel em

<http://comciencia.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-76542011000700013&lng=en&nrm=iso>  Acesso em 16 de Abril de 2014.

Folha Maranhão. TV Digital pode virar política de governo para promover a inclusão digital e social, 2012. Disponível em: <http://folhamaranhao.com/noticias/politica/tv-digital-interativa-pode-virar-politica-de-governo-para-promover-a-inclusao-digital-e-social-6491.html> Acesso em 12 de março de 2012.

 

SILVA, G. M. TV Analógica x TV Digital, 2008. Disponível em: <http://meuartigo.brasilescola.com/atualidades/tv-analogica-x-tv-digital.htm> Acesso em 29 de maio de 2011.

 

Site do IDEC. TV Digital no Brasil, 2006. Disponível em: <http://www.idec.org.br/arquivos/TV_digital.pdf> Aceso em 29 de maio de 2011

FREITAS, R.V.  As novas Tecnologias na Educação [2014?] . Disponivel em: http://dmd2.webfactional.com/media/anais/AS-NOVAS-TECNOLOGIAS-NA-EDUCACAO-DESAFIOS-ATUAIS-PARA-A-PRATICA-DOCENTE.pdf> Acesso em 18 de Setembro de 2014.



[1]
                        [1] Graduado em Análise e Desenvolvimento de Sitemas da Univel – Faculdade de Ciências Sociais aplicadas de cascavel.

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