TÉCNICAS DE INVASÃO E PROTECÇÃO E PROTECÇÃO CIBERTNÉTICA NO SEIO DOS TRABALHADORES DA FET EM 2024

Por Nunes Tchimúa Mucuata Rafael | 28/06/2024 | Engenharia

O presente trabalho, intitulado: “Técnicas de invasão e protecção cibernética no seio dos funcionários e estudantes da FET em 2024”, é resultado de uma pesquisa que teve como objectivo de elaborar um plano de estratégico baseado ao ensino de Cibersegurança e investimento em ferramentas de segurança para o conhecimento e aplicação das técnicas de invasão e protecção contra ataques Cibernéticos no seio dos funcionários e estudantes da FET. O trabalho baseou-se em diversas referências bibliográficas, cujas conclusões permitiram fundamentar a nossa abordagem. Aplicou-se diversos métodos, desde os que visaram a identificação do problema, recolha, representação de dados e a interpretação dos mesmos para o alcance dos objectivos preconizados e assim, chegar às conclusões acerca do tema. Portanto como resultado propôs-se um plano estratégico em Cibersegurança, uma técnica de protecção de dados baseada no armazenamento seguro de senhas, deixou-se também algumas recomendações às entidades de tutela e académicos em geral.

  1. Contextualização

A Cibersegurança tem sido um assunto que despertado interesse e curiosidades não só às pessoas, empresas, mas também para os governos de vários países com um acentuado nível de desenvolvimento tecnológico.

Com a extensão do acesso à internet por parte das populações em geral, as vulnerabilidades existes em softwares começaram a ser exploradas por agentes maliciosos, que a princípio desenvolviam ataques sem propósitos de causar danos aos usuários, mas, às vezes realizavam por diversão. Um destes ataques realizado com propósito de ver a eficiência do vírus, foi o vírus Morris, um dos primeiros a afectar o mundo das tecnologias, executado em 1988 por Robert Tapan Morris, estudante de Pós- graduação na altura. Por detrás dos ataques cibernéticos pode ter várias motivações: económicas, sociais, políticas, por exemplo. O ataque que ficou conhecido como Stuxnet, realizado em 2010, contra o sistema de segurança do Irão com motivações políticas, tendo sido projectado à arquitetura de controlo de sistemas que controlava todas reservas nucleares, visando atingir o sistema nuclear do país. Os ataques cibernéticos actualmente, atingiram níveis alarmantes, chegando a alcançar cidades mais desenvolvidas por exemplo, em sistemas de distribuição de rede eléctrica, abastecimento de água e até em alguns casos, serviços de transportes públicos (Faria, 2022).

Em geral, os governos de vários países, têm implementado mecanismos de segurança, visando aumentar a resiliência das infraestruturas digitais de seus países e preparar as sociedades para o futuro. Em Angola, dados fornecidos em 2021 pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), mostraram que dos 17.274.534 de jovens inqueridos, com idades maiores de 15 anos, 21% tem acesso à internet e 33% possui um computador, telemóvel ou tablet. 23% dos usuários têm o antivírus como o único meio de protecção contra malware (software malicioso). 22% dos inqueridos já ouviu falar sobre Cibersegurança. 6% dos entrevistados sofreram algum ataque cibernético e 18% deles já acessaram links de entidades desconhecidas ou forneceram informações sigilosas pela internet (INE, 2021).

Em Fevereiro de 2017, o Governo Angolano publicou em Diário da República, a Lei de protecção das redes e sistemas informáticos, aplicável no ciberespaço angolano. O documento apresenta a partir do artigo 12º, os requisitos a serem cumpridas pelas entidades detentoras de plataformas servidoras de serviços pela internet, e o não cumprimento desses requisitos a lei a partir do artigo 42º, multas que variam de 1.000.000 a 150.000.000 (um a cento e cinquenta milhões) de kwanzas a Cibersegurança tem dado sinais positivos (Diário da República, 2017).

Dados divulgados no relatório da FILDA 2022 nas áreas das tecnologias pela agência Angola Cables, mostram que Angola é o segundo país em ataques cibernéticos a nível da África, o que gerado um prejuízo económico às empresas e não só, aproximadamente na ordem de 2.000.000.000 (dois mil milhões) de dólares (https://www.jornaldeangola.ao/ao/noticias/pais-e-o-segundo-em-ataques-ciberneticos-no-continente/).

Portanto, a Cibersegurança em Angola tem dados sinais positivos, e estado no centro das atenções das entidades governamentais. Facto que tem sido motivado pelo progresso tecnológico que o país tem experimentado nos últimos anos. Mas, acreditamos que muito ainda tem que ser feito, e está é uma das principais razões dessa pesquisa, contribuir no conhecimento, divulgação da cultura da segurança na internet e estimular entidades a adoptarem medidas que visam a implementação extensiva da cibersegurança em Angola.

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